Duas candidaturas principais buscam se credenciar no PT paulistano para a disputa da mais importante prefeitura do país em 2012. De um lado, com boa performance nas pesquisas eleitorais realizadas até o momento, encontra-se a ex-prefeita Marta Suplicy, de outro, ainda patinando nas mesmas pesquisas, dado que é desconhecido da maioria, o ministro da educação, o Professor Fernando Haddad. O controle da máquina partidária parece estar com os apoiadores de Marta, mas não há garantias de que a sua candidatura venha a ser aquela referendada no início do próximo ano. Isso porque ninguém menos que o Lula está com Haddad.
Pelo que é possível acompanhar pela imprensa, a disputa está em um bom nível... de caneladas. Jogo pesado é pouco. Questiúnculas, como critérios de filiação, tornam-se pontos de referência para escaramuças rocambolescas dos exércitos de ambos os lados.
Vai longe aquele tempo em que as disputas partidárias no PT terminavam com um abraço entre a companheirada. É mais do que provável que as sequelas deixadas pela disputa compliquem o desempenho do candidato no próximo ano.
Não é também uma disputa sem sentido. Marta representa o de sempre. Foi novidade, não é mais. É a cara de uma burocracia partidária. Haddad representa a possibilidade de renovação do PT em São Paulo. O Lula, que tem tino político, fez a sua aposta. Você sabe: quando o ex-presidente se movimenta no xadrez político, a gente deve reparar com cuidado os seus movimentos. Ele não joga por brincadeira. É, como diria a Bebel, profissa.
Cá do meu canto, na esquina do continente, imiscuído nas coisas da província, torço pelo Haddad. Embora a candidatura do Eduardo Jorge, um ex-petista, muito maltratado pelos compas quando estava no partido da estrela, também seja merecedora de minha torcida. Eduardo Jorge é um eficiente secretário de meio ambiente da Prefeitura de São Paulo e poderá vir a ser o candidato do atual prefeito, Gilberto Kassab. Um embate entre Marta e Eduardo Jorge seria o confronto entre o velho e o novo.
A candidatura do Haddad detona o cenário desejado pelo kassabismo, e abre possibilidades novas, instigantes. Que podem ter reflexos em todo o país. Especialmente no rearranjo de poder interno no PT. Não é por acaso que a Dilma não morre de amores pela candidatura do seu ministro.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
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