Lucros, fabulosos lucros, objetivos de qualquer empresa. Alguns contextos ajudam e muito a conquista deles. Esse é o casa da gripe suína para a indústria farmacêutica. Leia abaixo trechos de matéria da revista alemã Der Spiegel traduzida para o português pelo site UOL. Posto abaixo apenas alguns trechos. O assinante do UOL lê a matéria completa aqui.
26/11/2009
Como a indústria farmacêutica lucra com a gripe suína
Kerry Capell*
Outrora menosprezadas pelas companhias farmacêuticas como arriscadas e pouco lucrativas, as vacinas para combater doenças como a gripe suína são atualmente um negócio em crescimento para a Novartis e outras empresas.
A Novartis, uma gigante do setor farmacêutico, deu um impulso aos esforços dos Estados Unidos para combater gripes pandêmicas com a inauguração em 24 de novembro da maior instalação do país para cultura de células em grande escala. Situada em Holly Springs, no Estado da Carolina do Norte, a fábrica da Novartis, que recebeu verbas federais de US$ 487 milhões (R$ 841 milhões) , representa um grande marco na utilização de tecnologias de produção biotecnológica para substituir o processo de fabricação utilizado há 50 anos baseado na produção de vacinas a partir de ovos. "Esta tecnologia tem o potencial para contornar o tradicional método de utilização de ovos, aumentando o grau de confiança e a produtividade da produção de vacinas", afirma o presidente da Novartis, Daniel Vasella.
(...)
A ressurgência de vacinas
Não faz muito tempo que as vacinas eram consideradas o produto menos lucrativo da indústria farmacêutica. A sua complexidade e altos custos de produção - aliados a margens de lucro relativamente baixas e ao risco de litígios importantes - desencorajaram os fabricantes, com a exceção de uns poucos como a Novartis, a britânica GlaxoSmithKline, a francesa Sanofi Aventism, a Merck, de Nova Jersey e a Wyeth - que atualmente é uma unidade da Pfizer.
No entanto, mais recentemente tem havido um certo renascimento do setor de vacinas. Isso deve-se em parte ao fato de a indústria farmacêutica estar enfrentando sérios desafios no seu setor de drogas fornecidas mediante prescrição médica. Haverá uma perda de US$ 135 bilhões (R$ 233 bilhões) referente à venda de remédios cujas proteções de patente expirarão nos próximos cinco anos, e há poucos produtos na linha de produção das companhias para repor essa perda, afirma Alan Sheppard, consultor da IMS Health.
As vacinas são classificadas como drogas biológicas, que são caras e difíceis de produzir, mas isso faz com que elas sejam menos vulneráveis à competição dos genéricos produzidos por fabricantes mais fracos. Além do mais, com a dificuldade cada vez maior de criação de drogas altamente rentáveis, o sucesso da vacina pediátrica da Wyeth contra pneumonia, a Prevnar, que atualmente gera mais de US$ 3 bilhões (R$ 5,2 bilhões) em vendas anuais, provou que vacinas podem ser lucrativas.
Com o mercado global de remédios vendidos mediante receita médica, no valor de US$ 780 bilhões (R$ 1,35 trilhão) crescendo lentamente a uma taxa anual de apenas 5%, muitos analistas percebem que o setor de vacinas, que deverá experimentar um aumento de 13% anuais até 2012, oferece o maior potencial de lucros. "Mais companhias estão investindo em vacinas como forma de diversificação, e novas tecnologias, como a cultura de células, estão possibilitando que elas produzam vacinas mais sofisticadas", afirma Michael Boyd, diretor geral da Federação Internacional de Fabricantes e Associações de Produtos Farmacêuticos (IFPMA, na sigla em inglês).
A vacina contra a gripe aquece os negócios da indústria farmacêutica
Basta ver o crescimento de recentes negócios envolvendo vacinas. Devido à sua aquisição da Wyeth, no valor de US$ 68 bilhões (R$ 117,4 bilhões), a Pfizer participa agora do setor de vacinas. Em 28 de setembro, a Abbott Laboratories desembolsou US$ 6,6 bilhões (R$ 11,4 bilhões) para a compra da fabricante belga de vacinas Solvay, enquanto que a Johnson & Johnson adquiriu 18% da fabricante holandesas de vacinas Crucell. A GSK - que se beneficiou com a demanda por vacinas contra a gripe suína - também fechou recentemente um negócio de dez anos no valor de US$ 2,2 bilhões (R$ 3,8 bilhões) para fornecer a sua vacina contra pneumonia ao Brasil.
(...)
Uma aplicação de vacina sazonal no braço
No curto prazo, pelo menos, as vendas da vacina contra a gripe suína estimularão bastante as vendas de três grandes fabricantes europeias do produto. A GSK afirma que as previsões dos analistas de que as vendas de vacinas contra a H1N1 no quatro trimestre deste ano chegarão a US$ 1,7 bilhão (R$ 2,9 bilhões) são bastante acuradas, e há previsões de números similares para o primeiro trimestre de 2010.
A Novartis diz esperar vendas no valor de US$ 700 milhões (R$ 1,2 bilhão) em vacinas contra gripe suína apenas no quarto trimestre deste ano. E a Sanofi-Aventis prevê que as suas vendas deste tipo de vacine cheguem a US$ 500 milhões (R$ 863 milhões) no quarto trimestre.
Mas Vasella observa que o setor de vacinas contra gripe é sazonal e imprevisível. No longo prazo, outras áreas como o câncer e a meningite oferecem maior oportunidade. De fato, os analistas dizem que as duas vacinas contra a meningite produzidas pela Novartis têm um potencial de vendas de bilhões de dólares. A Novartis tem muito a ganhar com o sucesso dessas vacinas, porque os analistas da Sanford C. Bernstein calculam que as vacinas e diagnósticos da companhia gerarão em 2009 vendas de US$ 1,5 bilhão (R$ 2,6 bilhões), contra prejuízos de US$ 257 milhões (R$ 444 milhões) com outros produtos.
Vasella diz que o aumento de investimentos em pesquisa, desenvolvimento, testes clínicos e fabricação de vacinas é um dos motivos para os prejuízos. Por exemplo, a companhia investiu US$ 200 milhões (R$ 345 milhões) nos últimos três anos na construção de uma segunda instalação em Liverpool, na Inglaterra, dedicada à produção da vacina contra a gripe suína fornecida aos Estados Unidos. "Esse tipo de investimento só se justifica como parte de uma estratégia de longo prazo", diz Vasella. Nós acreditamos que os nossos investimentos terão retorno".
*Capell escreve para a sucursal da "BusinessWeek's" em Londres.
Tradução: UOL
Mostrando postagens com marcador gripe. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gripe. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Gripe A: a construção social do pânico
Leia abaixo matéria publicada na edição de hoje no jornal espanhol El País.
Los médicos denuncian que las epidemias de miedo se crean con algún interés
El presidente del Consejo de Colegios de Médicos sostiene que la relevancia que se le da al H1N1 responde a algún interés económico o político.- Jiménez: "No tengo miedo a la gripe A"
AGENCIAS - Madrid - 02/09/2009
El presidente del Consejo General de Colegios de Médicos (OMC), Juan José Rodríguez Sendín, ha denunciado hoy que "las epidemias de miedo siempre se crean con algún interés", económico o político, ha apuntado, en relación a la relevancia que se le está dando a la gripe A. "Estamos ante una epidemia de miedo que promueve respuestas exageradas", ha sentenciado en una rueda de prensa Rodríguez Sendín, quien ha señalado que la "entidad" que se está dando a una enfermedad "tan común" como la gripe no responde a "intereses sanitarios". El doctor no ha dudado de que, en el tratamiento de esta pandemia, "hay intereses de todos los tipos, desde económicos, que son los más evidentes, a otros, que pueden ser políticos".
La ministra de Sanidad y Política Social, Trinidad Jiménez, también coincide en rebajar la sensación de alarma. Jiménez ha asegurado hoy que no tiene miedo a la gripe A ya que el virus "no presenta más complicaciones que la gripe estacional o cualquier otra enfermedad". Ha querido mandar así un mensaje de tranquilidad a la ciudadanía al asegurar que los servicios sanitarios del Sistema Nacional de Salud (SNS) "no se van a desbordar" en el próximo otoño.
De este modo, la ministra ha reconocido en declaraciones a RNE que "como ciudadana, y viendo la información que hay sobre el virus, no hay que preocuparse de pasar la gripe, salvo que se tenga una patología asociada, a los que si hay que vigilar", informa Europa Press. Sin embargo, la incidencia de la gripe A en España sigue siendo "muy baja" y de los más de 100.000 ó 150.000 personas que la han padecido sólo hubo 114 casos graves.
Además, ante la futura bajada de temperatura en los meses de otoño e invierno, que hará aumentar el número de contagios, Jiménez ha puesto como ejemplo la experiencia del virus en el Hemisferio Sur, donde "tampoco ha habido una subida tan alta como para pensar que la situación se nos puede desbordar".
Precisamente esta experiencia es la que ha demostrado que, mientras llegue la vacuna, la clave para hacer frente al virus es que los servicios sanitarios, estén en "buen estado y funcionando bien" ya que "son los que tienen la capacidad de detectar si alguien tiene síntomas gripales y puede hacer un cuadro más grave". En este sentido, insiste en que España cuenta con un sistema sanitario "universal, de acceso fácil y gratuito" que ofrece una "mayor tranquilidad", más aún después de que se hayan reordenado los servicios y se hayan hecho planes de contingencia pactados por todas las comunidades autónomas para atender una mayor incidencia de la gripe.
Una alarma "exagerada"
La OMC ya advirtió ayer en un nota de que "se está creando una alarma y angustia exagerada en torno a la gripe A". La entidad quiere contribuir así a calmar a la población. Admite que los cálculos de que un tercio de la población mundial resultará infectada por el H1N1 son verosímiles, pero matiza que "el 95% de los casos serán leves y se resolverán entre tres días y una semana, como cualquier otra gripe".
El organismo que agrupa a todos los colegios médicos aclara algunas cuestiones ante la incertidumbre sobre la posible propagación del virus en invierno: "la denominada gripe A es más contagiosa que la gripe estacional [la de todos los inviernos], pero sin embargo es más benigna y su mortalidad es menor". Por eso, quien sospeche que padece la enfermedad deberá seguir "idénticas medidas de prevención y tratamiento habituales que con la gripe de todos los años". "En la mayor parte de los casos los síntomas serán leves y remitirán de forma natural sin necesidad de medicinas e incluso de asistencia médica", informan.
Los médicos denuncian que las epidemias de miedo se crean con algún interés
El presidente del Consejo de Colegios de Médicos sostiene que la relevancia que se le da al H1N1 responde a algún interés económico o político.- Jiménez: "No tengo miedo a la gripe A"
AGENCIAS - Madrid - 02/09/2009
El presidente del Consejo General de Colegios de Médicos (OMC), Juan José Rodríguez Sendín, ha denunciado hoy que "las epidemias de miedo siempre se crean con algún interés", económico o político, ha apuntado, en relación a la relevancia que se le está dando a la gripe A. "Estamos ante una epidemia de miedo que promueve respuestas exageradas", ha sentenciado en una rueda de prensa Rodríguez Sendín, quien ha señalado que la "entidad" que se está dando a una enfermedad "tan común" como la gripe no responde a "intereses sanitarios". El doctor no ha dudado de que, en el tratamiento de esta pandemia, "hay intereses de todos los tipos, desde económicos, que son los más evidentes, a otros, que pueden ser políticos".
La ministra de Sanidad y Política Social, Trinidad Jiménez, también coincide en rebajar la sensación de alarma. Jiménez ha asegurado hoy que no tiene miedo a la gripe A ya que el virus "no presenta más complicaciones que la gripe estacional o cualquier otra enfermedad". Ha querido mandar así un mensaje de tranquilidad a la ciudadanía al asegurar que los servicios sanitarios del Sistema Nacional de Salud (SNS) "no se van a desbordar" en el próximo otoño.
De este modo, la ministra ha reconocido en declaraciones a RNE que "como ciudadana, y viendo la información que hay sobre el virus, no hay que preocuparse de pasar la gripe, salvo que se tenga una patología asociada, a los que si hay que vigilar", informa Europa Press. Sin embargo, la incidencia de la gripe A en España sigue siendo "muy baja" y de los más de 100.000 ó 150.000 personas que la han padecido sólo hubo 114 casos graves.
Además, ante la futura bajada de temperatura en los meses de otoño e invierno, que hará aumentar el número de contagios, Jiménez ha puesto como ejemplo la experiencia del virus en el Hemisferio Sur, donde "tampoco ha habido una subida tan alta como para pensar que la situación se nos puede desbordar".
Precisamente esta experiencia es la que ha demostrado que, mientras llegue la vacuna, la clave para hacer frente al virus es que los servicios sanitarios, estén en "buen estado y funcionando bien" ya que "son los que tienen la capacidad de detectar si alguien tiene síntomas gripales y puede hacer un cuadro más grave". En este sentido, insiste en que España cuenta con un sistema sanitario "universal, de acceso fácil y gratuito" que ofrece una "mayor tranquilidad", más aún después de que se hayan reordenado los servicios y se hayan hecho planes de contingencia pactados por todas las comunidades autónomas para atender una mayor incidencia de la gripe.
Una alarma "exagerada"
La OMC ya advirtió ayer en un nota de que "se está creando una alarma y angustia exagerada en torno a la gripe A". La entidad quiere contribuir así a calmar a la población. Admite que los cálculos de que un tercio de la población mundial resultará infectada por el H1N1 son verosímiles, pero matiza que "el 95% de los casos serán leves y se resolverán entre tres días y una semana, como cualquier otra gripe".
El organismo que agrupa a todos los colegios médicos aclara algunas cuestiones ante la incertidumbre sobre la posible propagación del virus en invierno: "la denominada gripe A es más contagiosa que la gripe estacional [la de todos los inviernos], pero sin embargo es más benigna y su mortalidad es menor". Por eso, quien sospeche que padece la enfermedad deberá seguir "idénticas medidas de prevención y tratamiento habituales que con la gripe de todos los años". "En la mayor parte de los casos los síntomas serán leves y remitirán de forma natural sin necesidad de medicinas e incluso de asistencia médica", informan.
Assinar:
Postagens (Atom)