Nos últimos dois dias, ministrei aulas no Centro de Ensino Superior da Polícia Militar do RN. Na verdade, seria mais apropriado dizer que conduzi conversas e debates, alguns bem agitados, sobre alguns temas da criminologia. Meus “alunos” (na prática, eu mais aprendi do que lhes ensinei alguma coisa) eram oficiais (inclusive, alguns coronéis) de polícias militares do Amapá, Rondônia, Mato Grosso, Alagoas, Maranhão e Brasília. Esses eram os alunos de outros estados. O grosso do contingente era formado, entretanto, por oficiais do Rio Grande do Norte. Alguns delegados também faziam parte do corpo discente.
Na aula de hoje, já bem no final, um oficial da PM de Mato Grosso, meio que em tom de desabafo, interveio na discussão que eu estava provocando sobre a “integração das polícias”. A sua fala foi uma brilhante análise do campo policial. Com detalhes minuciosos, ele mostrou como se constrói uma hierarquia das polícias no Brasil (com a PF no topo) que em nada faz justiça ao trabalho realizado cotidianamente pelos contingentes policiais.
O policial mato-grossense deveria ser ouvido por todos quantos se preocupam seriamente com a segurança pública no Brasil.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
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