quinta-feira, 30 de abril de 2009

A doença de Dilma e a guerra da sucessão presidencial

No seu blog, o Alon Feuerwecker transcreve artigo de sua autoria publicado no jornal Correio Brasiliense. No texto, uma análise sóbria a respeito do cenário que se descortina para as eleições presidenciais de 2010, especialmente após a divulgação de que a Ministra Dilma, presidenciável do PT e de Lula, está realizando tratamento médico de um câncer. Leia-o aqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Keynes e Marx, segundo Delfim.

Os artigos de autoria de Delfim Neto são sempre criativos e polêmicos. Leia aqui um artigo, publicado na Folha de São Paulo, no qual ele analisa a incoproração das idéias dos mestres pelos seus supostos discipulos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Hobsbawn analisa a ascensão do mercado e o fracasso do socialismo



Acesse aqui interessante artigo de autoria do historiador inglês Eric Hobsbwan.

Sobre o bate-boca no STF

O áspero diálogo e a opinião das ruas
Mauro Santayana*
Publicado no Jornal do Brasil

O diálogo entre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa, tal como divulgado pelos jornais, não deixa dúvida. Quem tomou a iniciativa da agressão, ao afirmar que o outro não tinha “condições de dar lição a ninguém”, foi o presidente da Corte. O ministro Joaquim Barbosa, tocado em sua dignidade, replicou à altura e, ao fazê-lo, disse o que provavelmente a maioria dos brasileiros gostaria de dizer: o ministro Gilmar Mendes tem contribuído para desacreditar o Poder Judiciário no Brasil.

O presidente do STF, interrompida a reunião, deveria ter deixado seus pares à vontade para examinar o incidente, como fez Joaquim Barbosa, ao ir para casa. Gilmar, ao reunir os colegas em seu próprio gabinete, constrangeu-os com a sua presença. E se não fosse, conforme o noticiário de ontem, a posição da ministra Cármem Lúcia e dos ministros Ricardo Lewandowski e Ayres Britto, Gilmar deles teria obtido manifestação de repúdio a Joaquim Barbosa.
O incidente de quarta-feira reabre a necessária discussão sobre o processo de escolha dos juízes do STF. Selecionado por ato presidencial, o candidato é aprovado ou reprovado pelo Senado – mas não há notícia, no Brasil, de que alguém tenha sido rejeitado. Um juiz do STF dispõe de tal poder que seria necessária outra legitimidade, além da escolha presidencial e da aprovação do Senado, para a sua nomeação.

O Senado norte-americano é mais cuidadoso na aprovação dos candidatos à Suprema Corte, e a imprensa, consciente de sua responsabilidade, os submete ao escrutínio da opinião pública. Um grande jurista conservador, Robert Bork, indicado por Reagan, em 1987, foi rejeitado (58 votos a 42), depois de ampla discussão pública, em que intervieram contra seu nome a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e personalidades destacadas, como o ator Gregory Peck. Defensor declarado dos trustes, Bork foi contestado também pelas outras posições conservadoras. Edward Kennedy o arrasou em discurso no Senado. A América de Bork – disse Kennedy – será aquela em que a polícia arrombará as portas dos cidadãos à meia-noite, os escritores e artistas serão censurados, os negros atendidos em balcões separados e a teoria da evolução proscrita das escolas.

A discussão sobre Bork – que havia sido cúmplice de Nixon no caso Watergate – levou o senador Joe Biden, hoje vice-presidente de Obama e então presidente do Comitê Judiciário daquela casa, a recomendar a rejeição de seu nome. O Biden Report foi aceito pelo Plenário, e Bork não foi aprovado. O caso foi tão emblemático que to bork passou a ser verbo.

Mais tarde, em outubro de 1991, o juiz Clarence Thomas por pouco não foi rejeitado, por sua conduta pessoal. Aos 43 anos, ele foi acusado de assédio sexual – mas os senadores, embora com pequena margem a favor (52 votos a 48), o aprovaram, sob o argumento de que seu comportamento não o impedia de julgar com equidade. Na forte campanha contra sua indicação as associações femininas se destacaram. E o verbo “borquear” foi usado por Florynce Kennedy, com a sua palavra de ordem “we’re going to bork him”.

A indicação do ministro Gilmar Mendes, como se recorda, foi contestada por juristas e alguns jornalistas. O jurista Dalmo Dallari foi incisivo: “Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. E lembrou que Gilmar recomendara ao Poder Executivo desrespeitar decisões judiciais.

Os fatos estão demonstrando que Dallari tinha razão. A normalidade constitucional está ameaçada pelos atos autoritários do presidente do STF, que, com arrogância, dita normas aos outros dois poderes da República e não tem sido devidamente contido por eles, que aceitaram firmar um Pacto republicano proposto pelo juiz. Pacto republicano é o da Constituição.
Gilmar foi membro do gabinete de Fernando Collor. Advogado-geral da União no governo de Fernando Henrique Cardoso, criticou o STF e se comprometeu na redação de medidas provisórias discutíveis. Sua aprovação tampouco foi fácil: teve 15 votos contrários, a maior rejeição registrada em indicações semelhantes.

Enquanto não houver critérios mais democráticos para a aprovação de indicados ao STF, o Senado deverá, pelo menos, ouvir a opinião da sociedade em audiências públicas, como faz antes de outras decisões.

* Mauro Santayana é jornalista.

O fluxo do tráfego aéreo e a gripe

No vídeo abaixo, uma simulação do tráfego aéreo global. Serve como referência para pensar sobre as possibilidades de disseminação de vírus e outras doenças.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A força de um documentário

Você já ouviu falar de Artavazd Pelechian? Acredito que sim! Se não, saiba que ele nasceu 1938, na Armênia, quando o país era parte da antiga União Soviética, e foi um dos principais expoentes do chamado cinema soviético. Sua obra foi admirada por (e fonte de inspiração para) importantes diretores ocidentais, dentre eles Godard.

Pelechian reside em Moscou e é, com justiça, considerado por muitos especialistas como um dos maiores documentaristas cinematográficos da vida cotidiana. O documentário “O fim” (1991), por exemplo, é uma obra magistral. O diretor filmou-o com uma câmera no ombro. Dentro de um trem que ia de Moscou para Erevan, na sua Armênia. Confira-o abaixo.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vídeo histórico com comício de Prestes e Neruda

Assista, abaixo, vídeo sobre comício histórico do PCdoB, com Neruda e Prestes, em 1945. É de um tempo de antes da televisão. Fantástico!