segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gol contra da publicidade

São muitas as piadas sobre as construções fantasiosas que fazem de si alguns profissionais. No meio acadêmico, não raramente, escuto piadas sobre a grandiosidade imaginária dos físicos. Contam alguns que eles até concedem que Deus criou o mundo, mas se o todo poderoso fez isso, fê-lo com a assessoria dos físicos. Cá do meu canto, penso que os publicitários são mais pretensiosos dos que os físicos. Como diz minha enteada, "eles se acham". Na disputa política, sempre pensam que têm as eleições "nas mãos". Os fracassos são habilmente ocultados. Diante de qualquer obstáulo, mandam ver aí um "upgrade" (publicitário que é publicitário não pode, segundo regras de ouro do meio, comunicar-se usando apenas os recursos "disponibilizados" pela língua nativa). Mas, de vez em quando, e mais especialmente quando querem se passar por "ousados" e "pós-modernos", metem o pé na jaca. Deixam claro o seu atraso intelectual e desnudos os seus preconceitos. Estou generalizando? Claro! Tem muita gente boa no "meio", mas, como estou em um blog e cansado, parto para a generalização...

Escrevi tudo isso para chamar a atenção para um gol contra da publicidade. Trata-se de uma peça publicitaria de conhecida grife que apela para a violência contra a mulher para se vender. Acho que a campanha foi abortada, mas a prova do gol contra ficou. Para que possamos refletir sobre como por sob a capa de modernidade de alguns se enconde um monstro troglodita.

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