segunda-feira, 14 de abril de 2014

A ontologia realista de Margareth Archer

Você vai encontrar cada vez mais referências na imprensa à cientista social inglesa Margarth Archer. Obviamente, muito dessa presença deve-se à sua indicação, pelo Papa Francisco, para ocupar um lugar de destaque na pesquisa social que subsidia o vaticano. Mas a cientista social merece sua atenção pela sua criativa produção.

A ontologia realista, com Archer, adentrou o terreno da sociologia. E, mais que isso, deu substância à investidas analíticas bem criativas. E, antes disso, balizou respostas convincentes aos lugares-comuns do construtivismo sociológico. A obra de Archer se torna especialmente fecunda quando mobilizada para dialogar com o feminismo ou com as abusivas desconstruções alicerçadas na linguística.

O Andrew Sawyer, que também pode ser incluído no mesmo campo, como direi?, epistemológico de Archer, tem um livro bem didático sobre a aplicação dessa ontologia realista no reino da sociologia. Quando tiver tempo (o que me falta neste momento), farei uma apresentação do livro do cara.

Voltemos a Archer. Encontrei um resenha bem competente, escrita pelo sociólogo Nuno Oliveira, na qual a obra da nossa autora é cotejada com aquela produzida por Anthony Giddens. Quantoa à Giddens, sou suspeito, pois, vocês sabem, sempre achei o livro "As Novas Regras do Método Sociológico" algo assim como um ponto de partida para uma aventura sociológica excitante. Se não por outro motivo, pelo fato de Giddens levar a sério, mesmo questionando fortemente, os aportes teóricos do interacionismo e da etnometodologia.

A etnometodologia, vocês sabem, é aquela perspectiva fortemente preocupada com a produção de sentido pelos atores nas suas interações mais comezinhas. O Pierre Bourdieu, em um texto que, nestas plagas, está compilado em um livro intitulado "O Poder Simbólico", desanca com a etnometodologia. Não se chuta cachorro morto, não é. Se Bourdieu desancava alguém, no mínimo, esse alguém merecia um pouco de atenção. Até porque muitos o desancaram, na vã expectativa de levarem umas bordoadas para exibi-las nesse chinfrim mercado de bens simbólicos que é o mundo acadêmico.

Mas, onde eu estava mesmo? Bueno, comentando o texto do Nuno Oliveira, pois não? Isto! Então, deixemos de patranha e vamos ao bom texto do gajo? Para isso, clique aqui. E boa leitura!

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