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domingo, 29 de novembro de 2009
Redes sociais e pobreza: uma dica de leitura
Eduardo César Marques, um dos mais destacados cientistas sociais brasileiros da atualidade, professor de Ciência Política da USP, foi um dos precursores na introdução da análise de redes nas investigações sociais no nosso país. Na última edição da revista DADOS, importante publicação ancorada no IUPERJ, ele apresenta, em artigo intitulado "As redes sociais importam para a pobreza urbana?", alugmas provocadoras questões para a análise sociológica do universo social dos pobres no Brasil. Confira o artigo aqui.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Sobre as redes sociais na internet
Transcrevo abaixo matéria que foi postada no Ex-Blog do César Maia, edição de hoje. Foi publicada originalmente no jornal espanhol EL PAÍS.
REDES SOCIAIS ELIMINAM A SOLIDÃO QUE É FONTE DE RIQUEZA EM NOSSAS VIDAS!
(Emma Riverola, publicitária e novelista - trechos de artigo - El País, 04/10)
1. Agora, Facebook, Twitter, Tuenti e outras redes sociais estão convertendo o desenvolvimento pessoal em um cruzeiro de massas. Os jovens crescem na rede, compartilham cada minuto de sua evolução e de sua intimidade. Perda terrível da vida privada, dirão uns. Aumento da transparência e da sinceridade, dirão outros. A única certeza é que, com seus prós e contras, o vírus do exibicionismo dos reality shows penetrou em nossa conduta social.
2. Há uma necessidade, uma obrigação de ser visíveis. Somos a imagem que se reflete nos olhos dos demais. E nessa obsessão por compartilhar a existência, se esconde um modo de reafirmar a identidade, de reclamar um lugar no grupo, e de lançar ao ar um "aqui estou, conte comigo!".
3. O anonimato produz terror, do mesmo modo que assusta a sociedade. As redes sociais são o espantalho que afasta o fantasma da exclusão, o rincão das vozes que rompem o silêncio e a tristeza. Frente à tela do computador podes sentir que formas parte de um grupo, que tens um lugar onde levar as emoções, onde compartir seu tempo.
4. Mas a solidão também é uma fonte de riqueza em nossas vidas. Nela se encontra o germe do pensamento, da arte, de nossa própria identidade. Em um mundo permanentemente conectado, os espaços de isolamento se reduzem até converter-se em preciosas pérolas exóticas. Então surge a dúvida. A incerteza de saber se a geração que está crescendo sobre o abraço contínuo das redes sociais saberá estar só. Se ao não receber a dose habitual de solidão adolescente não deixará mais vulnerável ao sombrio e temível ataque do gregarismo (viver aglomerado).
REDES SOCIAIS ELIMINAM A SOLIDÃO QUE É FONTE DE RIQUEZA EM NOSSAS VIDAS!
(Emma Riverola, publicitária e novelista - trechos de artigo - El País, 04/10)
1. Agora, Facebook, Twitter, Tuenti e outras redes sociais estão convertendo o desenvolvimento pessoal em um cruzeiro de massas. Os jovens crescem na rede, compartilham cada minuto de sua evolução e de sua intimidade. Perda terrível da vida privada, dirão uns. Aumento da transparência e da sinceridade, dirão outros. A única certeza é que, com seus prós e contras, o vírus do exibicionismo dos reality shows penetrou em nossa conduta social.
2. Há uma necessidade, uma obrigação de ser visíveis. Somos a imagem que se reflete nos olhos dos demais. E nessa obsessão por compartilhar a existência, se esconde um modo de reafirmar a identidade, de reclamar um lugar no grupo, e de lançar ao ar um "aqui estou, conte comigo!".
3. O anonimato produz terror, do mesmo modo que assusta a sociedade. As redes sociais são o espantalho que afasta o fantasma da exclusão, o rincão das vozes que rompem o silêncio e a tristeza. Frente à tela do computador podes sentir que formas parte de um grupo, que tens um lugar onde levar as emoções, onde compartir seu tempo.
4. Mas a solidão também é uma fonte de riqueza em nossas vidas. Nela se encontra o germe do pensamento, da arte, de nossa própria identidade. Em um mundo permanentemente conectado, os espaços de isolamento se reduzem até converter-se em preciosas pérolas exóticas. Então surge a dúvida. A incerteza de saber se a geração que está crescendo sobre o abraço contínuo das redes sociais saberá estar só. Se ao não receber a dose habitual de solidão adolescente não deixará mais vulnerável ao sombrio e temível ataque do gregarismo (viver aglomerado).
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domingo, 10 de agosto de 2008
Redes sociais e migração: a muamba e a sulanca
Uma dos fenômenos nos quais a aplicação da análise de redes tem rendido mais frutos tem sido o das migrações. Pesquisadores como Douglas Massey e Alejandro Portes têm desenvolvido importantes trabalhos com essa perspectiva. Aos poucos, começam a emergir, também no Brasil, bons trabalhos nessa direção. E isso tem contribuído para uma melhor compreensão de dimensões sociais fundamentais do Brasil atual. Esse o caso das redes de migração nordestina para São Paulo.
Quem conhece as feiras das pequenas e médias cidades do interior do Nordeste, de algum modo, intui o quanto as redes, alicerçadas na migração, são pontos de suporte para o desenvolvimento do comércio. Pense, por exemplo, no vistoso comércio da sulanca, que, de Caruaru (PE) se espraia por todo o Nordeste. Ou, ainda, na profusão de pequenas lojas, dedicadas ao comércio de produtos contrabandeados do Paraguai, nos mais recônditos lugares.
Por isso mesmo, chamo a atenção para um artigo, intitulado "SulancaXMuamba: rede social que alimenta migração de retorno". Clique aqui e leia o artigo (em PDF), escrito por Maria Rejane Souza de Britto Lyra, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco.
Quem conhece as feiras das pequenas e médias cidades do interior do Nordeste, de algum modo, intui o quanto as redes, alicerçadas na migração, são pontos de suporte para o desenvolvimento do comércio. Pense, por exemplo, no vistoso comércio da sulanca, que, de Caruaru (PE) se espraia por todo o Nordeste. Ou, ainda, na profusão de pequenas lojas, dedicadas ao comércio de produtos contrabandeados do Paraguai, nos mais recônditos lugares.
Por isso mesmo, chamo a atenção para um artigo, intitulado "SulancaXMuamba: rede social que alimenta migração de retorno". Clique aqui e leia o artigo (em PDF), escrito por Maria Rejane Souza de Britto Lyra, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco.
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