quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Fátima Bezerra era um poste? O Alon acha que sim.

O Alon, em seu blog, faz um comentário sobre a performance eleitoral dos candidatos-postes. Para ele, Fátima Bezerra era um poste. Defendi posição contrário, no início de setembro, quando escrevi o texto A disputa pela prefeitura de Natal está no ritmo da dança do quadrado. Se quiser, confira o que escrevi na época. No momento, vale a pena conferir a análise do jornalista. Reproduzo-a abaixo (com alguns grifos).

Hora de o poste dizer a que veio (08/10)

Rechequei o texto Postes voadores, de um mês atrás. Está bem atual. Na época, esqueci de um nome, a candidata do PT em Natal. Com ela, foram cinco os exemplos mais notáveis dessa categoria na eleição. Os demais: João da Costa, Gilberto Kassab, Márcio Lacerda e Eduardo Paes. Dos cinco, só a potiguar foi eliminada já no primeiro turno, numa demonstração norte-riograndense de que voto não tem dono e que toda regra admite belas exceções. João da Costa levou já na primeira rodada. Com uma margem apertada, mas levou, pois o prefeito recifense, João Paulo, e o governador Eduardo Campos não deram espaço para dissidências (ainda que "brancas") no bloco PT-PSB-PCdoB. No Rio, Eduardo Paes enfrenta segundo turno porque no primeiro havia vários candidatos competitivos, o que costuma impedir a decisão num turno só. E sai na frente na costura das alianças, pois apesar da origem pefelista-tucana tem ótimo trânsito do centro para a esquerda. Em São Paulo, Gilberto Kassab fez uma campanha sem erros, é bem avaliado e surfou na onda nacional da reeleição para ultrapassar Geraldo Alckmin. Aliás, as pessoas deveriam compreender que hoje em dia é assim: o mandato executivo no Brasil é de oito anos, com uma reavaliação no meio. Se estiver bem, continua. Desde, é claro, que consiga costurar politicamente o apoio necessário. Esses são trunfos do democrata no segundo turno. Mas Marta Suplicy é sempre Marta Suplicy. Vamos aguardar. Em Belo Horizonte o quadro é nebuloso. Parece-me que as alianças ali não terão grande peso, porque a eleição já se polarizou bastante no primeiro turno. A coisa vai se resolver mesmo é no mano a mano, no confronto direto dos candidatos, especialmente em debates e na guerra televisiva. Márcio Lacerda tem mais apoio no poder, mas Leonardo Quintão parece possuir mais atributos de liderança e bem mais carisma. Cabe a Lacerda demonstrar que não, se quiser ganhar. O que há de comum nessas situações todas? Acabou a hora dos padrinhos. Padrinho agora mais atrapalha do que ajuda. O candidato fica com cara de pau-mandado. Agora é (só) com o candidato. É hora de o poste dizer a que veio.

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