As transações econômicas que traduziram o espírito do
capitalismo nos seus primórdios tiveram que lidar com ambientes de risco e
incerteza, tal como sói ocorrer hodiernamente. Os roubos, especialmente os
assaltos nas estradas, tornavam as transações comerciais verdadeiras aventuras.
Não por acaso, os primeiros atores dessas transações foram também nomeados de
aventureiros.
O chamado processo de financeirização da vida econômica,
que, no caso brasileiro, tem na produção analítica de Roberto Grün uma
referência incontornável, não é um ponto fora da curva no que diz respeito à
cultura do risco da incerteza. Pelo contrário! Talvez seja o ponto de chegada
de um “espírito” (para ser redundante e mais do que óbvio nas minhas
referências aqui).
Bueno, essa discussão você vai encontrar, caso se interesse
pela temática, no excelente artigo de Jens Beckert e Hartmut Berghoff,
publicado na edição mais recente do SOCIO-ECONOMIC REVIEW. Para saber mais,
acesse aqui.
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