terça-feira, 18 de junho de 2013

É uma propaganda da Google, certo, mas é bem bacana.

Tá, ok, é propaganda. Mas é bem legal. Confira! Dá para pensar um pouco sobre a ideia de espaço público nos dias atuais. Especialmente em tempos de manifestações como as ocorridas ontem. As quais, como não poucos dizem, expressam a força de uma sociedade em rede.

domingo, 16 de junho de 2013

Manual de Sobrevivência na Universidade

Estou a ler o ótimo MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NA UNIVERSIDADE, da lavra do Professor Leonardo Monastério. O gajo, além de tocar uns sete instrumentos, pilota um blog e é professor universitário.

O livro é fenomenal. Você vai se deliciar com as dicas do professor. A linguagem utilizada não é a usual. Com um humor fino, ele aborda as trilhas e atalhos da vida acadêmica. Especialmente aquela que se desenrola abaixo da linha do Equador.

Vá lá, compre o livro. O único senão é que ele somente está disponível na forma de E-book. E você terá que compra-lo no site da Amazon (tem um site brasileiro da dita cuja...). Se você já tem o Kindle, sabe o caminho das pedras. Se não, instale em seu computador ou tablete o aplicativo da livraria. Aí você poderá adquirir e se deliciar com a obra.

Ah! O preço? Mais barato do que um café e um pão de queijo em qualquer aeroporto: R$ 8,90.

sábado, 15 de junho de 2013

O culto ao camponês e a regressão intelectual nas ciências sociais


Até os meus dezesseis anos residi na Várzea do Apodi. Naquele universo, as práticas econômicas dominantes eram capitalistas. Havia agricultura de subsistência, é certo e muita reciprocidade, especialmente no que dizia respeito à alimentação. Mas as práticas que moldavam a sociabilidade eram capitalista, não camponesas.

Tanto a cultura do arroz quanto o extrativismo vegetal da cera de carnaúba eram moldados por práticas que dificilmente não identificaríamos como capitalistas. Bom. Isso faz nada menos que 30 anos.

Pois não é que três décadas depois, no universo acadêmico, embalados pelo populismo político, o campesinato ressurge. Obviamente, esse ressurgimento é, em parte, empreendido com o apoio (ou para o apoio) ao MST, que articula e dá sentido a uma estrutura denominada exatamente Via Campesina. Pois, com espanholismos e tudo o mais...

Esse culto ao camponês não está fora de uma cultura de elevação a estatuto merecedor de respeito dessa coisa regressiva chamada bolivarianismo. São irmãos siameses. E, ambos, são alimentados no universo das ciências sociais por pessoas que se dizem (ou se tomam) como críticas.

É claro que tem certo encanto, pelo exotismo e pela citação retrô, a estética guevarista cultuada pelos atores vinculados a essas forças sociais e acadêmicas. Penso que deve fazer tremer as bases dos velhos saudosistas do socialismo real.

O impressionante é que a galera não se dá conta de alguns fatos históricos ligados a relação entre a esquerda bolchevique (que alimenta o seu imaginário) e os camponeses. Nunca é demais lembrar a truculência que marcou a ação do Exército Vermelho, guiado por Trotsky, contra os camponeses ucranianos liderados por Nestor Makno.

Nesse universo, sobram poucas vozes para lembrar coisas óbvias. Dentre elas, aquela de que a agricultura familiar, definida oficialmente por lei no Brasil, é uma construção sócio-política recente, que precisa ser problematizada por uma ciência do social que não se quede inerte diante do mundo fabricado pelos atores.

E essa coisa populista vai se avolumando. Há alguns dias, um curso na área de agronegócios, que seria promovido por um centro de uma universidade federal, foi inquisitorialmente torpedeado pelo barulho populista. A turma queria, de qualquer jeito, e em nome do compromisso ético político da instituição, empurrar a agricultura familiar na proposta.

Nesse universo, é necessário o vigo científico e a disposição para levar bordoadas de uma Zander Navarro para levantar algum dique contra a criação de mitos desastrosos. Um deles, persistente, é o de que existe algo, uniforme, passível de ser identificado sob a rubrica de agricultura familiar. Outro, não menos pernicioso, é o de que é essa agricultura a responsável pela produção alimentar do país.

Dilma foi vaiada. E dai?

Dilma foi vaiada. É bem capaz de os pistoleiros fazerem longas direções a respeito dos impactos de tal manifestação na eleição do ano vindouro. As vaias significam o quê mesmo? Ora, ora, nada além de vaias...

Pensar que o andar de cima não vai tirar uma casquinha em um momento como esse é algo de ingenuidade abismal. Sim, isso mesmo, quem você acha que está agora no Mané Garrincha?

Vaia por vaia, o Lula foi estrondosamente vaiado na abertura do Jogos do Pan, em 2007. Lembra? Pois é, e deu em quê? Na eleição da sua sucessora, que, por pouco, não leva a partida já no primeiro turno.

Calma aí, gente. Muita calma nessa hora.

Os protestos e a insanidade


Os protestos de rua contra os aumentos das passagens de ônibus, como era de se esperar, domina postagens e mensagens das chamadas redes sociais.

Eu dei uma sapeada no facebook. Li coisas de arrepiar. Não é que tem gente juntando a presença do Pastor Feliciano na Presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara, a morte do índio terena e os protestos? Sim, li isso, sim. Bizarro!

Mais bizarro ainda foi ler um comentário que pregava a criação de um FORA DILMA. Bom, falta de discernimento político é a coisa mais bem distribuída do mundo, certo? Certo, mas até no desatino é preciso certo senso do ridículo, não é?

Para complementar a insanidade geral, eu li a mensagem de um internauta querendo a morte (isso mesmo!) da Presidenta.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A Presidenta Dilma e os pistoleiros ao entardecer


Passamos do meio-dia do mandato presidencial. As horas mais tranquilas da manhã foram sucedidas pela agitação do almoço e pelo calor do início da tarde. Mas o entardecer já mostra os seus sinais. As sombras se multiplicam, mesmo em árvores de pouca folhagem.

Balanços apressados são feitos. O dia ainda não terminou mas as galinhas, banzas com a digestão, imaginam-se águias. E devaneiam. E precipitam-se sobre as teclas digitando análises políticas e econômicas.

Muitos se desesperam. Até o vice-líder do PT entrou em pânico. Quer mais pro-atividade  do governo. E os petistas, loucos por um duelo final, incitam a Presidenta a incorporar um, deixem-me ver, Durango Kid. Não um Durango Kid qualquer, mas um que seja amável com os seus companheiros de viagem, a base aliada. Mas Dilma está mais para aqueles personagens encenados por Clint Eastwood. Durona, não Durango.

Ela sabe que os pistoleiros chegarão ao entardecer. E não serão poucos. Não tem mais a impaciência dos neófitos. Não fugirá do duelo e nem aceitará ser substituída por Lula. Se não fugiu da luta antes, nos porões, por que diabos o faria agora, quando as luzes das suas ações e posturas iluminarão a rua do duelo?