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domingo, 29 de novembro de 2009

Redes sociais e pobreza: uma dica de leitura

Eduardo César Marques, um dos mais destacados cientistas sociais brasileiros da atualidade, professor de Ciência Política da USP, foi um dos precursores na introdução da análise de redes nas investigações sociais no nosso país. Na última edição da revista DADOS, importante publicação ancorada no IUPERJ, ele apresenta, em artigo intitulado "As redes sociais importam para a pobreza urbana?", alugmas provocadoras questões para a análise sociológica do universo social dos pobres no Brasil. Confira o artigo aqui.

domingo, 10 de agosto de 2008

Redes sociais e migração: a muamba e a sulanca

Uma dos fenômenos nos quais a aplicação da análise de redes tem rendido mais frutos tem sido o das migrações. Pesquisadores como Douglas Massey e Alejandro Portes têm desenvolvido importantes trabalhos com essa perspectiva. Aos poucos, começam a emergir, também no Brasil, bons trabalhos nessa direção. E isso tem contribuído para uma melhor compreensão de dimensões sociais fundamentais do Brasil atual. Esse o caso das redes de migração nordestina para São Paulo.

Quem conhece as feiras das pequenas e médias cidades do interior do Nordeste, de algum modo, intui o quanto as redes, alicerçadas na migração, são pontos de suporte para o desenvolvimento do comércio. Pense, por exemplo, no vistoso comércio da sulanca, que, de Caruaru (PE) se espraia por todo o Nordeste. Ou, ainda, na profusão de pequenas lojas, dedicadas ao comércio de produtos contrabandeados do Paraguai, nos mais recônditos lugares.

Por isso mesmo, chamo a atenção para um artigo, intitulado "SulancaXMuamba: rede social que alimenta migração de retorno". Clique aqui e leia o artigo (em PDF), escrito por Maria Rejane Souza de Britto Lyra, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Um texto fundamental da análise de redes

A análise de redes (netork analysis) é um dos movimentos teóricos mais importantes da sociologia nas duas últimas décadas. Situa-se naquele campo de intersecção entre a sociologia e a ciência política e incorpora aportes advindos de tradições distintas (neo-institucionalismo, sociologia econômica, teoria bourdieusiana da prática, dentre outras). Tem ancorado importantes pesquisas também na história (não poucos investigadores têm aplicado a análises de redes como modelo para lançar novas luzes sobre momentos históricos específicos, sendo o exemplo clássico o de um trabalho sobre os Médicis - o qual citarei em outra oportunidade). Mas a análise de redes, ao potencializar uma renovação da "sociologia relacional", também pode ser considerada, nos termos de Jeffrey Alexander, como um "novo movimento teórico". E, se a assertiva anterior tiver algum sentido, o texto fundador desse "movimento" é, sem dúvida, "Manifesto for a relational sociology".

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A análise de redes e o crime organizado

Um dos campos emergentes da sociologia nas últimas décadas é aquele da análise de redes (network analysis). Animado teoricamente por autores como Emmanuel Lazega, Mustafa Emirbayer e Harrison White, esse campo fornece importantes aportes para a pesquisa sobre o crime organizado. O especialista em criminologia alemão Klaus von Lampe tem procurado incorporar os insigts do campo no estudo do crime organizado. No google, você pode encontrar alguns dos seus trabalhos. Pessoalmente, acho que o cruzamento dessa perspectiva analítica com algumas das pistas produzidas pela chamada nova sociologia econômica pode nos levar à produção de trabalhos mais qualificados sobre o crime organizado nas ciências sociais. E esse é um dasafio que vale a pena. Quando, como agora após a prisão do banqueiro Daniel Dantas, assistimos ao Festival de Besteiras sobre crime organizado e corrupção, nos damos conta do imenso vazio que é a ausência de uma sociologia do crime organizado no Brasil.