terça-feira, 2 de setembro de 2008

Você leu o artigo de Alba Zaluar na Folha de domingo?

Alba Zaluar dispensa apresentações. É uma grande cientista social. Tem uma obra qualificada e, melhor de tudo, publica artigos legíveis para além dos muros do mundo acadêmico. Escrevia sobre criminalidade e violência semanalmente no jornal do Folha de São Paulo. Não sei se cansou ou se cansaram dela, mas deixou de ser colunista. Sinto falta dos seus artigos. Eram muito bons. Agora, parece-me, escreve esporadicamente para o jornalão. Dando uma olhada nas edições anteriores (lembre-se: estou de molho, pós-cirurgia), encontrei um ótimo artigo dela, publicado no caderno MAIS de domingo passado. Abaixo, partes do artigo:

Vivendo em Gotham City
"Fobópole" e "Não Matarás" discutem a violência urbana e soluções para combatê-la

ALBA ZALUAR
ESPECIAL PARA A FOLHA

Não poderiam ser mais diferentes as perspectivas dos dois livros recém-publicados sobre a violência.
Um foca apenas o Rio de Janeiro, o outro revê a literatura sobre homicídio de quatro continentes para discorrer sobre a necessidade de teorias próprias na América Latina, embora ao final sugira apenas que tais teorias são imperativas. Um discute teorias no teste de hipóteses, o outro, nem um número sequer.
O livro de Gláucio Soares, "Não Matarás - Desenvolvimento, Desigualdade e Homicídios" (ed. FGV, 200 págs., R$ 35), exige um leitor versado em termos estatísticos que o autor não explica nem disseca e, muito freqüentemente, representa apenas com uma letra, de preferência grega.
Não é para leigos nesse idioma exato e hermético. No entanto o autor realiza o trabalho muito necessário de discutir as teorias que explicam as diferentes taxas de homicídios pelo mundo afora, sem esquecer séculos anteriores ao nosso. Só que o faz de um modo muitas vezes surpreendente, passando rápido por séculos de história ou por distâncias continentais em uma mesma página.
Esse grande esforço tem um ponto de vista claramente apresentado desde o início: as tentativas de entender o homicídio que se valem apenas de palavras, mas não de números, fracassam.



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