segunda-feira, 17 de março de 2014

A ECONOMIA E A CULTURA DO RISCO

As transações econômicas que traduziram o espírito do capitalismo nos seus primórdios tiveram que lidar com ambientes de risco e incerteza, tal como sói ocorrer hodiernamente. Os roubos, especialmente os assaltos nas estradas, tornavam as transações comerciais verdadeiras aventuras. Não por acaso, os primeiros atores dessas transações foram também nomeados de aventureiros.

O chamado processo de financeirização da vida econômica, que, no caso brasileiro, tem na produção analítica de Roberto Grün uma referência incontornável, não é um ponto fora da curva no que diz respeito à cultura do risco da incerteza. Pelo contrário! Talvez seja o ponto de chegada de um “espírito” (para ser redundante e mais do que óbvio nas minhas referências aqui).


Bueno, essa discussão você vai encontrar, caso se interesse pela temática, no excelente artigo de Jens Beckert e Hartmut Berghoff, publicado na edição mais recente do SOCIO-ECONOMIC REVIEW. Para saber mais, acesse aqui.

Um bom texto de sociologia das finanças

Caso se interesse pela temática, você vai gostar do artigo de Natascha van der Zwan*, publicado SOCIO-ECONOMIC REVIEW. Acesse-o aqui.

Sobre o crescimento urbano desigual

O desenvolvimento urbano recente se caracteriza por uma acentuação sem precedentes da desigualdade, afirma o Professor Michael Storper em um livro publicado recentemente intitulado “Keys to the City: How Economics, Institutions, Social Interaction, and Politcs Shape Development”.  Além de uma discussão profícua sobre as diversas dimensões desse crescimento, realçando, dentre outros aspectos, o demográfico, Storper chama a atenção para a extrema concentração territorial de empregos que o novo desenvolvimento urbano tem provocado. Para se ter uma idéia, quase 40% dos empregos dos Estados Unidos estão concentrados em cerca de 1,5% do território do país.

Quando se amplia esse percentual de empregos para 60%, descobre-se que eles estão concentrados em apenas 12,5 do território do país.


Bom. Até aí, nada demais. O interessante mesmo é o tipo de aporte teórico que substancia a viagem analítica empreendida pelo professor. Ele faz uma interessante síntese de contribuições assentadas disciplinarmente na economia, na geografia e na sociologia.