A Argentina incorporou ao seu processo eleitoral as eleições primárias. Você sabe, o processo aberto de escolha pelos eleitores dos candidatos dos partidos. É, mais ou menos, o modelo norte-americano. É interessante, pois, propicia um debate mais acentuado do que aquele que ocorre, por exemplo, no nosso processo eleitoral.
Claro, o sistema de partidos políticos na Argentina é muito complicado de se entender. Existe umas centenas de partidos, mas, na prática, apenas o peronismo e os radicais (que, para ser sincero, não vai lá muito nas raízes...). Para quem escuta o debate sobre reforma política no Brasil, essa situação seria vista pelos nossos bem pensantes como insustentável. Bueno, parece que, por lá, tem funcionalidade.
Mas o que eu queria falar mesmo é que nas primárias do final de semana, a Presidente Cristina Kirchner colocou mais de trinta pontos de vantagem sobre aquele que deverá ser o seu mais sério opositor, o deputado Ricardo Alfonsin.
Bueno, assim sendo acho que haverá renovação do mandato da Presidente. Uma notícia boa, dado que mantém a atual correlação de forças no continente. Obviamente, a presidente argentina tem, como direi?, guinadas bruscas ao populismo que são preocupantes. Mais do que Lula ou Dilma, ela passa a mão na cabeça quando o Hugo Chavez apronta das suas na Venezuela. Não por acaso é na Argentina que o "socialismo" do caudilho encontra maior guarida.
Por outro lado, dada a queda livre do Piñera (Chile), a reeleição da Cristina é importante também para sinalizar que não há saída à direita para o nosso sofrido continente.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
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