Acho bom o de debate. E quando me criticam, penso melhor sobre o que defendo e sobre mim mesmo. Do contrário, pra quê espaço público, não é?
Infelizmente, tal como Isabela, não estarei presente na reunião do dia 15. Provavelmente, deverei estar em São Luiz, na UFMA, ministrando uma aula inaugural em um curso de pós. De qualquer forma, acreditem, do debate, não fujo. E as críticas, mesmos as mais mordazes (apresso-me em dizer que não é o presente caso), são sempre bem vindas. No mínimo, ajudam-me a calçar as sapatilhas da humildade e a defender com menos ligeireza as minhas posições.
Quando for possível, e os afazeres permitirem, dialogarei com o texto escrito pela Isabela.
Prezados,
Gostaria de compartilhar o link do blog do prof. Edmilson sobre seu posicionamento contra o voto paritário nas eleições do CCHLA (http://blogdoedmilsonlopes.blogspot.com/2011/03/eleicao-no-cchla-os-riscos-do-populismo.html)
Gostaria de dividir com vocês a minha postura sobre a posição do prof. Edmilson neste post em seu blog. Deixar calro, antes de tudo, que admiro bastante as análises do prof. Edmilson, mas essa me fez reavaliar sua postura nesse aspecto. Acho que o que foi escrito reproduz, primeiro de tudo, a estrutura hierarquizada, burocrática e, acima de tudo, antidemocrática nos trâmites administrativos e educacionais da Universidade (isso me lembra o texto do Maurício Tragtemberg "A deliquência acadêmica" - que fala bem dessas relações intra-institucionais, a burocracia e hierarquina nas instituições de educação). Muito me admira esse tipo de postura que me lembra o Stuart Mill e a defesa do voto plural, implicando a perpetuação do poder pelas camadas "culturalmente" superiores. Discursos bem parecidos.
Não entendi bem se a justificativa que ele apresenta realmente condiz com a realidade, mas fazer a defesa de uma lei (algo que pode ser passível de mudanças, não eternas, historicamente construídas...) só porque é lei me faz subestimar, e MUITO, os termos que está sendo colocado no debate. Desobediência civil é um conceito que guia muitas manifestações no mundo inteiro e, apesar dele fazer algum elogio a essa desobediência, ao mesmo tempo minimiza e desqualifica a luta política de muitos, não só dentro da universidade, como fora dela.
Vejo que a defesa dessa postura de não concordar com o voto paritário implica numa tendência em fazer com que os alunos reproduzam as picuínhas departamentais entre professores tão comentada em corredores de aula. Ao pesar o voto de professores mais do que funcionários e alunos, perpetua-se a defesa dos seus desejos particulares em um espaço público (em ainda acredito muito que isso vá acontecer de forma mais expansiva), da participação direta dos alunos nas propostas que eles desejem também, não algo vindo diretamente SEMPRE de uma ordem de cima para baixo dos professores/coordenadores/diretores/reitores/presidentes honorários/ou o que for, aos alunos.
Mas, o que quis dizer com esse populismo e esssas práticas ilegais? Gostaria de exemplos mais concretos, principalmente das práticas ilegais.
Fato é que irá ocorrer uma reunião dia 15.03, às 14:30h, no Consec (reunião é aberta) para decidir o conselho eleitoral e o calendário eleitoral onde o prof. Edmilson estará presente e seria bastante interessante a presença dos alunos no sentido de questionar essa postura, uma vez que essa defesa estará presente em sua fala.
Gostaria muito de estar nessa reunião para fazer esse questionamento diretamente, mas infelizmente não poderei ir (estou viajando e só chego dia 23.03), mas quero ficar a par da situação (quem puder ir me informando...)
Abraços,
Isabela