quarta-feira, 3 de março de 2010
Suicídio em alta na Espanha
Confira matéria a respeito aqui. Vale a pena tomar como referência para pensar, por exemplo, sobre a atualidade dos aportes de seminal trabalho de pesquisa desenvolvido por um certo Durkheim.
O Islã e o machismo
Leia aqui interessante matéria a respeito de machismo e religião. Foi publicada no EL PAÍS (está em espanhol).
A artista no início da carreira...
Confira abaixo matéria publicada na edição de hoje do EL PAÍS.

Así lucía Penélope Cruz en 1993. La imagen fue tomada en la terraza del piso madrileño de Jordi Socías, fotógrafo que, a lo largo de 40 años, al frente de la agencia Cover y luego como editor gráfico de El País Semanal, definió una forma de ver la fotografía. Ésta y otras imágenes aparecen en el libro de la colección Fotógrafos españoles, editado por La Fábrica, y que sale a la venta el viernes.

Así lucía Penélope Cruz en 1993. La imagen fue tomada en la terraza del piso madrileño de Jordi Socías, fotógrafo que, a lo largo de 40 años, al frente de la agencia Cover y luego como editor gráfico de El País Semanal, definió una forma de ver la fotografía. Ésta y otras imágenes aparecen en el libro de la colección Fotógrafos españoles, editado por La Fábrica, y que sale a la venta el viernes.
Qual o tipo de relação existe entre o PSDB e o PT
O artigo do Alon que transcrevo mais abaixo aborda a relação freudiana entre o PSDB e o PT. Vale a pena conferir!
Chega de sofrimento (02/03)
Alon Feuerwerker Brasília, DF - Brasil
Se o PSDB deseja tanto assim ser reconhecido pelo PT como igual, o melhor é apoiar Lula, o governo dele e a candidata Dilma Rousseff. O PT “reabilitou” personagens ideologicamente até mais distantes, e não teria dificuldade para dar mais este passoRegistrei em dezembro (“Rumo ao plebiscito”) que a oposição previa mudanças dramáticas nas pesquisas que viriam. Foi captado por estes tímpanos que a terra irá reciclar. Assim, se há alguém sem razão para surpresa com o estreitamento da margem entre José Serra e Dilma Rousseff, é a própria oposição.
Tal previsão, entretanto, não produziu um movimento capaz de colocar no jogo, para valer, o pessoal que deseja tirar o PT do Palácio do Planalto (cuja reforma, aliás, anda de vento em popa). As últimas pesquisas foram ruins? Sim, mas está longe de ser o maior problema de tucanos e democratas. Grave é não terem ideia de como tentar brecar o avanço do governismo e pelo menos zerar o vetor da iniciativa política. Se têm, escondem muito bem.Por que a oposição não consegue retomar a iniciativa? Será porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é bom? No passado, o PT conseguia opor-se até a aumento salarial para professor. Quem deseja, de verdade, travar a luta política acaba dando um jeito de encontrar a brecha.
Já tratei de uma dificuldade oposicionista: a falta de unidade. Mas reconheço que há aqui alguma tautologia. Esse tipo de unidade costuma ser catalisado pela expectativa de poder, algo que combina vetores quantitativos e qualitativos. Pesquisas têm lá sua importância, assim como as alianças. Mas o decisivo é projetar uma visão clara de futuro. Pode até ser genérica, mas precisa encaixar no desejo do eleitor e formar um polo de aglutinação da opinião pública, tomada no sentido amplo. É uma tarefa difícil quando se enfrenta um governo popularíssimo, cuja mensagem é a continuidade. Difícil, mas não impossível.
O melhor exemplo é Marina Silva (PV), a cuja campanha os jornalistas e políticos temos prestado menos atenção do que seria saudável. A autocrítica não é tanto pelos índices dela, já bastante bons, e sim pela maneira cirúrgica e sempre adequada como a senadora do Acre intervém. Ela nunca bate de frente, mas invariavelmente busca um defeito no adversário. E assim, de modo objetivo e focalizado, vai minando o oponente e construindo um caminho. Como fazem os grandes pugilistas.
Claro que falar é fácil. Marina não carrega o estigma do passado nem precisa ficar explicando por que o governo dela não será uma volta aos tempos de Fernando Henrique Cardoso. Pode até dar-se ao luxo de fazer elogios a FHC sem abrir brecha para que colem nela o rótulo de “neoliberal”. E, se um dia crescer mais e virar ameaça, os ataques que certamente sofrerá por reunir eventuais apoios “neoliberais” terão tanto efeito quanto os sofridos por Lula devido aos aliados complicados dele: nenhum.
Marina é a prova definitiva de que na esquerda ou na centro-esquerda a oposição mais eficaz contra Lula deve ser executada na margem, como diriam os economistas. Para governar e perpetuar seu projeto de poder, Lula deslocou-se para um centro político, ali montou acampamento e ergueu muralhas. Mas sem descuidar dos elementos simbólicos que o unem à esquerda. Só que persiste uma tensão latente entre o discurso e a vida, entre as ideias originais e a prática, entre o sonho e a realidade. Há um espaço a ser ocupado, uma cabeça de praia a instalar.Haveria também outra maneira eficiente de fazer oposição a Lula: pela direita. Para isso, precisaria surgir no Brasil uma força organizada, e combativa, efetivamente liberal. Um “Tea Party” verde-amarelo. Mas as circunstâncias do liberalismo brasileiro são conhecidas. Discursos, editoriais e artigos em jornais e revistas, mas sem renunciar aos empréstimos a juros subsidiados do BNDES, ao dinheiro do Banco do Brasil que não é preciso devolver e à ordenha do Tesouro.
Quanto àquele hipotético e teórico liberalismo, o PSDB está no pior dos mundos: leva a fama mas não consegue tirar vantagem. Pois não é liberal, nem tem vontade de parecer que é. No fundo, o que o PSDB talvez deseje é ser reconhecido pelo PT como um parceiro, como cofundador do sucesso petista, da hegemonia social-democrata. Um desejo irresolvido, e que insatisfeito desemboca em mágoas muito perceptíveis.
Se o PSDB precisa tanto desse reconhecimento, eu ofereço modestamente uma sugestão: passem a apoiar o governo, Lula e a candidata dele, Dilma Rousseff. Nem que só “criticamente”. Se o PT teve a frieza e o pragmatismo necessários para repaginar as relações com José Sarney, Fernando Collor, Delfim Netto e mais um punhado de personagens que combateu mortalmente no passado, não terá dificuldade de, caso seja conveniente, “reabilitar” FHC e o PSDB. Afinal, são primos e têm uma história até certo ponto comum. Se o PSDB sofre tanto com isso, se necessita tanto disso, talvez seja o jeito.
Coluna (Nas entrelinhas) publicada nesta terça (02) no Correio Braziliense.
Chega de sofrimento (02/03)
Alon Feuerwerker Brasília, DF - Brasil
Se o PSDB deseja tanto assim ser reconhecido pelo PT como igual, o melhor é apoiar Lula, o governo dele e a candidata Dilma Rousseff. O PT “reabilitou” personagens ideologicamente até mais distantes, e não teria dificuldade para dar mais este passoRegistrei em dezembro (“Rumo ao plebiscito”) que a oposição previa mudanças dramáticas nas pesquisas que viriam. Foi captado por estes tímpanos que a terra irá reciclar. Assim, se há alguém sem razão para surpresa com o estreitamento da margem entre José Serra e Dilma Rousseff, é a própria oposição.
Tal previsão, entretanto, não produziu um movimento capaz de colocar no jogo, para valer, o pessoal que deseja tirar o PT do Palácio do Planalto (cuja reforma, aliás, anda de vento em popa). As últimas pesquisas foram ruins? Sim, mas está longe de ser o maior problema de tucanos e democratas. Grave é não terem ideia de como tentar brecar o avanço do governismo e pelo menos zerar o vetor da iniciativa política. Se têm, escondem muito bem.Por que a oposição não consegue retomar a iniciativa? Será porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é bom? No passado, o PT conseguia opor-se até a aumento salarial para professor. Quem deseja, de verdade, travar a luta política acaba dando um jeito de encontrar a brecha.
Já tratei de uma dificuldade oposicionista: a falta de unidade. Mas reconheço que há aqui alguma tautologia. Esse tipo de unidade costuma ser catalisado pela expectativa de poder, algo que combina vetores quantitativos e qualitativos. Pesquisas têm lá sua importância, assim como as alianças. Mas o decisivo é projetar uma visão clara de futuro. Pode até ser genérica, mas precisa encaixar no desejo do eleitor e formar um polo de aglutinação da opinião pública, tomada no sentido amplo. É uma tarefa difícil quando se enfrenta um governo popularíssimo, cuja mensagem é a continuidade. Difícil, mas não impossível.
O melhor exemplo é Marina Silva (PV), a cuja campanha os jornalistas e políticos temos prestado menos atenção do que seria saudável. A autocrítica não é tanto pelos índices dela, já bastante bons, e sim pela maneira cirúrgica e sempre adequada como a senadora do Acre intervém. Ela nunca bate de frente, mas invariavelmente busca um defeito no adversário. E assim, de modo objetivo e focalizado, vai minando o oponente e construindo um caminho. Como fazem os grandes pugilistas.
Claro que falar é fácil. Marina não carrega o estigma do passado nem precisa ficar explicando por que o governo dela não será uma volta aos tempos de Fernando Henrique Cardoso. Pode até dar-se ao luxo de fazer elogios a FHC sem abrir brecha para que colem nela o rótulo de “neoliberal”. E, se um dia crescer mais e virar ameaça, os ataques que certamente sofrerá por reunir eventuais apoios “neoliberais” terão tanto efeito quanto os sofridos por Lula devido aos aliados complicados dele: nenhum.
Marina é a prova definitiva de que na esquerda ou na centro-esquerda a oposição mais eficaz contra Lula deve ser executada na margem, como diriam os economistas. Para governar e perpetuar seu projeto de poder, Lula deslocou-se para um centro político, ali montou acampamento e ergueu muralhas. Mas sem descuidar dos elementos simbólicos que o unem à esquerda. Só que persiste uma tensão latente entre o discurso e a vida, entre as ideias originais e a prática, entre o sonho e a realidade. Há um espaço a ser ocupado, uma cabeça de praia a instalar.Haveria também outra maneira eficiente de fazer oposição a Lula: pela direita. Para isso, precisaria surgir no Brasil uma força organizada, e combativa, efetivamente liberal. Um “Tea Party” verde-amarelo. Mas as circunstâncias do liberalismo brasileiro são conhecidas. Discursos, editoriais e artigos em jornais e revistas, mas sem renunciar aos empréstimos a juros subsidiados do BNDES, ao dinheiro do Banco do Brasil que não é preciso devolver e à ordenha do Tesouro.
Quanto àquele hipotético e teórico liberalismo, o PSDB está no pior dos mundos: leva a fama mas não consegue tirar vantagem. Pois não é liberal, nem tem vontade de parecer que é. No fundo, o que o PSDB talvez deseje é ser reconhecido pelo PT como um parceiro, como cofundador do sucesso petista, da hegemonia social-democrata. Um desejo irresolvido, e que insatisfeito desemboca em mágoas muito perceptíveis.
Se o PSDB precisa tanto desse reconhecimento, eu ofereço modestamente uma sugestão: passem a apoiar o governo, Lula e a candidata dele, Dilma Rousseff. Nem que só “criticamente”. Se o PT teve a frieza e o pragmatismo necessários para repaginar as relações com José Sarney, Fernando Collor, Delfim Netto e mais um punhado de personagens que combateu mortalmente no passado, não terá dificuldade de, caso seja conveniente, “reabilitar” FHC e o PSDB. Afinal, são primos e têm uma história até certo ponto comum. Se o PSDB sofre tanto com isso, se necessita tanto disso, talvez seja o jeito.
Coluna (Nas entrelinhas) publicada nesta terça (02) no Correio Braziliense.
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Terremoto e política
Leia no site do UOL matéria dando conta dos rescaldos políticos e ideológicos da tragedia que se abateu sobre o Chile. Confira aqui.
terça-feira, 2 de março de 2010
Dilma Roussef no El País
O El País é um dos melhores jornais da chamada grande imprensa. Pelo menos, e isso não e pouco, os seus textos têm qualidade técnica. E ainda se pratica algum jornalismo nas páginas do mais conhecido diário espanhol. É a minha primeira leitura jornalística do dia. Sempre.
E o jornal mantém um bom correspondente no Brasil. Este dedica um bom tempo de sua pauta aos assuntos relacionados ao rame-rame da disputa política nos trópicos. No geral, escreve matérias de qualidade. Na edição de hoje, por exemplo, o correspondente trata do crescimento eleitoral de Dilma Roussef. Confir abaixo!
El ascenso fulgurante de Rousseff
Inquietud en la oposición brasileña ante la subida meteórica en las encuestas de la aspirante del PT a la presidencia - El PSDB aún no tiene candidato
JUAN ARIAS Río de Janeiro 02/03/2010
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tenía razón cuando dijo que su candidata favorita para disputar las elecciones presidenciales de octubre, Dilma Rousseff, crecería en las encuestas en cuanto su candidatura se hiciera oficial. Y así ha sido. El Partido de los Trabajadores (PT) la consagró oficialmente el pasado 20 de febrero y la lanzó al ruedo político. Desde entonces, la ex guerrillera y ministra de la Casa Civil ha dado un salto en los sondeos con una subida de cinco puntos (28%) y se ha colocado a sólo cuatro del que seguramente va a ser su principal contrincante electoral, el socialdemócrata José Serra, actual gobernador de São Paulo (32%).
El PT, que aceptó la candidatura de Rousseff por imposición de Lula más que por convicción propia, ahora da saltos de alegría y comienza a confiar en que volverá a ganar las elecciones. Y la verdad es que la popularidad de Rousseff no sólo ha aumentado entre el electorado más pobre, fiel a Lula, sino que le ha quitado votos a su adversario en el sur rico, donde Serra es el gran favorito.
La oposición ha recibido como un jarro de agua fría la subida de Rousseff, sobre todo porque su aspirante aún no ha querido oficializar la candidatura. Serra es un político de larga carrera. Ha sido dos veces ministro, alcalde de São Paulo y ahora gobernador de dicho Estado. Fue derrotado por Lula en las presidenciales de 2002, pero en el segundo turno. El problema es que, si ahora se incorpora a la carrera presidencial y fracasa, perdería también la oportunidad de ser reelegido en São Paulo, donde disfruta de un apoyo popular parecido al de Lula a nivel nacional. Es decir, saldría de la vida política.
El ascenso de Dilma en las encuestas ha hecho que el opositor Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) se vea obligado a forzar a Serra a tomar una decisión cuanto antes. Lo ideal para el partido es que el joven Aecio Neves, actual gobernador de Minas Gerais, el segundo Estado con más votos del país después de São Paulo, aceptase optar a la vicepresidencia en la candidatura de Serra. Juntaría así los votos de dos Estados que, juntos, suponen casi la mitad del electorado. Neves, sin embargo, también aspira a ser candidato a la presidencia y por eso se hace el remolón. Tiene, además, la esperanza de que Serra pueda acabar renunciando a presentar su candidatura, a la vista de la subida de Rousseff; en ese caso, el PSDB forzosamente tendrá que lanzarle a él al ruedo electoral.
Este mes va a ser, pues, decisivo en lo que atañe a las elecciones de octubre, las primeras en 20 años sin Lula como candidato, aunque con una aspirante considerada su sombra. Para vencer, la oposición no puede presentar a su candidato como superior a Lula -al que los sondeos acaban de conceder un 73% de aprobación popular-, sino a Rousseff. Ésa será la gran batalla: no si Brasil será mejor con Serra que con Lula, sino si Serra, que brilla con luz propia, será mejor para el país que Rousseff, cuya luz proviene de su ex jefe y es en cierto modo una incógnita política, ya que nunca ha disputado unas elecciones.
E o jornal mantém um bom correspondente no Brasil. Este dedica um bom tempo de sua pauta aos assuntos relacionados ao rame-rame da disputa política nos trópicos. No geral, escreve matérias de qualidade. Na edição de hoje, por exemplo, o correspondente trata do crescimento eleitoral de Dilma Roussef. Confir abaixo!
El ascenso fulgurante de Rousseff
Inquietud en la oposición brasileña ante la subida meteórica en las encuestas de la aspirante del PT a la presidencia - El PSDB aún no tiene candidato
JUAN ARIAS Río de Janeiro 02/03/2010
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tenía razón cuando dijo que su candidata favorita para disputar las elecciones presidenciales de octubre, Dilma Rousseff, crecería en las encuestas en cuanto su candidatura se hiciera oficial. Y así ha sido. El Partido de los Trabajadores (PT) la consagró oficialmente el pasado 20 de febrero y la lanzó al ruedo político. Desde entonces, la ex guerrillera y ministra de la Casa Civil ha dado un salto en los sondeos con una subida de cinco puntos (28%) y se ha colocado a sólo cuatro del que seguramente va a ser su principal contrincante electoral, el socialdemócrata José Serra, actual gobernador de São Paulo (32%).
El PT, que aceptó la candidatura de Rousseff por imposición de Lula más que por convicción propia, ahora da saltos de alegría y comienza a confiar en que volverá a ganar las elecciones. Y la verdad es que la popularidad de Rousseff no sólo ha aumentado entre el electorado más pobre, fiel a Lula, sino que le ha quitado votos a su adversario en el sur rico, donde Serra es el gran favorito.
La oposición ha recibido como un jarro de agua fría la subida de Rousseff, sobre todo porque su aspirante aún no ha querido oficializar la candidatura. Serra es un político de larga carrera. Ha sido dos veces ministro, alcalde de São Paulo y ahora gobernador de dicho Estado. Fue derrotado por Lula en las presidenciales de 2002, pero en el segundo turno. El problema es que, si ahora se incorpora a la carrera presidencial y fracasa, perdería también la oportunidad de ser reelegido en São Paulo, donde disfruta de un apoyo popular parecido al de Lula a nivel nacional. Es decir, saldría de la vida política.
El ascenso de Dilma en las encuestas ha hecho que el opositor Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) se vea obligado a forzar a Serra a tomar una decisión cuanto antes. Lo ideal para el partido es que el joven Aecio Neves, actual gobernador de Minas Gerais, el segundo Estado con más votos del país después de São Paulo, aceptase optar a la vicepresidencia en la candidatura de Serra. Juntaría así los votos de dos Estados que, juntos, suponen casi la mitad del electorado. Neves, sin embargo, también aspira a ser candidato a la presidencia y por eso se hace el remolón. Tiene, además, la esperanza de que Serra pueda acabar renunciando a presentar su candidatura, a la vista de la subida de Rousseff; en ese caso, el PSDB forzosamente tendrá que lanzarle a él al ruedo electoral.
Este mes va a ser, pues, decisivo en lo que atañe a las elecciones de octubre, las primeras en 20 años sin Lula como candidato, aunque con una aspirante considerada su sombra. Para vencer, la oposición no puede presentar a su candidato como superior a Lula -al que los sondeos acaban de conceder un 73% de aprobación popular-, sino a Rousseff. Ésa será la gran batalla: no si Brasil será mejor con Serra que con Lula, sino si Serra, que brilla con luz propia, será mejor para el país que Rousseff, cuya luz proviene de su ex jefe y es en cierto modo una incógnita política, ya que nunca ha disputado unas elecciones.
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segunda-feira, 1 de março de 2010
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