sexta-feira, 12 de abril de 2013

A morte de Zanoni

Não fui íntimo do Professor Zanoni. Entretanto, ele era uma daquelas pessoas que a gente gosta que o seu caminho cruze com o nosso mesmo que isso não implique em maiores trocas ou conversações.

Vinha sendo assim desde priscas eras. Ou melhor, desde os tempos em que atuávamos no movimento estudantil da UFRN, na primeira metade dos anos 80. Zanoni era irreverente e bem mais subversivo do que os meus camaradas de então. Se não me engano, ele foi um dos articuladores de uma chapa "anarquista" para a diretoria do DCE da UFRN. "Dentadura" era o nome da dita cuja. O seu slogan: "a chapa que morde...".

Vez ou outra, eu encontrava-me com Zanoni no grupo de estudos e pesquisas dirigido pela Professora Marta Pernambuco. Ele era um dos membros ativos e participava das discussões que ali se desenrolam.

Agora, para a tristeza minha e de todos quantos conhecemos ou convivemos com Zanoni, ao nos referirmos a ele teremos sempre que colocar o verbo no pretérito. Um acidente de moto, trágico, retirou-o do nosso convívio. Um acidente que é a cara dessa Natal pós-tudo: sua moto caiu em um dos tantos buracos que infernizam a vida de quem transita pelas vias dessa outra cidade do prazer.

Trágico, triste e... revoltante.


A seca no Piauí e na Piauí.


Na última edição da revisa PIAUÍ, recém-chegada às bancas, você encontra uma ótima matéria, na seção ESQUINA, a respeito da estiagem que arrasa com a economia do semiárido nordestino. O autor é o jornalista Mário Sérgio Conti, que dispensa maiores apresentações e comentários. O cara escreve bem de verdade, o que não exatamente um qualidade distribuída com generosidade na imprensa nacional.

terça-feira, 26 de março de 2013

Um mundo sem papel?

Você é uma daquelas pessoas que acha que o papel vai se tornar descartável? Que tudo se resolve com dispositivos móveis? Sei! Então, confira o vídeo abaixo.

Você vai rir... e pensar um pouco mais sobre aquelas afirmações dramáticas e/ou apocalípticas a respeito da obrigatoriedade do uso das novas tecnologias.

 Quem passou a dica foi a Professora Luciana Chianca (antropologia UFPB).

O endereço do blog do Professor Gláucio

Falei do santo, mas não mostrei o milagre. O link para o post (e para o blog) do Professor Gláucio é este. h

Mais encarceramentos, menos criminalidade

O pensamento de esquerda é, geralmente, refratário a qualquer especulação que faça uma relação positiva entre aumento do número de prisões e redução das taxas de criminalidade. Enquanto posicionamento político, perfeito. O problema é quando as pessoas querem dar ares de cientificidade a proposições alicerçadas em suas construções ideológicas. Esse o caso de cientistas sociais que se negam mesmo a estabelecer relações entre os dois fenômenos.

Mas a sociologia, ou, ao menos, uma sociologia que valha o nome que ostenta não pode se guiar pelas convicções políticas da média dos seus pesquisadores. Agindo assim, para quê uma ciência empírica do mundo social?

O Professor Gláucio Soares rema contra a maré neste oceano do politicamente correto. No seu blog, você vai encontrar um interessante post a respeito de uma correlação feita entre os dois fenômenos acima apontados. Os pesquisadores provaram, com estudos sobre dados de uma período histórico de quase duas décadas, que há, sim, uma relação direta entre aumento do encarceramento e a redução da criminalidade.

Onde foi feito o estudo? Ah, na Inglaterra...

Bueno, isso significa defender uma política do "prende e arrebenta"? Não! Mil vezes não. De posse dessa apreensão, podemos (e devemos!) qualificar as discussões as respeitos das políticas penitenciárias.

Bom. Para quem está aqui no Rio Grande do Norte, infelizmente, tudo isso é muito platônico: as prisões são dantescas (o judiciário vive querendo fechá-las, para você ter uma ideia do descalabro...).

Mas que a discussão é interessante, ah!, isso é...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Os resultados das pesquisas eleitorais na avaliação de César Maia

César Maia, atual vereador do DEM no Rio de Janeiro, é um analista atilado das coisas da política. Vale a pena, no mínimo, levar em conta as suas observações. Sempre parciais, é claro, mas também argutas e criativas.

Sobre as mais recentes pesquisas para as eleições presidenciais de 2014, nas quais a Presidenta Dilma está disparada na frente, ele teceu alguns comentários interessantes.

OUTRA LEITURA DAS PESQUISAS DIVULGADAS!
 César Maia


1. A inclusão do nome do Ministro Joaquim Barbosa nas pesquisas eleitorais divulgadas pelo Ibope e Datafolha mostra que o Mensalão não é um fenômeno de massas. Provavelmente porque reitera o que o eleitor acha no mundo todo: os políticos não são confiáveis. Os números do ministro Joaquim Barbosa – entre 3% e 7%-  mostram que o grande destaque que recebeu reafirma a inconfiabilidade nos políticos, mas não tem tradução política e menos eleitoral. Cresce o prestígio do STF, mas não a popularidade pessoal, eleitoral, dele. Bom para a “mosca azul” continuar voando longe do Ministro.
        
2. O Ibope, ao incluir numa mesma lista ampla, os nomes de Aécio Neves e Serra, que somados alcançaram 19%, mostra que é esse o patamar que o candidato do PSDB alcançará na pré-campanha. Numa lista ampla, Dilma cai para 53%, o que mostra que esse é o patamar de partida dela. Nessa mesma pesquisa, a avaliação ótimo+bom de Dilma alcançou 63%, portanto 10 pontos a mais que a opção de voto numa lista ampla.

3. A alta taxa de desconhecimento -fora de suas regiões- de Aécio e Campos explica o engordamento dos números de Dilma. Na medida em que crescer a taxa de conhecimento de ambos, a gordura derrete.
           
4. A vantagem da lista ampla é identificar os que nesse momento buscam um candidato para não votar em Dilma. É fácil demonstrar. Aqueles que marcam nulo/branco/não sabe, na lista ampla, são 14% e –de forma aparentemente paradoxal- crescem na lista dos 4 candidatos para 18% e numa lista de 3 ainda ficam em 17%.
        
5. Na lista de 4, para o Ibope e o Datafolha, Dilma tem os mesmos 58%. Marina 16% no Datafolha e 12% no Ibope, Aécio entre 9% e 10% e Eduardo Campos 3% no Ibope e 6% no Datafolha. Essa diferença em Campos é sinal que seu nome não é conhecido fora de sua região. Isso é fato. Em pesquisa GPP no Estado do Rio, entre 16-17/03, 77% disseram não conhecer Eduardo Campos.
        
6. Nessa pesquisa GPP no Estado do Rio, com 2 mil eleitores, Dilma fica com 59,7%, Marina+Gabeira com 14,9%, Aécio com 7,2% e Eduardo Campos 1,6%. Na pergunta se prefere votar em Lula ou Dilma, Lula tem 47,4%, Dilma 32,3% e Tanto Faz 20,3%. Um número alto para Dilma. Aécio tem 24% nos bairros de classe média na Capital.

7. Nas pesquisas trimestrais do Ibope/CNI de outubro e dezembro, o assunto Medidas Econômicas gerava memória em 18% e agora em março em 29%. Pesquisa feira após anuncio de redução de impostos na cesta básica.

domingo, 24 de março de 2013

Dilma em céu de brigadeiro

Muito barulho por nada. Essa a impressão que temos, após a recente publicação de pesquisas eleitorais (já?) a respeito da disputa presidencial de 2014. Nesses pesquisas, Dilma poderá levar a partida já no primeiro turno.

Pelo visto, a barulheira que a oposição está fazendo não está comovendo o eleitorado brasileiro. Não é para menos, os candidatos até agora não mostraram nenhum discurso que retire a população da "zona de conforto" sob o Governo Dilma.