Mostrando postagens com marcador saúde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador saúde. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os motoqueiros e a cidade: relato sensível do sofrimento


A revista Piauí é uma das boas publicações disponíveis na praça. Quase sempre discordo de sua linha editorial, mas isso não importa muito. Ler um bom texto de quem você discorda é mil vezes preferível a ter que engolir aquelas xaropadas que estão mais próximas do que você defende, mas que são escritas sem criatividade e elegância. Bueno, todo esse preâmbulo é para te convidar a ler uma otíma reportagem, publicada na edição de novembro da revista, a respeito do sofrimento social dos motoqueiros na cidade de São Paulo. É um retrato vivo de como a estrutura social brasileira rebate na mobilidade urbana, na segurança pública e na saúde coletiva. Acesse aqui a matéria.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um país de peso...

Deu no UOL.

Brasileiro está mais gordo e mais alto, aponta estudo do Ministério da Saúde
Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

A população engordou e ficou mais alta nos últimos anos no Brasil. Cerca de 43,3% das pessoas com mais de 18 anos que vivem nas capitais estão com sobrepeso. E esta é a tendência para todo brasileiro, aponta estudo Saúde Brasil 2008, do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (19).

Metade da população já está com sobrepeso. As principais causas são a mudança para hábitos alimentares menos saudáveis e a menor prática de atividades físicas", explica Marcio Mancini, diretor do grupo de Obesidade e Doenças Metabólicas do Hospital das Clínicas de São Paulo.


Os meninos de 10 a 19 anos tiveram aumento de 82,2% do IMC (Índice de Massa Corpórea que dá a razão entre o peso e a altura) em 29 anos. As meninas, na mesma faixa etária, obtiveram aumento de 70,3%.

Mas as mulheres apresentam estabilidade no ganho de peso desde a década de 90, com a valorização do corpo e o combate ao sobrepeso, enquanto os homens não param de engordar.
Segundo o médico, o aumento da obesidade é expressivo na camada mais pobre da população. "A falta de informação leva a pessoa a comer pior. Além disso, alimentos baratos e calóricos como o açúcar e o óleo de soja são muito usados. Assim, a pessoa adoça mais do que precisa e faz muita fritura". Para Mancini, o governo deve atuar na conscientização da população nas unidades básicas de saúde para reverter a situação.

De acordo com o estudo, o IMC médio do brasileiro está muito próximo de 25 kg/m², limite para passar do perfil normal para o de sobrepeso. Se o valor ficar acima de 30, é considerado obesidade.

O aumento da obesidade ainda é um dos fatores para a
elevação das mortes por diabetes no país. O crescimento está mais concentrado nos homens com mais de 40 anos e houve queda entre as mulheres de 20 a 39 anos.

Enquanto eles ganharam mais peso, as mulheres cresceram quase duas vezes mais. A estatura média do homem cresceu 1,9 cm em 14 anos e chegou a uma média de 1,70 m em 2003. Já as mulheres, tiveram um aumento de 3,3 cm de altura, alcançando 1,58 m.
DesnutriçãoO déficit de altura nas meninas menores de cinco anos, um dos principais indicadores de desnutrição, caiu 85% de 1974 a 2007. Entre os meninos, a queda foi de 77% no mesmo período. O Ministério espera que a desnutrição seja praticamente nula em 10 a 15 anos.


A desnutrição teve redução de 50% em 10 anos, passando de 13,4% das crianças com menos de cinco anos para 6,7% em 2006. O aumento da altura também foi significativo - o déficit caiu 70% entre 1974 e 2003.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Notícia preocupante.

Deu na Folha Online:

Instituto Adolfo Lutz detecta mutação no vírus da gripe suína em SP


CLAYTON FREITAS da Folha Online

O Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo do Estado de São Paulo, conseguiu isolar o vírus da gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- e detectou uma nova "estirpe" da doença no Brasil. Os técnicos brasileiros perceberam um padrão diferente para o vírus daquele que foi registrado pelo CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos) com base em amostras retiradas de pacientes da Califórnia.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Um artigo de Temporão. Vale a pena ler!



Temporão é um dos melhores ministros do Governo Lula. Não por acaso, parte da base aliada (registre-se: PMDB) quer defenestrá-lo. É que ele tem posições, não faz concessões à Igreja Católia e, supremo deslize, costuma dizer o que pensa. Por tudo isso, vale a pena ler, abaixo, artigo de sua autoria.

O nó da saúde está na emergência dos hospitais

José Gomes Temporão*

O Sistema Único de Saúde (SUS), ao longo de seus 20 anos, tornou-se uma grande rede interligada de serviços. Nesse período, o Brasil passou de um sistema que, até 1988, garantia o acesso à saúde pública apenas aos trabalhadores filiados à Previdência - 30 milhões de pessoas - para o Sistema Único de Saúde, que atende 190 milhões de pessoas, sendo que, em 80% dos casos, a dependência da rede pública é total. Apesar de todo o avanço, os desafios permanecem enormes e o Ministério da Saúde tem como prioridade atacar as suas deficiências de gestão e de estrutura.

Um dos pontos de estrangulamento é o atendimento de urgência e emergência de hospitais do país. Ocorre que 80% dos problemas de saúde podem ser solucionados na atenção básica. Por isso, em uma ação de prevenção e promoção à saúde, o Programa Saúde da Família vem provocando uma silenciosa revolução.

O financiamento do programa foi triplicado entre 2002 e 2008, passando de R$ 1,3 bilhão para R$ 4,4 bilhões. A cobertura atinge hoje 90 milhões de pessoas. Estudos mostram que, onde o PSF se estrutura, diminuem as internações, aumenta a cobertura vacinal e ampliam-se as consultas pré-natal.

Mas o Ministério da Saúde sabe que isso não é suficiente. É necessário ter unidades não hospitalares que possam prestar atendimento às urgências e às pequenas emergências. O Rio de Janeiro tem recebido apoio para implementar as Unidades de Pronto Atendimento, uma idéia que será expandida ainda este ano para o restante do país. São unidades dotadas de leitos de obser vação, que recebem pacientes que precisam de pronto-socorro.

As UPAs trabalham integradas ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Em um ano de existência, no Rio, 99,7% dos atendimentos foram solucionados nas próprias UPAs. Mas quando a transferência é necessária, o Samu é acionado, encaminhando o resgate e verificando para onde o paciente será alocado. O Samu abrange atualmente 101 milhões de pessoas em todo o Brasil.

No Rio, 99,7% dos atendimentos foram resolvidos nas Unidades de Pronto Atendimento. Ainda assim, o sistema não se resolve sem preencher os vazios assistenciais. No ano passado, por exemplo, foi inaugurado o primeiro centro de oncologia do Acre. Antes, as pessoas da região tinham que viajar para o Sudeste a fim de garantir o atendimento. O ministério também sabe que é preciso investir nas pessoas. Neste ano, estão sendo oferecidos cursos para 23 mil profissionais do Samu .

Além disso, em 2007, foi criada uma comissão que permite aos gestores do SUS dar as diretrizes dos cursos de graduação e residência das áreas de saúde para atender à necessidade da população. Foram disponibilizados R$ 80 milhões para as universidades apresentarem projetos de adequação em seus cursos e para bolsas de pesquisa.

As fragilidades do atendimento estão sendo combatidas ainda com o fortalecimento da produção nacional na área de saúde. Somente neste ano foram assinados dois acordos de transferência de tecnologia para a Fiocruz, um para a vacina de rotavírus e outro de medicamento para hepatite C. Uma portaria agora permite ao ministério fazer compras que favoreçam o produtor nacional. Outra estabelece quais áreas são de interesse do governo, que, junto com um pacote de financiamento de R$ 3 bilhões do BNDES, permitem dinamizar o setor. Isso sem falar nos R$ 500 milhões que estão sendo investidos no desenvolvimento de tecnologia e pesquisa, como a de células-tronco.

Na relação entre União, estados e municípios, o ministério, focado na otimização da gestão, implementou em junho uma inovação na administração de obras, reformas e ampliações de unidades de saúde, transferindo para a Caixa Econômica Federal a responsabilidade pelas construções e repasse de recursos. Uma solução criativa para problemas que se arrastavam por anos. Estamos incentivando também a entrada dos municípios para o chamado Pacto de Gestão.

Ao aderir, o município assume a plena gestão das ações de saúde. Assim, serviços que estavam a cargo dos estados migram para esses gestores, atendendo às demandas locais a com mais eficiência. No país, 2.571 municípios já aderiram ao pacto.

Enquanto nos movimentamos, enfrentamos no Congresso o grande desafio que é a aprovação do projeto das fundações estatais, que oferece uma estrutura mais dinâmica para a gestão de hospitais. Faz um ano que o governo federal encaminhou o texto. Em junho, obtivemos a primeira vitória, com a aprovação pela Comissão de Trabalho da Câmara. Mas ainda há um longo caminho a percorrer.

O SUS completa 20 anos, tempo suficiente para que possamos analisar os ganhos e desafios acumulados. Pontos fortes para o enfrentamento dos problemas estão definitivamente na agenda do Ministério da Saúde.


*José Gomes Temporão é ministro da Saúde.

Publicado em 03/09/2008.

domingo, 7 de setembro de 2008

Serrinha dos Pintos, município do oeste do RN, é notícia na Folha

O jornal Folha de São Paulo publica hoje uma matéria sobre doença rara que atinge moradores de Serrinha dos Pintos. Leia, abaixo, trechos dessa preocupante notícia.

Cidade do RN vira foco de doença rara

72 dos 73 portadores da síndrome de Spoan, descoberta em 2005, se concentram no oeste do Rio Grande do Norte
Doença degenerativa atinge principalmente filhos de primos de primeiro grau; portador tem dificuldade de enxergar e se locomover


EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL A SERRINHA DOS PINTOS (RN)

Escondido no alto de uma serra do oeste potiguar, o município de Serrinha dos Pintos, a 357 km de Natal (RN), é a capital mundial de uma rara doença genética conhecida como síndrome de Spoan.
A doença, neurodegenerativa, foi descoberta em 2005 e mapeada neste ano de forma mais abrangente por especialistas do Hospital das Clínicas e do Centro de Estudos do Genoma Humano, ligado ao Instituto de Biociências da USP. A doença é mais comum em filhos de casamentos consangüíneos (entre familiares).
Os pesquisadores da USP mapearam 73 pessoas com a síndrome em todo o país, sendo 72 delas no oeste do RN, em especial em Serrinha dos Pintos. Esses 72 casos no Estado são frutos de 43 casamentos, sendo 39 deles comprovadamente entre familiares, quase sempre entre primos de primeiro grau.
Os sintomas da Spoan já aparecem no primeiro ano de vida e vão se agravando com o passar do tempo. A criança tem dificuldade de engatinhar e de ficar em pé, tem fortes problemas de visão (enxerga apenas 10% do normal) e sente fraqueza nas pernas. Até a adolescência, a maioria já é obrigada a usar cadeira de rodas.
(...)


Assinante UOL lê a matéria completa aqui.