quinta-feira, 19 de março de 2009

Greve Geral na França

A França amanheceu em ritmo lento. Tudo quase parando. É a Greve Geral contra os efeitos devastadores da crise econômica. Os franceses não querem que as vítimas de sempre continuem pagando o pato. Leia abaixo notícias sobre o movimento retiradas do site da Rádio França Internacional.



FRANÇA
Greve geral leva milhares de manifestantes às ruas contra política de Sarkozy




A greve geral iniciada às 20 horas de quarta-feira afeta principalmente trens intermunicipais e o Aeroporto Internacional de Orly, no sul de Paris, onde 30% dos vôos foram cancelados e outros partem com atraso. Na capital francesa, metrôs e ônibus circulam quase normalmente. Apesar da mobilização parcial já prevista no setor de transportes, as oito centrais sindicais à frente do movimento esperam uma adesão ainda maior que a paralisação do final de janeiro, que levou 2,5 mihões de pessoas às ruas, segundo os sindicatos.

Há expectativa de maior participação do setor privado, especialmente depois dos últimos planos de reestruturação anunciados e que causam indignação na opinião pública. A petrolífera francesa Total anunciou o fechamento de 555 vagas, apesar de ter registrado lucro de 16 bilhões de dólares no ano passado. A alemã Continental, do setor de autopeças, fechou uma de suas fábricas no norte de Paris e 1.200 trabalhadores vão perder o emprego. Revoltados com os anúncios sucessivos de fechamento de fábricas, os trabalhadores radicalizam as ações de protesto. O diretor-geral de uma unidade da Sony, no sudoeste da França, foi mantido refém pelos empregados durante uma madrugada. O sequestro do executivo só terminou quando ele aceitou aumentar as indenizações de rescisão dos contratos de trabalho.

Centrais sindicais exigem proteção do emprego

O desemprego na França já atinge 2 milhões de trabalhadores. Para enfrentar os efeitos da crise econômica, os sindicatos exigem do governo proteção dos empregos nos setores público e privado, com elevação das multas de rescisão contratual, aumento do salário mínimo e medidas para melhorar o poder aquisitivo da população. O governo francês já adiantou que não vai anunciar novas medidas, além do plano de 2,6 bilhões de euros negociado com os sindicatos em fevereiro.

Centenas de manifestações programadas no país

A greve geral conta com o apoio de 78% dos franceses. As centrais sindicais têm 213 manifestações programadas nas principais cidades do país.

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