terça-feira, 14 de abril de 2009

Mudança...

A Folha Online, republicando a BBC, noticia a iniciativa de Obama de diminuir o bloqueio à Cuba. Veja abaixo!

Fidel defende fim de bloqueio e diz que Cuba não precisa de "esmolas"
Horas depois do anúncio da Casa Branca de que o governo dos Estados Unidos colocará fim às restrições a viagens e ao envio de remessas de cubano-americanos a Cuba, o ex-ditador cubano Fidel Castro publicou um artigo no qual afirma que o país não pede "esmolas" e defendeu o fim do embargo norte-americano à ilha.
"[A Casa Branca] anunciou o alívio de algumas das odiosas restrições impostas por [George W.] Bush aos cubanos residentes nos Estados Unidos. (...). Mas quando se perguntou se tais medidas valeriam para outros cidadãos norte-americanos, a resposta foi que não estavam autorizados. (...) Sobre o bloqueio, a mais cruel destas medidas, não se disse uma palavra", afirmou Fidel em um artigo publicado no site Cuba Debate.
Fidel classificou ainda o embargo a Cuba como uma "medida genocida", afirmando que ele "custa vidas humanas" e causa sofrimentos "dolorosos" aos cubanos, na medida em que impede que medicamentos e equipamentos médicos com componentes americanos cheguem à ilha.
Fidel afirmou ainda que muitos parlamentares americanos --entre eles o senador republicano Richard Lugar-- são favoráveis ao fim do bloqueio, e disse que estão dadas as condições para que Obama acabe com esta política "que vem fracassando durante quase meio século".
Esmolas
Ele também criticou o fato de Cuba não ter sido convidada para participar da Cúpula das Américas, que acontece no final desta semana, em Trinidad e Tobago, e disse que seu país não precisa de "esmolas".
"Cuba jamais estenderá suas mãos pedindo esmolas. Seguirá adiante, com a cabeça erguida, cooperando com os povos irmãos da América Latina e do Caribe, haja ou não Cúpula das Américas, presida ou não Obama os Estados Unidos ou [que o presidente dos EUA] seja um homem uma mulher, um cidadão branco ou negro".
O ex-líder cubano, no entanto, reafirmou a disposição de seu país em dialogar com o novo governo dos EUA e de normalizar as relações entre os dois países. Ele disse ainda não culpar Obama pelas políticas de seus antecessores.
"Nosso país resistiu e está disposto a resistir o quanto seja necessário, e não culpa Obama pelas atrocidades cometidas por outros governos dos Estados Unidos. Não questiona também sua sinceridade e seu desejo de mudar a política e a imagem dos EUA. Também compreende que ele enfrentou uma batalha muito difícil para ser eleito, apesar de preconceitos centenários".
Leia mais
Cubanos comemoram término de restrições
Grupos de direitos humanos festejam mudanças

Nenhum comentário: