segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ainda sobre a "lei seca"

Hoje, na Folha de São Paulo, a Procuradora de Justiça Luiza Nagib Eluf publica um libelo em favor da lei que proíbe os motoristas de dirigerem após consumir bebidas alcoólicas. Reproduzo do artigo, intitulado "Lei Seca, uma boa idéia", a sua parte final:

"Todos deveriam se sentir aliviados, mas, estranhamente, há muitos inconformados, bradando a inconstitucionalidade, a arbitrariedade, o retrocesso, o cerceamento injustificável trazido pela lei, mas ingerir álcool e dirigir é uma rematada irresponsabilidade. Merece punição severa.
A lei nº 11.705/08 foi apelidada de "lei seca", mas, na verdade, não é. Ela não proíbe o consumo de bebida alcoólica, apenas limita as possibilidades de quem ingere álcool, proibindo-o de dirigir.
A lei seca "pegou" justamente porque estávamos precisando dela. Por sua baixa tolerância, tem importante papel educativo. O álcool não pode ser difundido a todo momento e em todos os lugares como a maior maravilha de todos os tempos, a cura para todos os males, a verdadeira diversão, pura alegria engarrafada. Está com gripe? Tome um conhaque. Está combalido? Tome um vinho. Está nervoso? Tome um uísque. Está contente?
Celebre com um champanhe. Está na praia? Tome uma caipirinha. Acabou de jantar? Tome um licor...
A pressão é enorme em favor do álcool, assumido por alguns como verdadeira religião. Quem gosta de beber não vai sofrer cerceamento, só é proibido dirigir veículo depois. Não há razão para tanta gritaria."

Assinante UOL lê o artigo completo aqui.

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