Uma semana daquelas...
Na política nacional, DEM e PSDB, jogando bem, colocaram no colo do PT a criança que eles criaram e agora rejeitam, o Sarney. O PT, emparedado por um jogo sucessório que já foi iniciado desde o começo do ano, teve que arcar com o prejuízo de ser o fiador do PMDB. Não é uma fatura pequena.
Marina é novidade. A sua candidatura pelos verdes aviva emoções incontidas. Mas nós já vimos isso antes, não? Setores das nossas classes médias adoram idealizar a pureza e a força da natureza de alguns atores oriundos das classes populares. Especialmente quanto estes não têm possibilidade de chegar ao quadrangular decisivo do campeonato (a uma vistosa conquista eleitoral, por exemplo). Foi assim com o PT nos anos oitenta, não esqueçamos.
Como era lindo o PT que não ameaçava abocanhar fatias do poder!
Entretanto, não dá para fazer como muitos petistas que já estão mirando, e mirando baixo, na ex-ministra Marina Silva. Se ela não é tudo isso que está sendo pintado, convenhamos, também não é alguém parecido com a Heloisa Helena. Marina está a léguas de distância do histrionismo e das infâmias pseudo-esquerdista dessa fusão entre fundamentalista religiosa, líder da Liga das Senhoras Católicas e sindicalista do ANDES que é a melhor tradução da atual vereadora do PSOL de Maceió.
Agora, sejamos francos, se Marina tem positividade e tem uma personalidade que pode fazer a diferença, o balaio de gatos que é o Partido Verde não inspira a menor credibilidade como força inovadora dos costumes políticos brasileiros. Que o digam os moradores de Natal, cidade na qual a Prefeita verde tem na bancada da chamada "Operação Impacto" (os vereadores pegos em flagrante recebendo propinas) a sua verdadeira base de sustentação.
E Dilma? Olha, vinda do PDT, com uma militância política histórica, a presidenciável aprendeu o pior do PT: a capacidade de se enrolar em teias tecidas por ela própria. Esse o caso do (não) encontro com a Lina Vieira. Como os petistas têm a enorme capacidade de enfiar os pés pelas mãos, especialmente com besteiras pequenas, só me falta, amanhã, a revista Veja trazer partes de uma filmagem da Sala da Ministra na qual ela e a ex-secretária da Receita apareçam batendo papo.
Alguma coisa não bate bem nessa conversa, não é mesmo?Se Lina mente, por que o faz? E a ministra? Mesmo se não estiver mentindo, já perdeu muito porque não consegue ser convicente. Pois é, infelizmente, em política, nem sempre o ônus da prova cabe ao acusador. Alguém que entra na disputa contra grupos fortes (e o arco de forças que está se formando em torno do Zé Serra o é efetivamente) deve saber que precisa, sim, provar que as acusações que lhes são impingidas são falsas. Não dá para ficar lamentando isso... É o jogo pesado. Acordem, please!
E por aqui? Bueno, tem a Reunião Equatoria de Antropologia, um bom encontro de pesquisadores. Com discussões produtivas e GT nos quais temáticas instigantes são abordadas.´
Eu coordeno um GT, sobre Crime, violência e segurança pública. A primeira seção foi hoje. E foi boa.
Estive assitindo a alguns debates. O que mais me chamou a atenção foi um sobre a monumental obra de Euclides da Cunha. Debatedores qualificados abordaram, sob diversos ângulos, a contribuição do autor de "Os Sertões" ao pensamento social brasileiro.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
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