quarta-feira, 6 de março de 2013

Música para tornar sua noite mais agradável

Qual o significado de Chavez para a política latino-americana?


No calor da hora não teremos análises minimamente distanciadas a respeito do significado de Hugo Chavez para a política latino-americana na última década e meia. No momento, ainda grudados nos noticiários a respeito da morte do líder venezuelano, quando a comoção dos admiradores e o deboche ou, mais verdadeiramente, a incontida comemoração dos adversários obnubilam qualquer percepção mais objetiva, vale a pena lembramo-nos de antiga lição: não podemos analisar a história por aquilo que os homens dizem de si e de suas ações.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Um beijo roubado...

... que é uma elegia à vida.

 V-J Day Kiss in Times Square. 1945. Alfred Eisenstaedt. Fonte: Tumblr.com

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Minha próxima leitura é...

Em momentos díficeis, naquelas quadras em que os dias ficam mais longos e cansativos, os livros são meus amigos inseparáveis. Os romances, em particular.

Em outros momentos, a gente precisa fugir da fantasia e as experiências com o real são o melhor antídoto contra as dores d'alma. Por isso, já estou buscando a minha próxima leitura.

Pelo que li no EL PAÍS, o melhor jornal disponível na grande rede, pode acreditar!, o livro LA REVOLUCION SENTIMENTAL, de autoria da jornalista Beatriz Lecumberri, merece uma leitura.

Pelo que andei sondando, trata-se de um retrato consistente desse longo período no qual o Presidente Chavez está a frente do governo venezuelano.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Música...

Música para acalmar a alma

A partida de Paula e as dores carnívoras


As dores d’alma são carnívoras, acho que li isso em algum lugar. Em alguns momentos, momentos esparsos, mas intensos, somos devorados por uma sensação de desamparo sem fim. E aí, nessas quadras da vida, essas dores devoradoras acercam-se da gente. É o que ocorre quando perdemos pessoas muito queridas.

Hoje, quando minha irmã Maroni telefonou-me para comunicar que minha sobrinha Paula havia falecido, senti-me sendo devorado na alma. Tudo passa tão de repente, nessas horas. Todas as alegrias compartilhadas. Preocupações e angústias também. É lugar-comum, eu sei, mas o filme da vida do (a) outro(a) ou da parte dela na qual nos reconhecemos como partícipe, passa diante da gente.

No caso de Paula, a dor é imensa, profunda... Antes de tudo porque a gente nunca espera que os mais novos, nossos filhos ou os filhos de nossos irmãos e amigos, partam antes da gente. Mesmo quando eles ou elas travaram lutas pela vida, como é o caso de Paula, por sofridos três anos. Três anos de quimioterapia e de seus terríveis efeitos colaterais. Três anos até esse momento final em que os parentes já não têm mais esperanças a cultivar, quando a continuação da vida parece tão terrível quanto a morte.

Mas Paula, minha sobrinha Paulinha, se foi. E com ela uma parte de mim, do meu mundo. As lembranças serão cultivadas, mas, mesmo elas, virão sempre acompanhadas de torrentes dolorosas. Ela já não dividirá o seu sorriso contagiante e nem espalhará a sua alegria incontida em todas as situações.

Nesses três anos, dolorosos, de idas e vindas a clínicas para as quimioterapias, Paulinha teve o acompanhamento dedicado, extremado, de Mavi, seu marido. Uma dedicação tão grande que não media sacrifícios. Por ela, ou para fazer com que ela lutasse pela vida, ele transferiu o emprego para Brasília, com a esperança de que lá, no Sírio Libanês, a luta contra o câncer tivesse sucesso.

A vida vai retomar o seu ritmo, eu sei, mas o peso dessa perda sobre os meus ombros não diminuirá tão cedo.