Tá, eu sei, por aqui ninguém se liga muito no que acontece à nossa volta. Essa forma pouco inteligente de imperialismo (sim, existem formas inteligentes, embora perversas...) grassa até mesmo em nosso meio universitário.
No geral, para nós brasileiros, a América Latina são apenas os países com os quais fazemos fronteira. E, mesmo assim, essa é uma percepção profundamente hierarquizada. Por razões políticas e econômicas preocupamo-nos, pero no mucho, com a Argentina.
Pois bem, o Peru, que tem vivido desde o início da década de 1980, um processo político dos mais traumáticos (bota aí Sendero Luminoso, Tupac Amaru e Fujimori e você tem uma sopa para destruir qualquer esperança democrática), enfrentará eleições nos próximos dias.
Pois não é que a filha do Fujimori, a Keiko, está bem posicionada nas pesquisas. Que alucinação, não é? Parece até coisa de realismo fantástico. Algo produzido pela pena do imortal Manuel Scorza. Ali, à frente, mas só um pouquinho, vem o Ollanta Humala. Esta é uma figura controversa. Participou da guerra suja contra o Sendero no final da década de 1980 e início dos anos 1990. Nesta década de guinada à esquerda no continente, por oportunismo ou conversão religiosa, tornou-se um fiel seguidor de Hugo Chavez.
Mas a eleição está, como dizem, pau a pau, conforme você pode conferir no quadro abaixo.
Uma explicação: Keiko você identifica facilmente, o Ollanta é o cara novo de microfone. O outro cara de microfone é o Alejandro Toledo. Depois dele, e em ordem, Pedro Pablo Kuczynzki e Luis Castañeda.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
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