sábado, 6 de julho de 2013

Importação dos médicos: um pouco mais de racionalidade

Leia aqui um texto escrito pelo Leonardo Monastério a respeito da importação dos médicos. Poucas linhas, mas bons e racionais toques na discussão.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

MANIFESTANTES FECHAM RODOVIA PRÓXIMA À PETROLINA E PARAM METADE DO PAÍS

Nesta hora da manhã, na comunidade de Izacolândia, próxima ao município de Lagoa Grande, em Pernambuco, no Vale do São Francisco Pernambucano, a rodovia está tomada por manifestantes. As reivindicações são pontuais e podem ser respondidas pela Prefeitura Municipal. Mas, seguindo a onda nacional, todo o mundo, doentes em ambulâncias, caminhoneiros, transeuntes e passageiros de ônibus, têm que pagar a conta.

Daqui, ouço os manifestantes gritando: "O povo na rua, prefeito a culpa é sua!".

A moda pegou. Agora, não duvidem!, logo, logo, vozes se erguerão para pedir ordem.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A realidade está confusa? Fugir não é a melhor alternativa...

As manifestações confundem. Surpresos, atores sociais situados em todos os espectros políticos reais ou imaginários, reagem tentando enquadrar a vida nos seus esquemas mentais ordinários.

Perscrutar com paciência e analisar racionalmente o que está a ocorrer, eis algo que, por ser trabalhoso, é deixado de lado. Até por muitos que ganham a vida (e o reconhecimento social) como "intelectuais".

É a tal coisa: se a realidade desafia as nossas ideias, fiquemos com as ideias e esqueçamos a realidade. Bom, isso pode até possibilitar algum conforto, mas, logo, logo, a vida retorno com os seus eventos imprevisíveis.

Classe média: use-a com cuidado

Quando a coisa aperta, naquelas horas em que os esquemas mentais a que estamos acostumados a mobilizar se mostram ineficientes, não é raro que as emoções sobrepujem a razão com mais força do que sói ocorrer costumeiramente. Tem ocorrido exatamente isso no que diz respeito às avaliações soi-disant aprofundadas sobre as manifestações que alteraram a rotina de nossas grandes cidades e deram uma chacoalhada na agenda política nacional.

Isso é o que tem ocorrido, dentre outros, com o conceito de classe média. Aqui e ali, para embalar “análises”, demoniza-se a dita cuja. O engraçado é que a definição mesmo, especialmente os dados de realidade que daria substância à definição, ficam ao largo da discussão.


Acho que algumas pessoas precisam retornar, se não aos velhos manuais, ao menos a algum texto do Pierre Bourdieu. O sociólogo francês, mesmo para quem, como é o meu caso, não compra o seu pacote teórico inteiro, é um santo remédio contra as platitudes.