segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gol contra da publicidade

São muitas as piadas sobre as construções fantasiosas que fazem de si alguns profissionais. No meio acadêmico, não raramente, escuto piadas sobre a grandiosidade imaginária dos físicos. Contam alguns que eles até concedem que Deus criou o mundo, mas se o todo poderoso fez isso, fê-lo com a assessoria dos físicos. Cá do meu canto, penso que os publicitários são mais pretensiosos dos que os físicos. Como diz minha enteada, "eles se acham". Na disputa política, sempre pensam que têm as eleições "nas mãos". Os fracassos são habilmente ocultados. Diante de qualquer obstáulo, mandam ver aí um "upgrade" (publicitário que é publicitário não pode, segundo regras de ouro do meio, comunicar-se usando apenas os recursos "disponibilizados" pela língua nativa). Mas, de vez em quando, e mais especialmente quando querem se passar por "ousados" e "pós-modernos", metem o pé na jaca. Deixam claro o seu atraso intelectual e desnudos os seus preconceitos. Estou generalizando? Claro! Tem muita gente boa no "meio", mas, como estou em um blog e cansado, parto para a generalização...

Escrevi tudo isso para chamar a atenção para um gol contra da publicidade. Trata-se de uma peça publicitaria de conhecida grife que apela para a violência contra a mulher para se vender. Acho que a campanha foi abortada, mas a prova do gol contra ficou. Para que possamos refletir sobre como por sob a capa de modernidade de alguns se enconde um monstro troglodita.

A instigante e questionadora arte de Kara Walker


Ela foi apontada pela revista Time como uma das cem pessoas mais influentes do mundo, em 2008. Nascida em 1969, a artista plática Kara Walker se notabilizou pela produção de obras que tematizam a violência contra os negros e as mulheres. Veja mais abaixo alguns dos seus quadros!






Música para o começo da jornada da tarde

De volta ao computador. O Coleta Capes sugando o resto de minhas energias. Mas, ufa!, estou chegando ao fim. Então, divido contigo a música que anima a minha jornada vespertina.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A empregada, como sempre, paga o pato

No Balaio do Kotsho, uma análise sobre a situação patética do deputado que paga a sua empregada doméstica com o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho. Leia aí abaixo. No final do post, para você se divertir, um vídeo com a entrevista do parlamentar.

08/04/2009 - 11:50

Sobrou para a empregada de novo

Até agora nenhum deputado ou senador foi punido nesta enxurrada de maracutaias denunciadas pela imprensa nos últimos meses, mas sobrou de novo para a empregada.

Esta nova história, como diria o Mino Carta, é emblemática. Ao ver nos jornais a denúncia contra o deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF), que usava uma secretária parlamentar como faxineira em sua mansão, Arnaldo Jardim (PPS-SP) resolveu demitir a sua antes que a imprensa descobrisse, mas não deu tempo.

Ambos são da oposição e vivem usando a tribuna da Câmara para fazer denúncias de corrupção contra o governo. A única diferença é que Fraga era o líder da “bancada da bala”, que defendeu o comércio de armas no plebiscito, e Jardim, o pacífico honesto, promoveu no dia 3 de março o lançamento da Frente Parlamentar Anticorrupção no seu apartamento em Brasília.

O detalhe que revela a hipocrisia desta gente é que quem serviu o jantar aos 30 deputados catões no apartamento do parlamentar do PPS foi exatamente a empregada doméstica Maria Helena de Jesus. Ou melhor a secretária parlamentar dele, que há dois anos e meio é paga pela Câmara, e agora foi demitida.

O bom repórter Fábio Zanini, da Folha, conta os detalhes: “Para fazer serviços no apartamento de Jardim no bloco A da quadra 311 sul, ela recebe salário bruto de R$ 1.608,10. Dinheiro da Câmara. “Lavo, passo, cozinho”, disse à Folha.

O “grupo dos éticos” foi formado depois da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja em que ele denunciou haver corrupção generalizada em seu partido, no Congresso e no governo.

Como no caso de Fraga, pior do que valer-se de uma secretária parlamentar para cuidar do conforto do seu apartamento funcional foi a desculpa dada por Arnaldo Jardim, um fiel seguidor do seu líder, o ex-comunista Roberto Freire, pesidente do PPS e conselheiro da Prefeitura de São Paulo:

“Pensei que ela pudesse não só ajudar esporadicamente no gabinete, como também prestando serviço no apartamento. Quando eu soube que isso não era possível, eu a desliguei”.

Quanta pureza, quanta meiguice, quanta ingenuidade! Ele não sabia que não podia, coitado… E prosseguiu:

“Do ponto de vista ético não vejo problema, mas do ponto de vista regimental, vejo. Entendi que o cargo poderia ser usado como apoio do mandato parlamentar”.

Como diria minha amiga Hebe Camargo, “ele não é uma gracinha?”.

E agora que ela foi demitida? Como fará o “grupo dos éticos” para ser servido em seus jantares? Vão todos ter que pagar do próprio bolso? É justo?


Biscoito fino, só para você.

Música para quem ainda está no trabalho...

Sem palavras...


Mozart-Romance.

Para rir um pouco... (piada em espanhol)

Tô no trabalho, prá variar. Coisa de louco, esse tal de Coleta Capes. Vade retro, satanás! Mas, graças!, estou no fim... Então, vamos um rir um pouco. Leia a piada abaixo. Se queres mais, então acesse o ótimo blog argentino Antilógicas.

Humor Blanco: de matrimonio
Por Eduardo Parise

La pareja había cumplido su primer año de casados y estaba disfrutándolo en Iguazú, junto a las Cataratas. De pronto, con el estruendo del agua cayendo junto a la Garganta del Diablo y envueltos en una fina llovizna, la mujer le dijo a su marido: "¡Qué maravilla! ¡Gracias por traerme a este lugar tan lindo!". Y enseguida preguntó: "¿Y cuando cumplamos cinco años, adónde me vas a llevar?". El marido respondió con celeridad: "A alguna playa del Caribe". Ella volvió a preguntar: "¿Y cuando cumplamos diez años?". "Iremos a la India, a conocer el Taj Mahal", fue la respuesta. Entonces ella volvió a subir la apuesta: "¿Y a los veinte años?". "Quedate tranquila, que te voy a ir a buscar", contestó el hombre.