Leia o que foi publicado hoje no blog da jornalista Renata Cafardo, do Estadão. Mais abaixo, o meu comentário.
A volta do boicote
por Renata Cafardo, Seção: Ensino Superior s 11:33:57.
O boicote ressurgiu no último Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), cujos resultados foram divulgados nesta semana. Depois de anos de trégua, a União Nacional dos Estudantes (UNE) iniciou em 2007 um movimento contra o exame. "Enade, uma avaliação pela metade" foi o slogan da campanha contra a prova feita pelo Ministério da Educação (MEC) desde 2004. A avaliação subsitituiu o Provão, seguidamente boicotado por milhares de estudantes - o bordão era "O Provão não prova nada" - enquanto existiu.
O argumento para o boicote foi o de que o governo estava, como fazia na época do Provão, focando a avaliação do ensino superior no aluno. Ou seja, as instituições continuavam a ser julgadas apenas pela nota que o estudante tirava no Enade, deixando com peso menor a estrutura, os professores, o currículo do curso.
Pelo menos em um curso importante do Estado, o boicote pegou. A tradicional Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) teve conceito 3 no Enade. A avaliação vai de 1 a 5 e a antiga Escola Paulista de Medicina ficou a um pulinho de integrar o grupo dos "piores do País", aqueles que tiveram conceito 1 e 2. “Os alunos não percebem que, assim, prejudicam a própria instituição na qual estudam, porque processos avaliativos são importantes, inclusive para nós mesmos”, disse o pró-reitor de graduação da Unifesp, Luiz Eugênio Mello.
Quase como uma resposta à UNE, o MEC criou neste ano mais uma nota que faz parte da avaliação, chamado de conceito preliminar de curso. Ele é composto pela nota dos alunos no Enade, pelo índice que mostra quanto a instituição agregou ao aluno durante o curso (chamado IDD) e ainda itens como a titulação de professores e a opinião dos estudantes sobre o curso. Todos os 508 cursos que tiveram conceitos 1 e 2passarão por vistoria in loco do governo.
Comentário:
Conheço essa história de perto. Em 2005, os estudantes de ciêcias sociais, quando do Enade do curso,boicotaram-no por ser, segundo alguns deles, "expressão da política neoliberal (sic)" do Governo Lula. É uma postura irresponsável que só contribui para prejudicar a própria instituição dos estudantes. E é uma burrice também: quando as notas são divulgadas, quem se lembra do boicote? O filme que fica queimado é mesmo o dos estudantes...
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sábado, 9 de agosto de 2008
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