tag:blogger.com,1999:blog-4600135232730693182.post8643035716771828591..comments2023-09-18T12:56:57.948-03:00Comments on BLOG DO EDMILSON LOPES: Ainda sobre o voto na eleição do CCHLAEdmilson Lopes Júniorhttp://www.blogger.com/profile/00997783430074484741noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-4600135232730693182.post-49262467746039948482011-03-11T21:27:12.957-03:002011-03-11T21:27:12.957-03:00Prof. Edmilson,
Me permita fazer uma intervenção ...Prof. Edmilson, <br />Me permita fazer uma intervenção sobre o tema.<br />Quando fui docente na UERN tive a oportunidade de ser delegado no processo estatuinte, cujo desdobramento nem vale a pena dissertar aqui.<br /><br />Na ocasião, a proporcionalidade/paridade do voto universitário foi o assunto mais polêmico.<br />Eu me posicionei claramente contra o voto paritário, enfrentando, por um lado, o discurso sério e decente de alguns acadêmicos e professores (neste caso valia a pena combater o "bom combate"). <br />Porém, na sombra destes, haviam pessoas rancorosas e de credibilidade duvidosa, que claramente faziam do populismo uma estratégia para colher a raspa do tacho dos aplausos dos estudantes de início de curso, visando tão somente as eleições para reitor que ainda estava muito longe de acontecer. <br /><br />Outra coisa. Sobre a legislação, é frustrante ver certas posturas. <br />Quando a Lei interessa, o legalismo toma de conta, quando a Lei não atende aos interesses, muitas vezes indivualistas, eis que surgem os que alegam "pobreza" de discurso e a "flexibilização" passa a ser a bandeira de luta. <br />Ora, "para os amigos, os favores da lei… para os inimigos, os rigores".<br /><br />Sabe qual é o maior indicativo de que a defesa do voto paritário, é frequentemente casuísta (embora FRISE-SE, não sempre)? eu respondo, como todo bom idiota, fazendo uma pergunta: <br />Por que os defensores da igualdade entre os homens de boa vontade não defendem o voto universal? ou seja, cada um vale um voto. Não seria isso mais democrático que a paridade???<br /><br />Afinal, embora eu seja muito jovem (em idade e espírito), lembro que o voto universal, que ninguém fala mais, era uma das bandeiras de luta do Movimento Estudantil e Docente nas décadas de 80 e 90, justamente no período que antecedeu à sanção da Lei que mencionastes, em 95 e que foi confirmada em 96 com a LDB, que colocou a última pá de areia com o seu famoso artigo 56. <br />Ora, na linha de pensamento de que devemos ir às favas com a LDB e com a Lei de 95, o voto universal é a única opção verdadeiramente democrática!(?). <br />Durma-se com um barulho desses.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4600135232730693182.post-18723138538649500622011-03-10T15:25:33.184-03:002011-03-10T15:25:33.184-03:00Caro Edmilson,
Às vezes a gente tem até medo de s...Caro Edmilson,<br /><br />Às vezes a gente tem até medo de se posicionar porque isto trará, lá na frente, conseqüências (na maioria das vezes negativas) para a gente. O pau costuma quebrar nas costas dos mais fracos. Porém, mesmo assim, vou apresentar a minha opinião também. <br />Penso que seus argumentos são mais do que razoáveis. O aluno, pela inserção e relação diferenciadas que têm com a universidade, não apresenta as mesmas condições reflexivas de escolha de um professor. Não é algo substancial. É relacional. Não vejo nada de aristocrático nisso, como a colega tentou argumentar.<br />No entanto, o que me impressiona nisso tudo é o uso, digamos, “seletivo” dos regimentos da universidade. Os mesmos setores que se calaram quando o voto paritário foi “interessante” na eleição para reitor, porque era positivo para Ângela, são os que agora pedem o império da lei.<br />Numa hora vivemos a “judicialização da universidade” e o uso da lei como parâmetro mínimo de vida é algo absurdo, pois só traz heteronomia para as relações intra-acadêmicas. Em outro momento, os regimentos devem ser seguidos, pois do contrário, a universidade pode virar casa de mãe Joana, uma luta ferrenha contra a anomia. Tudo é uma questão de sentir o sabor do momento e defender os “princípios”, altamente negociáveis, que contextualmente convêm.<br />E os alunos? Ah... Os alunos sempre entram como bois de piranha na história. São usados e jogados de um lado para o outro pelos grupos que, no momento, tem interesse na paridade.<br />Ora, é por isso que acho tola a tese da “judicialização da universidade”. Este argumento costuma ser mobilizado por quem costuma querer resolver as coisas ao “seu modo”. <br />O que, ao meu ver, vem ocorrendo é o crescimento de uma incapacidade generalizada por parte das instâncias acadêmicas de resolver seus próprios conflitos e seguir parâmetros – muitas vezes – mínimos de coerência democrática.<br />Aí... quem não se governa, já dizia o ditado, passa a ser governado.<br />É por causa dessas coisas que eu não duvido nada que esta discussão sobre o voto paritário possa ir parar nos tribunais.<br /><br />Abs.<br /><br />Daniel MenezesAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4600135232730693182.post-33448802567809378972011-03-10T12:39:31.185-03:002011-03-10T12:39:31.185-03:00Lembro aqui um artigo de Gustavo Lins Ribeiro (que...Lembro aqui um artigo de Gustavo Lins Ribeiro (que também está para dar aula inaugural, no ppgas da ufrn) sobre a questão, que teve mta polemica na UnB: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=68208<br /><br />É uma pena, mas desconfio que Isabela Bentes, mesmo prosseguindo na indignação, eventualmente deixará de se admirar com a preponderância de Stuart Mills sobre Tragtenbergs na academia. Este é um tipo raríssimo (aliás, sempre foi). Aquele é hegemônico desde o tempo de vovó. O mais admirável - e o mais indignante - é a perpetuação desta desproporção.<br /><br />E quero destacar aqui esta parte de seu texto "...numa tendência em fazer com que os alunos reproduzam as picuínhas departamentais entre professores tão comentada em corredores de aula". Isso é crucial. Sei muito bem como grande parte das ocasiões em que algum docente favorece um pleito dos estudantes (como a paridade em questão) é por pura oposição ao dirigente do colegiado e em busca da adesão dos estudantes. Isto seria em parte o 'populismo' mencionado pelo prof. Edmilson.<br /><br />Mas registro também que amiúde ocorre o inverso: se argumenta em prol de alguma idéia da "situação" apenas por picuinha com algum grupo que defende a oposta. Nisto há uma boa dose de medo Reginaduarteano.<br /><br />Ora, isso é o bê-a-bá da política! Mas pega muito mal a "política com ética própria" quando estamos num espaço de atribuições reflexivas como a universidade. Quando um professor ou um estudante argumentam enquanto tais, o fazem sob a responsabilidade de elaborar um pensamento qualificado. Exige-se, principalmente de uma universidade pública, que seus membros tomem suas decisões baseadas em um diálogo reflexivo e comprometido com pelo menos um dentre os vários projetos republicanos de universidade.<br /><br />E não sob as picuinhas e miudezas do "mundo dos corredores". Ao menos não principalmente, já que há uma espécie de imperativo político na administração de egos, quanto mais numa instituição de tamanha ambivalência meritocrática.<br /><br />Já em minha opinião, não se pode nivelar um estudante que age de acordo com um projeto sério de universidade com um burocrata com décadas de atividades em transparências, relatórios e planilhas. Mas ambas as categorias devem ter o mesmo valor nas decisões universitárias.<br /><br />Claro que não falo do nosso professor-blogueiro, que é um daqueles pensadores livres e, nesse sentido, guarda até semelhanças com o "mocinho da história", o Tragtenberg. Sinta-se à vontade para se inspirar mais nele :DGuruhttps://www.blogger.com/profile/13760287410581651706noreply@blogger.com