Mostrando postagens com marcador Prostituição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Prostituição. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O ótimo documentário de Joel Zito Santana sobre a prostituição



"Cinderelas, Lobos e um príncipe encantado" é o novo documentário do competente cineasta Joel Zito Santana (fiz referência a ele no post mais abaixo). Trata-se de uma obra que nos leva a pensar não apenas sobre o mercado de sexo e o turismo no Brasil contemporânea, mas, sobretudo, sobre as relações étnicas e de gênero em um mundo globalizado. Apesar da temática "pesada", trata-se de um filme "leve" que você assiste sem se chatear. Confira! Clique abaixo e assista ao trailer.

Prostituição

Na quarta-feira passada, dia 30, no Programa 3 a 1 (que é apresentado no horário das 23 horas), na TV Brasil, assisti a um ótimo debate sobre a legalização da prostituição. A socióloga, prostituta aposentada e fundadora da polêmica grife DASPU, Gabriela Leite, debateu com o cineasta Joel Zito Santana e a historiadora Beatriz Kushnir. Concordo inteiramente com a necessidade de legalização da prostituição. Parece-me algo tão óbvio que fico pasmo quando escuto as boutades contrárias a regulamentação da atividade. Como afirmou Gabriela, é a ausência de regulamentação desse mercado (sim, mercado de serviços sexuais, ora pois...) que abre espaços para o seu controle pelo crime organizado. Por outro lado, é também a ausência de regulamentação que cria situações aberrantes como o tráfico de mulheres e o exercício da atividade em espaços e condições degradantes.

Por falar nisso, disponibilizo aqui algumas fotos sobre a prostituição de rua na Espanha. Aviso: trata-se de material chocante.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A prostituição na agenda

Não raro, o debate sobre a prostituição (ou, sendo mais preciso, sobre o trabalho e os trabalhadores e trabalhadoras sexuais) resvala para avaliações preconcebidas e moralistas. No campo das ciências sociais não são muitos os que se dispõem a enfrentar o consenso moralista. Há alguns anos, em um artigo publicado na revista Política & Sociedade, tratei do assunto (acesse aqui o artigo). E leia, abaixo, matéria publicada na edição de hoje do jornal espanhol El País.

El Supremo dice que la prostitución no implica condiciones laborales indignas
Una sentencia tercia en el debate sobre si cabe el trabajo sexual por cuenta ajena
MÓNICA CEBERIO BELAZA - Madrid - 26/05/2009

¿Es posible explotar sexualmente a una mujer y a la vez darle unas condiciones de trabajo "normales"? ¿Se puede hablar de relación laboral en estos casos? Las leyes sobre trata de mujeres y prostitución no dan una respuesta clara y las sentencias de los jueces son a veces tan confusas como la propia legislación. El Tribunal Supremo hizo pública ayer una resolución que condena a tres personas por tráfico ilegal de inmigrantes con fines de explotación sexual pero les absuelve de un delito contra los derechos de los trabajadores porque las condiciones de las mujeres no eran "onerosas".

El caso es el siguiente. Domingo Fernández y Gilda Borges regentaban dos clubes de alterne y prostitución en Vigo, el Mamba Negra y el Skorpio. Tenían, además, una participación en el Sheraton, en Verín, gestionado por Manuel Atanes. Traían chicas de Brasil para que trabajaran como prostitutas en sus locales. No había engaño en cuanto a la actividad que iban a desempeñar. Les pagaban el billete y las aleccionaban para pasar la frontera como turistas. Una vez en España, les imponían las normas de funcionamiento de los locales y fijaban los horarios y los precios de las copas y los servicios sexuales.

Los clientes pagaban a los camareros. Al final de la noche, se entregaba a las chicas su parte correspondiente, cuando la había. Durante los primeros meses, los que tardaban en pagar la deuda del viaje, las mujeres no cobraban nada, y la cantidad que debían podía acrecentarse por el sistema de multas instaurado por los dueños, que imponían sanciones económicas por llegar tarde al trabajo, por hablar alto, por dar el número de teléfono a los clientes y por salir sin permiso. Además, las prostitutas tenían la obligación de residir en los locales y abonar un precio por el alojamiento y la comida.

La Audiencia Provincial de Pontevedra los condenó a seis años de cárcel por tráfico ilegal de personas con fines de explotación sexual y a dos y medio por un delito contra los derechos de los trabajadores. El Supremo ahora ha ratificado la primera pena pero les ha absuelto del segundo delito. La sentencia dice que sus condiciones de trabajo, las multas por llegar tarde y por alzar la voz "están normalmente sancionadas" en el mundo de la hostelería y que las otras condiciones "resultan normales".

El Alto Tribunal afirma que "al margen de razones de moralidad", la prostitución por cuenta ajena puede "ser considerada como una actividad económica que, si se presta en condiciones aceptables por el Estatuto de los Trabajadores, no puede ser incardinada en el delito 312 del Código Penal, que castiga a los que ofrecen condiciones de trabajo engañosas o falsas o emplean a ciudadanos extranjeros en condiciones que perjudiquen, supriman o restrinjan los derechos que tuviesen reconocidos por disposiciones legales, convenios colectivos o contrato individual".

¿Está el Supremo considerando que puede haber una relación laboral, aunque sea atípica, en el ejercicio de la prostitución por cuenta ajena? No puede hacerlo de forma expresa porque el Código Penal tipifica como delito el proxenetismo incluso cuando la mujer lo consiente. Pero los magistrados hacen una declaración de principios cuando afirman que "la cuestión de la prostitución voluntaria en condiciones que no supongan coacción, engaño, violencia o sometimiento, bien por cuenta propia o dependiendo de un tercero que establece unas condiciones que no conculquen los derechos de los trabajadores, no puede solventarse con enfoques morales o concepciones ético-sociológicas, ya que afectan a aspectos de la voluntad [se entiende que la voluntad de las mujeres] que no pueden ser coartados por el derecho sin mayores matizaciones".

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A NSE e a prostituição

Em artigo publicado na revista Caderno CRH, a professora Gláucia Helena Russo (UERN), expõe, desde uma perspectiva similar àquela assumida pela Nova Sociologia Econômica, o singificado do dinheiro nas relações de prostituição. O artigo de Gláucia é um resumo de sua tese de doutorado, orientada pelo Professor Orlando Miranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Intitulado No labirinto da prostituição: o dinheiro e seus aspectos simbólicos, o artigo pode ser acessado aqui.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O combate à prostituição é a cara do fascismo


A fota acima choca a Itália. Ou, ao menos, envergonha as pessoas de bom senso do país. Trata-se de uma suposta "prostituta" nigeriana, visivelmente alvo de maus-tratos, abandonada em uma delegacia da cidade de Parma. É a face mais cruenta da xenofobia e da onda fascistizante que se espalha pelo país (e por outras partes da Europa), após a ascensão ao poder da direita representada pelo magnata Sílvio Berluscone. A jovem da foto, segundo o Estadão, foi detida em uma operação anti-prostituição. A onda anti-imigrantes, na Itália, também tem a cara do moralismo dos fariseus.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Amor, sexo e dinheiro segundo a NSE

A nova sociologia econômica (NSE) tem sido um dos mais férteis movimentos teóricos da sociologia nos últimos anos. Investigações singulares têm sido desenvolvidas ancoradas em suas contribuições teóricas. Das redes criminosas ao mercado de serviços sexuais, passando pela construção social do consumo do vinho, é vasta a possibilidade de aplicação dos insights da NSE. Há algum tempo, publiquei artigo na revista Política & Sociedade sobre turismo e mercado do sexo no qual busquei incorporar alguns dos aportes da NSE. Leia aqui o meu artigo.