Dilma não aceitou ser coadjuvante no projeto do Lula. Está assumindo, de fato, a gestão do governo. E isso é bom além da conta. Depois de dois presidentes que eram mais primeiros-ministros do que presidentes (Lula e FHC), ao que tudo está indicando, vamos ter um(a) presidente de fato. O custo é alto, sabemos bem. Mas, para o nosso amadurecimento político é bom.
Dilma não está se curvando à tal base de apoio, isso lhe trará enormes problemas, mas, por enquanto, ela está ancorada em uma popularidade razoável. A classe média gosta do estilo de durona e de implacável contra a corrupção. Os alidados tremem nas bases, mas a coisa avança. Afinal, para onde mesmo iria essa galera? Vocês conseguem imaginar o PMDB sem os cargos? E o PT?
Agora, ao que parece, a novidade é que Dilma teria afirmada ao Lula que não partirá para a disputa pelo segundo mandato. Essa é uma bomba de grande efeito. Por diversos motivos. O primeiro deles, o mais óbvio, é que, com isso, ela abre antecipadamente o jogo sucessório. Aécio e Lula ficarão incontroláveis.
Por outro lado, e há sempre esse outro lado nas análise comezinhas, não é?, a Dilma ficará mais solto para ser o que ela realmenter quer ser: Presidenta. A base aliada vai resmungar, vai dar piti, mas ela não vai recurar. Por que o faria? Dilma não é disso. Ela joga pesado e aberto. Sem salamaleques. Diz na bucha, não manda recados. Quem já passou por torturas terríveis e enfrentou o câncer, vai tremer diante dos arroubos de "independência" do PR? Nem por cem e uma cocada, como dizem lá em Apodi.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
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