O vídeo abaixo faz sucesso na rede. É uma visão distópica dos meios de comunicação. Apocalipese à parte, vale a pena conferir.
sábado, 9 de agosto de 2008
Pequim iluminou o mundo
A abertura dos Jogos Olímpico foi uma festa inesquecível. Grandiosa, como a história do povo chinês. Era quase impossível conter a emoção diante de tanta beleza. A manchete do jornal argentino La Nacion resume tudo o que poderia ser dito: "Pequim iluminou o mundo". Leia a matéria aqui.
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Final de noite em Londrina
Após a chuva da noite, o clima foi agradável o dia inteiro. De vez em quando, para chatear um pouco, uma chuva fina se fazia presente. O jeito foi me refugiar em um shopping e ler um bom livro (gratuitamente, óbvio). No Catuaí Shopping, o maior de Londrina, tem uma boa livraria, com um café agradável e poltronas convidativas. Quando estou na cidade, não saio de lá. Aos poucos, estou lendo o "O último voo do flamingo" (o título é assim mesmo, dado que a editora, a Cia das Letras, manteve todo o estilo do original publicado em Moçambique), de Mia Couto. O livro é fantástico. Espero que o pessoal da livraria não descubra o meu truque e me deixem em paz na minha leitura nos próximos dias.
Bueno, agora já é noite. Liguei para uns amigos, mas todos estão compromissados. O jeito, então, é navegar um pouco na rede e olhar o que passa na TV.
Eu havia prometido comentar a disputa pelas prefeitura local. Mas a cidade parece completamente alheia à disputa eleitoral. A tal "taxa de alienação eleitoral", aqui, deve ser altíssima. Vou tentar conferir isso melhor.
Bueno, agora já é noite. Liguei para uns amigos, mas todos estão compromissados. O jeito, então, é navegar um pouco na rede e olhar o que passa na TV.
Eu havia prometido comentar a disputa pelas prefeitura local. Mas a cidade parece completamente alheia à disputa eleitoral. A tal "taxa de alienação eleitoral", aqui, deve ser altíssima. Vou tentar conferir isso melhor.
O crime organizado no Rio de Janeiro
Há alguns dias postei matéria colocando vídeo com palestra do cientista social Michel Misse sobre o mercado de trabalho no narcotráfico no Rio. Hoje, indico a leitura do artigo "As facções em perspectiva comparada". De autoria de Benjamim Lessing, foi publicado na revista Novos Estudos CEBRAP. Para ler o artigo (disponível em PDF), clique aqui.
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Wacquant e as prisões
A produção sociológica de Löic Wacquant (no link, a página dele, em inglês, na Universidade de Berkley) é múltipla e provocativa. Da etnografia sobre o esporte até a análise do sistema prisional norte-americano, Wacquant assesta as suas baterias investigativas em muitas direções. Uma boa parte de suas aventuras sociológicas foram realizadas em parceria com Pierre Bourdieu, de longe o mais importante cientista social da segunda metade do século XX. Aponto, hoje, um artigo de Wacquant, recentemente publicado na revista Novos Estudos, intitulado "O lugar da prisão na nova administração da pobreza".
Nos últimos tempos, arautos da chamada "Nova Direita" escolheram o Wacquant como alvo. Suas análises sobre os sistemas prisionais e a demanda por punição causam incômodos. E, convenhamos, nem sempre é possível concordar com as elaborações pouco propositivas do analista. Mas, e isso é o que é importante, suas investidas analíticas aclaram muitas dimensões da vida social contemporânea. E é exatamente isso o que esperamos de um bom cientista social, não?
Para ler o artigo, clique aqui.
Nos últimos tempos, arautos da chamada "Nova Direita" escolheram o Wacquant como alvo. Suas análises sobre os sistemas prisionais e a demanda por punição causam incômodos. E, convenhamos, nem sempre é possível concordar com as elaborações pouco propositivas do analista. Mas, e isso é o que é importante, suas investidas analíticas aclaram muitas dimensões da vida social contemporânea. E é exatamente isso o que esperamos de um bom cientista social, não?
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Os separatistas da Bolívia
Em matéria publicada hoje no UOL, uma visão panorâmica de quem são os separatistas bolivianos e o porquê de sua oposição ferrenha ao Presidente Evo Morales. Leia mais aqui (acesso livre).
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Relações internacionais? Política externa? Quem liga?
A maioria dos brasileiros mantém uma indiferença olímpica em relação ao que ocorre nos países vizinhos. No século XIX, nossas elites compravam até a água que bebiam da França. Hoje, todos acompanham o que ocorre nos EUA. Nossos telejornais dedicam longos minutos para a campanha presidencial norte-americana. Nada de errado. Mas e o que ocorre na nossa vizinhança? A Bolívia está em uma encruzilhada, dividida entre a população mestiça e indigena que dá sustentação ao presidente Evo Morales e as elites locais de regiões inteiras (como a de Santa Cruz de la Sierra) que reivindicam maior autonomia e a manutenção de privilégios, e nós, brasileiros, nem aí. Converse com um português minimamente informado (gente da universidade, por exemplo) e questione-o sobre Cabo Verde ou Timor Leste, e, ele, sem ser especialista em política internacional, te brindará com uma longa exposição sobre o papel de Portugal nesses países e o que pode ser feito e mudado. Aqui, mesmo colegas professores das ciênciais sociais, quando falam da Venezuela, Equador, Bolívia ou Peru, dentre outros, é para reproduzir caricaturas de uma imprensa etnocêntrica e arrogante de sua ignorância.
Relações internacionais? Quem liga para isso no Brasil? O que os nossos irmãos de continente pensam de nós? Quem liga? Preocupa-nos o que os norte-americanos pensam ou que os franceses pensam... Mas, de vez em quando, a realidade bate na nossa cara e cobra uma compreensão das coisas que as leituras da revista Veja não supre. Por que estou comentando isso? Porque, desde a vitória de Evo Morales, a Bolívia e o Paraguai têm cobrado do Brasil (e também da Argentina) uma outra postura (menos hegemonista e autoritária) nos relacionamentos comerciais e políticos. Agora, com a ascensão de Fernando Lugo à presidência do Paraguai (vitorioso em uma campanha na qual a renegociação do contrato de uso da energia de Itaipu deu o tom), somos chamados à realidade. Mais uma vez, acredito, assistiremos àquelas tristes bravatas imperialistas de jornalistas e políticos propondo algo como um "endurecimento" com os "adversários". Lembram-se dos discursos no Congresso Nacional quando da crise do gás boliviano? Ninguém precisa de repeteco.
Por falar em Fernando Lugo, ontem, o bispo que assumirá a presidência de seu país, carregando muita esperança dos paraguaios, criticou duramente o hegemonismo brasileiro e apontou a Venezuela, para ser mais claro, Hugo Chavez, como uma contraposição ao Brasil. Isso tudo aponta o quão importante é começarmos a superar a nossa ignorância com o que ocorre no restante do continente.
Relações internacionais? Quem liga para isso no Brasil? O que os nossos irmãos de continente pensam de nós? Quem liga? Preocupa-nos o que os norte-americanos pensam ou que os franceses pensam... Mas, de vez em quando, a realidade bate na nossa cara e cobra uma compreensão das coisas que as leituras da revista Veja não supre. Por que estou comentando isso? Porque, desde a vitória de Evo Morales, a Bolívia e o Paraguai têm cobrado do Brasil (e também da Argentina) uma outra postura (menos hegemonista e autoritária) nos relacionamentos comerciais e políticos. Agora, com a ascensão de Fernando Lugo à presidência do Paraguai (vitorioso em uma campanha na qual a renegociação do contrato de uso da energia de Itaipu deu o tom), somos chamados à realidade. Mais uma vez, acredito, assistiremos àquelas tristes bravatas imperialistas de jornalistas e políticos propondo algo como um "endurecimento" com os "adversários". Lembram-se dos discursos no Congresso Nacional quando da crise do gás boliviano? Ninguém precisa de repeteco.
Por falar em Fernando Lugo, ontem, o bispo que assumirá a presidência de seu país, carregando muita esperança dos paraguaios, criticou duramente o hegemonismo brasileiro e apontou a Venezuela, para ser mais claro, Hugo Chavez, como uma contraposição ao Brasil. Isso tudo aponta o quão importante é começarmos a superar a nossa ignorância com o que ocorre no restante do continente.
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