Não fui íntimo do Professor Zanoni. Entretanto, ele era uma daquelas pessoas que a gente gosta que o seu caminho cruze com o nosso mesmo que isso não implique em maiores trocas ou conversações.
Vinha sendo assim desde priscas eras. Ou melhor, desde os tempos em que atuávamos no movimento estudantil da UFRN, na primeira metade dos anos 80. Zanoni era irreverente e bem mais subversivo do que os meus camaradas de então. Se não me engano, ele foi um dos articuladores de uma chapa "anarquista" para a diretoria do DCE da UFRN. "Dentadura" era o nome da dita cuja. O seu slogan: "a chapa que morde...".
Vez ou outra, eu encontrava-me com Zanoni no grupo de estudos e pesquisas dirigido pela Professora Marta Pernambuco. Ele era um dos membros ativos e participava das discussões que ali se desenrolam.
Agora, para a tristeza minha e de todos quantos conhecemos ou convivemos com Zanoni, ao nos referirmos a ele teremos sempre que colocar o verbo no pretérito. Um acidente de moto, trágico, retirou-o do nosso convívio. Um acidente que é a cara dessa Natal pós-tudo: sua moto caiu em um dos tantos buracos que infernizam a vida de quem transita pelas vias dessa outra cidade do prazer.
Trágico, triste e... revoltante.
sexta-feira, 12 de abril de 2013
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