Leia, abaixo, matéria publicada hoje no Estadão. Mais abaixo, comento.
Ação de família de jornalista, morto no DOI-Codi na ditadura, pretende declarar a responsabilidade do coronel
da Redação
SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça de São Paulo julgará nesta terça-feira, 12, ação que pretende declarar a responsabilidade civil do coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra pela morte do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, em 1971.
Ustra comandava entre 1970 e 1974 o Departamento de Operações e Informações do Exército (DOI-Codi), em São Paulo, órgão de inteligência e repressão do governo militar. Três desembargadores do TJ vão julgar o recurso de Ustra para barrar a ação que tem o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi como testemunha de acusação.
No último dia 31, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu a punição aos torturadores e provocou a ira dos militares. Segundo Tarso, quem torturou cometeu crime comum, e não político, e deve estar sujeito ao Código Penal. Os militares reagiram à declaração e convocaram um ato com a presença de altas patentes das Forças Armadas na ativa na semana passada.
É por esse motivo que a "nova direita" anda mais agressiva do que nunca nos últimos dias. Tarso Genro, de forma irretocável, tem apontado a direção correta para o enfrenamento dessa questão, central para a superação da nossa cultura de impunidade. Devia merecer maior apoio de todos quantos nos preocupamos com a efetivação dos direitos humanos neste país.
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