segunda-feira, 27 de abril de 2009

A força de um documentário

Você já ouviu falar de Artavazd Pelechian? Acredito que sim! Se não, saiba que ele nasceu 1938, na Armênia, quando o país era parte da antiga União Soviética, e foi um dos principais expoentes do chamado cinema soviético. Sua obra foi admirada por (e fonte de inspiração para) importantes diretores ocidentais, dentre eles Godard.

Pelechian reside em Moscou e é, com justiça, considerado por muitos especialistas como um dos maiores documentaristas cinematográficos da vida cotidiana. O documentário “O fim” (1991), por exemplo, é uma obra magistral. O diretor filmou-o com uma câmera no ombro. Dentro de um trem que ia de Moscou para Erevan, na sua Armênia. Confira-o abaixo.


Um comentário:

Gustavo Ribeiro disse...

Caro Edmilson,

Caso minha banda larga 3g claro operasse realmente em velocidade de banda larga, assistiria ao vídeo contido no post. Posso assegurar que ainda o farei, assim que encontrar um local em que aquele trambolho preste. Contudo, já agora, adianto um questionamento. Ao acompanhar o blog, tenho visto seu interesse pelo cinema documentário. Um interesse como o meu, e de tantos outros que militam no campo das ciências sociais, baseado na apreciação. O que me leva a perguntar: deveríamos investir na mudança de qualidade deste interesse, transitando de apreciadores para produtores? Fazendo o papel de leitor ansioso de blog, aquele que sugere pautas e cobra a retomada de assuntos deixados de lado, instigo-lhe (bem como aos seus outros leitores) a tratar do assunto. Bem sei que não é uma questão fácil. Para ilustrá-la, elenco rapidamente aqui duas das várias contribuições que podem ser tomadas. A primeira é a do inventivo Slavoj Zizek, com o vídeo “The pervert’s guide to cinema” (www.thepervertsguide.com). Através dele, vemos como é possível combinar elaboração teórica com argumentação audiovisual. A segunda, que segue numa linha diversa, é a das indagações de Paulo Menezes (Sociólogo, professor da USP) sobre a relação entre cinema documentário e conhecimento, elaboradas em textos como “Representificação: as relações (im)possíveis entre cinema documentário e reconhecimento” (publicado na RBCS, v18, n51, 2003). Por sinal, tal escrito esboça uma crítica importantíssima ao conceito de filme etnográfico.

Bem... como disse antes, esta é uma sugestão de debate. Vou ficando por aqui, então! Aquele abraço!