segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cientistas sociais mais citados em 2012

Bom, começo de ano é tempo de listas, não é? Então, aí vai mais uma. Refiro-me aquela dos cientistas sociais mais citados nos periódicos de ponta da sociologia internaciona. A lista foi publicada no site SCATTERPLO. Dê uma conferida na imagem abaixo! Se não visualizar bem, amplie.

Diversos aspectos são interessantes e merecem uma avaliação mais cuidadosa. Deixem-me chamar a atenção de duas coisas apenas. A primeira, que não é supresa para ninguém, é o fato de Bourdieu pontuar em primeiro lugar nessa lista. A segunda é que, com a exceção honrosa de Kathy Charmaz, autora dessa biblia do empirismo do século XXI que é "Construtcting grounded theory", todas as demais obras referenciadas na lista são de trabalhos publicados bem antes de 2002. Uma pergunta que não me sai da cabeça é: será tão irrelevante assim a produção bibliográfica pós-2003? Ou a minha pergunta é totalmente fora de contexto?

Outra constatação: salvo engano, não consta nenhum brasileiro dentre os presentes na lista (confira a lista completa aqui).

domingo, 25 de novembro de 2012

Alan Daniel estréia blog. Com muito estilo.

O Professor Alan Daniel Lacerda é um dos cientistas políticos mais competentes que eu conheço. Antenado com as discussões de ponta da sua área, ele não subordina suas avaliações aos ditames do modismo e nem das conveniências políticas e ideológicas. Vale a pena ler o que ele escreve, portanto. Agora, o cara está com um blog. Isso mesmo! Um blog para escrever sobre política. E o primeiro post está muito legal. Confira aqui!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O conflito Israel e palestinos

Na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade. Os fatos sempre são construídos a partir das óticas das partes em conflito. No Brasil, a esquerda fecha sempre com um lado. Nem sempre com uma visão muito crítica das posturas e dos pressupostos desse lado. Daí, a importância de levarmos em conta outros atores. Por isso, abaixo, a visão de alguém ligada a esquerda europeia. Trata-se de artigo originalmente publicado no EL PAÍS e traduzido pelo EX-BLOG DO CÉSAR MAIA.



(Sami Nair - El País, 16) 1. Mais uma vez, os palestinos e os israelenses se tornam reféns e vítimas das políticas desastrosas de seus líderes. Mais mortos, feridos, tragédias humanas. Por que desta vez? Há várias razões: por parte de Israel, a preparação das eleições legislativas que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, quer ganhar à custa da “extrema” direita que faz parte de seu governo de coalizão. Neste caso, nada melhor do que um confronto com os palestinos para mostrar que é ele quem pode "defender" melhor os israelenses. Para isso, assassina o líder militar do Hamas, causando a reação imediata deste movimento com o lançamento de foguetes contra Israel.


2. Os israelenses também anunciaram claramente a sua intenção de bombardear a Autoridade Palestina, caso essa continue buscando a proclamação de um Estado palestino na Assembleia Geral da ONU. Em 24 de outubro, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, político de extrema-direita, disse em uma conversa com a representante da União Europeia, Catherine Ashton, que, no caso da demanda palestina prosperar, não haveria escolha senão "derrubar" Abbas e destruir a Autoridade Nacional Palestina. Talvez os bombardeios sobre Gaza sejam o primeiro passo dessa vontade.


3. Na mesma linha, a estratégia de Israel de assassinatos "planejados", colocada em ação com total impunidade por mais de 15 anos, permite reviver o conflito cada vez que surge uma centelha de solução política. Este direito de matar e derrubar governos, juntamente com a suspeita de que os serviços de segurança de Israel envenenaram Yasser Arafat, dá uma noção de até onde pode chegar o Estado judeu. Finalmente, também é muito provável que os líderes israelenses, de acordo com alguns setores do governo norte americano, busquem, em caso de conflito com os palestinos, testar a reação da Irmandade Muçulmana, que atualmente está no poder no Egito.


4. Por outro lado, a Autoridade Palestina e o Hamas também estão em uma corrida eleitoral. O Hamas tem interesse em radicalizar o confronto militar com os ocupantes israelenses, e a Autoridade Palestina, liderada por Mahmud Abbas, precisa de algo para enfrentar seus adversários religiosos, pois é claro que a eleição da paz negociada com a comunidade internacional fracassou. Um Estado palestino ao lado de Israel parece cada vez mais uma quimera, por outro lado, a "coabitação" armada e sangrenta entre os dois povos está se tornando um destino implacável.


5. Na verdade, estamos diante de uma guerra dos cem anos, que com a disseminação de armas de destruição em massa, acabará em uma conflagração destrutiva, não somente para os dois adversários, mas para toda a região. Não é uma ameaça distante. A balcanização a que estamos assistindo, com a provável destruição do Estado-nação sírio depois do Iraque; o auge dos movimentos radicais religiosos, agora diretamente apoiados pelas potências ocidentais; a possibilidade de um bombardeio israelense ao Irã; a inevitável reação deste país diretamente sobre Israel e sobre os países pró-americanos do Golfo, na verdade aliados de Israel (especialmente a Arábia Saudita); além da intervenção inevitável do Hezbollah no sul do Líbano, são os ingredientes que estão fazendo a região entrar em ebulição.

6. Para definir este tipo de situação, o filósofo Francis Herbert Bradley dizia amarga e ironicamente: "Quando tudo vai mal, não deve ser tão mal provar o pior". Dessa forma os apóstolos da guerra podem prosperar livremente no Oriente Médio.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Uma análise psicológica da música que inferniza os nossos dias...

Está nas bocas, nos botequins e em todas as bicicletas de som que pululam nesta cidade do sol. A musiquinha me acompanha na caminhada e me persegue no ônibus. Na farmácia, o atendente fazia loas ao Rei. Vingo-me, então, indicando este blog no qual consta uma interessante análise psicológica da música do Roberto. Confira aqui.