No momento, além das atribulações comuns da vida de professor, tenho que me preocupar com uma investigação contra mim, que corre no Ministério Público Federal, por que, como coordenador de curso de pós, não tive como autorizar a secretaria do curso a entregar documento autorizando o fornecimento de diploma a um aluno que não cumpriu as obrigações impostas pela banca de exame.
Pode? Pode tudo hoje em dia. Tem aluno que entra em Programa de pós, gente sem uma trajetória mínima de pesquisa, dizendo que vem defender uma tese. Já pronta. Quero distância desses manés. Mas tem gente que gosta. E até os açula.
Não participei da referida banca e nem analisei o trabalho do dito cujo. Não era minha essa tarefa. O mané (?) da história, que se acha assim uma espécie de Habermas dos trópicos, enfezou-se. Bateu o pezinho e queria por que queria o seu diploma. Fez um carnaval: enviu mensagens eletrônicas com ataques levianos e, dado que papi ou mami tem grana, encheu o judiciário de processos contra euzinho. Que eu fiz para merecer tantas chicotadas? Ora, ora, como coordenador de um programa de pós não tive como dizer que o aluno havia cumprido todas as suas obrigações, quando não havia, dado que tinha uma ata do exame afirmando o contrário. Postura diferente, daquela que assumi, implicaria em prevaricação...
O sujeito da história já foi derrotado no seu desejo de pegar um diploma sem ter que cumprir as exigências da banca. Um juiz federal repôs as coisas no seu devido lugar. Em resposta, o mané lançou um livro com o seu trabalho. Usando, indevidamente, um logotipo de uma agência financiadora...
Mas, o fato é que, juntamente com a Professora Norma Takeuti, estou sendo investigado por "abuso de poder". Pois é, não atendeu de bate pronto os interesses de mauricinhos e patricinhas, você vai direto, sem parada e nem refresco, para as caldeirinhas do inferno...
Hummm! Bem que meus amigos de infância, lá de Apodi, me queriam por lá, tomando conta de uma bodega no Sítio São Lourencinho, pescando na lagoa e indo jogar bola em algum dos campos da várzea. Nas noites de sábado, eu iria aos bailes de forró de Zé Cult (é, lá na Várzea do Rio Apodi havia um forrozeiro cult, não sei bem o porquê, mas tinha...) Bueno, mas eu, bestalhão que sou, inventei de estudar e ser professor. Nem vou comentar com ele a minha situação atual. Pode ser que aguém responda: "bem feito! Reiou-se prá deixar de ser besta".
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
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Um comentário:
professor, isso me lembra bastante um artigo publicado essa semana por Urariano Motta no Viomundo, intitulado "um caso de corrupção acadêmica". O endereço é o http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/urariano-mota-um-caso-de-corrupcao-academica.html
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