Nenhum outro país da América Latina, que sofreu sob o jugo de ditadura militar nas décadas de 60 e 70, fez o acerto de contas com o passado com a profundidade que os argentinos fizeram e ainda estão a fazer. Desde o primeiro governo civil pós-ditadura, o de Raul Alfonsin, os argentinos têm colocado nos bancos dos reus os responsáveis pelos anos de terror. Trata-se de um movimento de longo curso, com alguns recuos. Sob alguns governos há avanços; em outros, como aquele de Carlos Menem, retrocessos. Mas há uma linha em direção ao futuro a qual leva a punição dos criminosos de ontem.
Na "guerra suja" contra a esquerda, os militares argentinos recorreram aos métodos mais cruéis. Um deles foi a realização dos chamados "vôos da morte". Militantes políticos eram jogados vivos, de aviões, em alto mar. Leio na edição de hoje do Página 12 que um dos responsáveis por esses infames vôos, que vivia tranquilamente na Holanda e que trabalhava como piloto da aviação civil, foi preso ontem. Por ordem da aguerrida justiça espanhola. O genocida estava em Veneza. Na sua casa, na Holanda, a polícia encontrou provas da sua atividade criminosa na época da ditadura. Leia aqui a notícia completa (em espanhol).
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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