sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Morre Adão Pretto



Há duas décadas, quando fui morar em Porto Alegre, ainda hoje o meu sonho feliz de cidade, conheci Adão Pretto. Ele já era, naquele tempo, uma das mais importantes lideranças dos movimentos sociais do Rio Grande do Sul. Hoje, ao tomar conhecimento de sua morte, bateu-me uma imensa tristeza e uma grande saudade das terras gauchas. Trascrevo abaixo matéria publicada no site Carta Maior a respeito dessa perda.



Morre Adão Pretto, um lutador da Reforma Agrária

Deputado federal Adão Pretto (PT-RS) faleceu nesta quinta-feira, em Porto Alegre, vítima de uma pancreatite. Filho de pequenos agricultores, Adão Pretto foi dirigente sindical e um dos fundadores do MST no Rio Grande do Sul. Ex-deputado estadual, atualmente cumpria seu quinto mandato na Câmara dos Deputados. Dedicou sua vida à defesa da Reforma Agrária e das lutas dos pequenos agricultores

Redação - Carta Maior

O deputado federal Adão Pretto (PT/RS) faleceu na manhã desta quinta-feira (5), no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vítima de complicações causadas por uma pancreatite. O velório foi marcado para o Salão Júlio de Castilhos, da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e o enterro será realizado nesta sexta-feira (6), no Cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre.

Nascido em Coronel Bicaco, em 18 de dezembro de 1945, Adão Pretto mudou-se com a família aos dois anos para Miraguaí, no noroeste do Estado. Caçula dos sete filhos de um casal de agricultores, aos cinco anos já trabalhava na roça. Iniciou sua vida política no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miraguaí e na Pastoral Rural da Igreja Católica. Religioso, foi ministro da eucaristia. Foi um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

Em 1985, participou da ocupação da Fazenda Annoni, no interior do RS, um marco histórico na luta pela terra, considerada a primeira ocupação vitoriosa do MST. Integrou a primeira bancada do PT na Assembléia, de 1987 a 1990. Em 1990, ao final do primeiro mandato na Assembléia, elegeu-se deputado federal. Atualmente cumpria seu quinto mandato como deputado federal. Seu lema político era “Um pé na luta e outro no Parlamento”.

Agricultor, Adão Pretto concluiu apenas o curso primário. Mas a atuação política e popular lhe serviu de inspiração para publicar três livros. O primeiro foi “Lei da previdência para o agricultor: entenda a lei e exija os direitos conquistados”, lançado em 1981. Em 1987, pela editora Vozes, lançou “Queremos reforma agrária”. O petista publicou ainda o livro “Poesias e cantos do povo”. Trovador, Adão Pretto sempre esteve presente com sua gaita nos encontros, lutas e mobilizações dos trabalhadores do campo.

A coordenação nacional do MST divulgou nota de solidariedade e pesar pelo falecimento de Adão Pretto. A nota afirma:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifesta publicamente seu pesar pelo falecimento do companheiro deputado federal Adão Pretto, soma-se e se solidariza com a família neste momento de perda para a sociedade brasileira.

Desde o início de sua militância social nas Comunidades Eclesiais de Base e no Sindicalismo Rural, Adão Pretto caracterizou-se pela defesa intransigente da reforma agrária, tendo papel destacado na articulação das famílias de trabalhadores sem terras e de apoiadores desde as primeiras ocupações de terra no Rio Grande do Sul, ainda durante o Regime Militar. Esteve presente na organização e fundação do MST, do Partido dos Trabalhadores e do Departamento Rural da Central Única dos Trabalhadores.

No Congresso Nacional, denunciou e combateu as ações da bancada ruralista, e tornou-se um dos pilares do Núcleo Agrário do Partidos dos Trabalhadores. Apresentou Projetos de Lei que buscavam acelerar o processo de reforma agrária, permitir o acesso à educação para os camponeses e melhorar a qualidade de vida no campo. No último ano, esteve empenhado em denunciar a alteração da faixa de fronteira para beneficiar a instalação de empresas transnacionais da celulose no Rio Grande do Sul.

Mais que um parlamentar, Adão sempre foi um camponês, com seu jeito simples, honesto e contundente, mas acima de tudo um lutador. Sempre presente nas lutas dos movimentos sociais, sempre levando as reivindicações e bandeiras populares para o parlamento, denunciando a criminalização e a repressão da luta do povo.

No ano em que completamos 25 anos, perdemos um de nossos fundadores e um de nossos mais valorosos companheiros. Em sua homenagem, seguiremos fazendo aquilo que Adão Pretto sempre fez em vida: lutar sempre.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifesta publicamente seu pesar pelo falecimento do companheiro deputado federal Adão Pretto, soma-se e se solidariza com a família neste momento de perda para a sociedade brasileira.

Desde o início de sua militância social nas Comunidades Eclesiais de Base e no Sindicalismo Rural, Adão Pretto caracterizou-se pela defesa intransigente da reforma agrária, tendo papel destacado na articulação das famílias de trabalhadores sem terras e de apoiadores desde as primeiras ocupações de terra no Rio Grande do Sul, ainda durante o Regime Militar. Esteve presente na organização e fundação do MST, do Partido dos Trabalhadores e do Departamento Rural da Central Única dos Trabalhadores.

No Congresso Nacional, denunciou e combateu as ações da bancada ruralista, e tornou-se um dos pilares do Núcleo Agrário do Partidos dos Trabalhadores. Apresentou Projetos de Lei que buscavam acelerar o processo de reforma agrária, permitir o acesso à educação para os camponeses e melhorar a qualidade de vida no campo. No último ano, esteve empenhado em denunciar a alteração da faixa de fronteira para beneficiar a instalação de empresas transnacionais da celulose no Rio Grande do Sul.

Mais que um parlamentar, Adão sempre foi um camponês, com seu jeito simples, honesto e contundente, mas acima de tudo um lutador. Sempre presente nas lutas dos movimentos sociais, sempre levando as reivindicações e bandeiras populares para o parlamento, denunciando a criminalização e a repressão da luta do povo.

No ano em que completamos 25 anos, perdemos um de nossos fundadores e um de nossos mais valorosos companheiros. Em sua homenagem, seguiremos fazendo aquilo que Adão Pretto sempre fez em vida: lutar sempre.

A direção nacional do PT e a direção estadual do partido no Rio Grande do Sul também divulgaram notas manifestando seus pêsames a todos os familiares, amigos e companheiros de luta política de Adão Pretto, e destacando o exemplo de uma vida toda dedicada à luta social pelo direito à terra.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mineiro e a crise da saúde

Fernando Mineiro é um dos deputados estaduais mais atuantes da Assembléia Legislativa do RN. A saúde é um dos focos de sua atuação. Daí a importância de se levar em conta seus posicionamentos sobre essa temática. Abaixo, transcrevo seu posiciomento a respeito da recente crise da saúde no estado.

Vitória do privatismo





Por Fernando Mineiro


Os jornais anunciam que chegou ao fim o movimento promovido por parte dos médicos que prestam serviços ao SUS aqui no RN. Depois de mais de um mês de embate com o poder público, quem sai vitorioso, mais uma vez, é o setor privado.O fim do movimento é a volta ao seu início: a Prefeitura de Natal assumiu o contrato com as cooperativas médicas basicamente nos mesmos termos do contrato anterior, onde o Governo do Estado arca com 60% dos custos e a Prefeitura com 40%.A dor, o sofrimento e até mesmo a morte de pacientes que precisam do SUS é só mais um detalhe nestes embates que se repetem há mais de uma década. Quem se der ao trabalho de pesquisar os jornais locais poderá constatar que todo final ou início de ano a sociedade potiguar assiste, impotente, ao uso do sofrimento humano como forma de pressão contra o poder público. É que neste período normalmente se vencem os contratos firmados entre os governos e as cooperativas médicas que prestam serviços ao SUS. Anestegiologistas e outros especialistas, então, promovem um blecaute nos serviços, pressionando para que haja renovação dos acordos. Desta vez não foi diferente. E não foi diferente, também, o resultado: o privatismo saiu vitorioso.É legítimo, e merece todo apoio, o movimento de qualquer corporação cujo objetivo seja a melhoria de suas condições de trabalho e a conquista de melhor remuneração. Mas o que assistimos anualmente na área da saúde pública do RN extrapola e atropela a justa luta e beira à chantagem. O setor público e a sociedade se tornaram reféns de algumas especialidades médicas que usam muito bem o seu poder de decisão sobre a vida e a morte da parcela da população que precisa do SUS. E continuarão a sê-lo ainda por um bom tempo, caso os governos, em todos os níveis, não revejam o papel que desempenham em relação à oferta dos serviços de saúde.Em todo o país assistimos ao mesmo filme. Determinadas categorias médicas detentoras de conhecimentos altamente especializados, como anestegiologistas, neurocirurgiões e outras, geralmente organizadas em cooperativas, desenvolveram um eficaz sistema de pressão sobre os entes públicos. As debilidades e a desarticulação, propositais ou não, do sistema público de saúde nos níveis municipal, estadual e federal garantem o sucesso destes setores.O enfrentamento desta grave distorção não pode ser de responsabilidade de um ente federado, isoladamente e requer uma forte capacidade de integração entre os diferentes níveis de governo.Os problemas existentes no sistema de saúde brasileiro, particularmente os relacionados à oferta dos serviços de alta complexidade, requerem soluções que vão além do imediatismo e do provisório. As soluções que passem apenas pela renovação de contratos com as cooperativas só beneficiam os que a elas são associados.A Prefeitura de Natal assinou os contratos diretamente com as cooperativas, sem a intermediação do Ministério Público, que vinha acompanhando o caso e propunha um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) diante da situação. E esta atitude da Srª. Micarla não me causou nenhuma surpresa. Afinal de contas, é público e notório que a indicação do atual Secretário de Saúde de Natal foi feita por algumas lideranças das entidades médicas, que estão envolvidas diretamente no conflito.Para que não me acusem de ser contra a justa remuneração dos médicos, saibam quantos me leêm que sou favorável a vencimentos diferenciados, a serem pagos de acordo com a especialização, a complexidade e o local de prestação do serviço. Reconheço, também, que o setor privado da saúde não é, necessariamente, o vilão da história. Desde que exerça papel complementar, com serviços contratados através de processo licitatório.Lamento que estejamos assistindo, mais uma vez, o problema ser empurrado para frente, até que chegue nova data de renovação dos contratos com as cooperativas e assistamos outra crise anunciada. Pelo que li nos jornais, daqui a seis meses ou a um ano.

*Deputado estadual (PT-RN)

A crise segundo o fundador do Fórum de Davos

Transcrevo, mais abaixo, artigo de autoria de KLAUS SCHWAB, o fundador do Fórum Econômico Mundial, o fórum de Davos. O texto foi publicado pelo jornal espanhol El País e eu não tive tempo (e nem competência) de traduzi-lo. Faça um esforço e leia-o. Vale a pena!



Impedir que nuestro mundo se venga abajo



Esta es una crisis trascendental, una crisis que tendrá repercusiones fundamentales en nuestro mundo globalizado. En Davos, hace unos días, iniciamos la tarea de preparar de forma colectiva esa transformación. Voy a explicar cómo.



Un objetivo, que ya se ha conseguido, era el de ofrecer apoyo a los Gobiernos y las instituciones de gobernanza mundial, en particular el G-20. Davos no es más que el punto de partida del largo y difícil camino que nos aguarda.


Ahora bien, al reunir a los líderes mundiales durante varios días, hemos conseguido comprender mejor el origen de la crisis económica y las medidas que debemos tomar para relanzar la economía mundial. Escuchar los puntos de vista de cuatro Gobiernos del G-8 y reforzar el diálogo del proceso del G-20 como preparación para la cumbre de abril en Londres han sido dos primeros pasos importantes. El llamamiento a los ministros de Comercio de 17 economías fundamentales más los 27 miembros de la UE para que eviten caer en políticas de "empobrecer al vecino" nos permitirá, esperemos, ver las auténticas consecuencias de este espíritu. Y con la reunión entre el presidente del G-20, el primer ministro Brown, y los jefes de Gobierno de varios miembros del grupo procedentes de África, Asia y Latinoamérica, para estudiar los riesgos estructurales del sistema financiero y cómo estabilizar la economía mundial, hemos dado los primeros pasos en una estrategia mundial colectiva frente a la crisis.


Pero los días transcurridos en Davos me han convencido también, más que nunca, de que el cambio climático es algo que no sólo es necesario abordar sino que puede ser, por lo menos, parte de la recuperación económica.


Las empresas están empezando a "integrar" el cambio climático en sus planes; las tecnologías verdes ya no pueden seguir siendo un "añadido" ni una industria alternativa. Es un debate muy pertinente para 2009. En diciembre, en la cumbre de Copenhague, está previsto que se negocie un tratado que sustituya al Protocolo de Kioto.


Para poder gestionar el cambio climático es preciso que se hagan realidad unos planes de recuperación económica mundial vinculados a las oportunidades de empleo, capacitación, inversión y tecnología que exige una economía mundial de bajas emisiones de carbono. La tecnología verde puede convertirse en un motor limpio de crecimiento renovado. No podemos volver a hablar nunca de energía "alternativa"; sólo de energía sostenible, que es la que alimentará la economía del futuro.


Con ese objetivo, los directivos empresariales presentes en Davos acordaron avanzar con media docena de iniciativas concretas para acelerar la integración de las prácticas sostenibles en la empresa.


Uno de los principales resultados de Davos fue que, a pesar de las turbulencias económicas, acudió a la reunión más gente que nunca de la empresa, los Gobiernos y otros sectores interesados, para discutir los desafíos que afronta el mundo y tratar de dar una respuesta común a ellos.


Esta voluntad de trabajar juntos, por encima de los límites geográficos y en todos los sectores de la economía, la política y la sociedad civil, es lo que, con suerte, diferenciará esta crisis actual de la de los años treinta. Este sentimiento colectivo de cooperación y determinación que se vio en Davos me permite pensar, con cierto optimismo, que vamos a salir de la crisis. Es fácil decir que no son más que falsas ilusiones, pero, si hemos aprendido algo de los últimos seis meses, es que la confianza y la seguridad constituyen la base para que se produzca cualquier recuperación.
Por último, hemos notado que todo esto no sirve para nada sin una revisión sincera y profunda de nuestros valores y principios éticos fundamentales. Las empresas deben examinar con detalle sus sistemas de remuneración y gobierno. Los empresarios, las autoridades, los reguladores y los consumidores deben reflexionar sobre los excesos de la codicia.



En el mundo de hoy, tan interdependiente, la codicia a corto plazo no es un motor que contribuya a la mejor toma de decisiones. El impacto estructural e intergeneracional de nuestras acciones de hoy es mayor que nunca, y nuestros códigos éticos, así como nuestros sistemas de gobierno y reguladores, deben reflejar esa nueva realidad.


Éstos son sólo unos principios de soluciones, pero el verdadero trabajo comienza ahora. Debemos unirnos para impedir que nuestro mundo se venga abajo.

Traducción de María Luisa Rodríguez Tapia.

A popularidade de Lula e a escolha racional

Veja, abaixo, a análise de Alon Feuerwerker sobre o crescimento da popularidade de Lula.
Escolha racional no bunker (04/02)

Há certa estupefação diante da (cada vez mais) alta popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva, dado que a curva ascendente coincide com a economia descendo ladeira abaixo. Uma explicação possível é que as pessoas ainda não têm a percepção da nova realidade. Eu prefiro outro caminho de análise. Lula está crescendo na crise porque quem se opõe a Lula não consegue responder a duas perguntas. O que o governo deveria fazer e não está fazendo? O que o governo deixou de fazer e deveria ter sido feito? Há os juros estratosféricos (do Banco Central para os bancos e destes para o tomador), mas a oposição não parece ter mais apetite para enfrentar o problema do que o governo. O ato de escolher um líder tem sempre a ver com a avaliação de seus atributos de liderança -e da adequação desses atributos aos desafios colocados. Imaginem um grupo de pessoas encerradas num bunker, enquanto suas casas são demolidas por bombardeios aéreos. E imaginem que o grupo não coloca em seu líder a culpa pelo bombardeio. A situação objetiva está piorando, já que eles estão perdendo suas casas. Mas isso não se reflete no prestígio do líder, já que ele, pelo menos, providenciou o bunker. Alguém vai morrer? É possível. Pode haver feridos? Sim. Mas se o líder tiver feito tudo que as pessoas acham necessário para enfrentar o problema é improvável que o grupo queira trocá-lo.

Fátima, o PT e as eleições de 2010

Daniel Menezes, mestre em Ciências Sociais pela UFRN, brinda-me com a leitura deste blog. E aqui, quem lê e acompanha, tem todo o direito de participar e fazer as suas provocações. Assim, com prazer, transcrevo abaixo texto que o Daniel me enviou analisando o cenário eleitoral que começa a se desenhar para 2010. As respostas à provocação também terão espaço destacado.

ELA AINDA NÃO APRENDEU A LIÇÃO?

Daniel Menezes

Ao ler as declarações da deputada Fátima Bezerra sobre as eleições 2010, em que estabelece a intrínseca relação da disputa estadual à nacional, fiquei me perguntando se ela acredita mesmo no que fala ou está apenas brincando com a nossa cara. Uma das maiores lideranças do PT no RN defende, novamente, a ridícula simplificação do complexo processo eleitoral, resumindo tudo a uma questão de ligação da eleição estadual à federal. Será que ela ainda não aprendeu a lição?A deputada, quando o negócio é análise eleitoral, parece não ter o olfato político muito aguçado. É sempre bom lembrar que, durante as eleições municipais de 2008, Fátima, juntamente com uma parcela do Partido dos Trabalhadores, foram os responsáveis por uma estratégia de campanha pífia, alianças pessimamente construídas e uma tentativa totalmente descabida de anexar as eleições municipais à esfera federal. Esqueceram, simplesmente, que o contexto municipal segue regras relativamente autônomas de funcionamento. A indicação é relevante. Porém, os “astutos” analistas do PT esqueceram que ninguém é eleito só porque foi apontado por alguém, mesmo que o dedo venha da mão de um presidente com um alto índice de aprovação.As conseqüências do resultado das eleições municipais de 2008, que eram imprevisíveis naquele momento, começam a se consolidar. As bananas de pijama vermelho conseguiram perder todo o espaço na câmara, ficaram totalmente a mercê do vilmismo, que busca se aproximar de grupos conservadores, e destruíram anos de fortalecimento de uma imagem positiva que a esquerda havia construído no Rio Grande do Norte. Além disso, se o futuro da esquerda no RN depender das análises absurdas e das estratégias políticas sem nenhum amparo na realidade de Fátima Bezerra e dos desesperados apelos do deputado estadual Fernando Mineiro (PT) para ter seu partido ouvido na sucessão estadual, apesar do tom empregado por ele não expressar tal intenção, podemos ter a certeza de que o fim do poço ainda está bem longe e que a queda ainda durará um período indeterminado.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Texto sobre crime e policiamento

No número mais recente da revista DADOS, uma das mais importantes publicações na área de ciências sociais no Brasil, você encontrará um interessante artigo sobre crime e policiamento. Intitulado Crime e estratégias de policiamento em espaços urbanos, o texto tem como autores Claudio Beato, Bráulio Figueiredo Alves da Silva e Ricardo Tavares. Acesse o artigo aqui.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mesmo com a crise, popularidade de Lula sobe

Ainda no Estadão, repercutindo a última pesquisa CNT/Sensus, dados sobre o crescimento da popularidade do Presidente Lula.

BRASÍLIA - As avaliações positivas do governo e a aprovação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiram, em janeiro, níveis recordes na série histórica da pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta terça-feira, 3. A despeito dos sinais de impacto da crise financeira internacional sobre a economia doméstica, a avaliação positiva do governo subiu de 71,1%, em dezembro, para 72,5% em janeiro. Este é o maior índice da série histórica, superando os 83,6% obtido pelo próprio Lula em janeiro de 2003.

A aprovação ao presidente Lula passou de 80,3%, em dezembro, para 84% em janeiro. A desaprovação ao presidente diminuiu de 15,2% para 12,2%. A avaliação negativa sobre o governo recuou de 6,4% para 5%, enquanto a avaliação regular ficou praticamente estável, passando de 21,6% para 21,7%.

Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, a alta da popularidade de Lula e de seu governo se deve ao fato de as pessoas acreditarem no discurso do presidente de que a crise é passageira e que o governo está agindo para superá-la. "Há forte esperança da população centrada no discurso e ações do governo. As pessoas acreditam que a crise é passageira", disse Andrade, destacando que, pessoalmente, não acredita que a atual crise terá curta duração. "O presidente Lula virou a âncora da esperança", acrescentou.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos para cima ou para baixo.