segunda-feira, 15 de março de 2010

Cotas, Erick Pereira e a política deste blog

Este é um espaço aberto. Escrevo o que penso. Sempre. E pago os custos resultantes dessa postura. Não gosto do maneirismo dos que escrevem de olho nas repercussões em termos de ampliação de suas relações. Gosto de estar de bem comigo mesmo. E fazer este blog tem sido uma coisa muito boa. Por outro lado, como não tenho pretensões grandiosas em relação à academia, não estou nem aí para os que dizem que escrever diariamente em blog "pega mal", pois, mostraria que você não está focado em sua carreira acadêmica. E dai?

Escrevi o intróito acima pelo fato de que postagens que aqui faço, de quando em vez, incomodam alguns, ferem outros... Paciência! Quem se dispõe a atuar no espaço público - e um blog é um pouco isso, não? - não deve se pautar pela busca de unanimidade. E os elogios, sabemos bem, afagam o ego, mas, quase sempre, obscurecem o entendimento...

No caso do debate sobre as cotas para negros nas universidades, as postagens tiveram reações muito interessantes. E o debate continua. Inclusive, um debate sobre a forma do debate. Isso é muito bom! Agradeço aos contendores pelo fato de que, ao discutirem postando aqui, reconhecem este como um espaço plural de discussões.

Uma outra postagem, relativa a um artigo de autoria do advogado Erick Pereira (tá na lista aí do lado), recebeu um comentário no qual o missivista anônimo aponta supostas, digamos, atitudes negativas do causídico. Não sou advogado de Erick Pereira. Não pretendo e nem tenho as credenciais necessárias para sê-lo. Conheço-o como personalidade pública. Pelo que sei, é um dos melhores advogados de Natal. Mas não tratei disso. Fiquei tocado com o seu artigo no NOVO JORNAL. Ali, naquele texto, ele expressou toda a indignação que sentimos os que assistimos impotentes à guerra civil que grassa na periferia da Grande Natal. Um guerra, como outras que se desenrolam no "andar de baixo", com mortes físicas e sociais, vítimas ocultas e muita dor. Mas uma guerra que só chega aos andares sociais posteriores como ecos distantes de um confronto entre "traficantes"... Por isso elogiei o artigo escrito e a postura do advogado. Só isso.

Por fim, uma explicação. Aqui, tudo pode. Desde que não se coloquem nos comentários agressões pessoais, todos os posicionamentos são sempre recebidos de "portas abertas".

2 comentários:

Anônimo disse...

Opa Edmilson,

me desculpe por não ter assinado o comentário anterior. Não sei se percebeu, mas não sei operar corretamente as ferramentas do blog. Geralmente coloco anônimo e exponho meu nome no final. Na pressa de postar o comentário, já que eu contava, apenas, com a bateria do notebook, não lembrei de assinar (em nova parnamirim passamos o domingo inteiro sem energia).
Olha, li novamente o comentário e não vi nenhuma ofensa pessoal contra você e, muito menos, contra o erick pereira.
O dossiê a quis referência está publicado nos jornais. A notícia do dossiê é pública e a sentença aonde o juiz apresenta a prática por mim listada foi, inclusive, publicada. Comentar uma notícia pública significa ofender alguem?
Obvio que não deve ter saido no NOVO JORNAL, já que Erick Pereira é bastante ligado ao grupo de José Agripino e, consequentemente, de Cassiano Arruda.
O que apenas eu quis demonstrar foi que a indignação do rapaz era seletiva e que, na minha opinião, ele utilizou o caso para se promover. Posso até está errado, mas acho que não ofendi ninguém.
Penso também que não podemos cair no "conteudismo" a que você faz referência. Um texto não é apenas a exposição de uma idéia. Acho que a gente tem de pensar nas outras coisas que estão em jogo - interesses envolvidos, práticas inter-relacionadas, espaços aonde o texto foi apresentado, etc.
Gostaia de citar um exemplo... Será que não há oportunismo nos textos e entrevistas que José Agripino vem dando no sentido de elogiar o governo Lula?! Se esvaziarmos tudo que está em jogo e ficarmos apenas com os textos, teremos então boas análises puramente e simplesmente.
Assim como você disse que os problemas das classes menos abastadas costumam chegar nas classes médias e mais abastadas na forma de "eufemismos" (assassinato de uma moça aparece como guerra de tráfico de drogas), as classes médias e abastadas agem, em muitos momentos, cinicamente mobilizando uma moral que elas não aplicam no dia-a-dia...
Continuo achando que o referido advogado, mesmo com o apoio de José Agripino e Rosalba Ciarlini, não apresenta condições de sentar numa cadeira do CNJ.
ps.1. Mesmo achando que não fui ofensivo, peço, como manda o bom decoro social, mais uma vez, desculpas pelo post anterior.

att.

Daniel

Anônimo disse...

Opa Edmilson,

me desculpe por não ter assinado o comentário anterior. Não sei se percebeu, mas não sei operar corretamente as ferramentas do blog. Geralmente coloco anônimo e exponho meu nome no final. Na pressa de postar o comentário, já que eu contava, apenas, com a bateria do notebook, não lembrei de assinar (em nova parnamirim passamos o domingo inteiro sem energia).
Olha, li novamente o comentário e não vi nenhuma ofensa pessoal contra você e, muito menos, contra o erick pereira.
O dossiê a quis referência está publicado nos jornais. A notícia do dossiê é pública e a sentença aonde o juiz apresenta a prática por mim listada foi, inclusive, publicada. Comentar uma notícia pública significa ofender alguem?
Obvio que não deve ter saido no NOVO JORNAL, já que Erick Pereira é bastante ligado ao grupo de José Agripino e, consequentemente, de Cassiano Arruda.
O que apenas eu quis demonstrar foi que a indignação do rapaz era seletiva e que, na minha opinião, ele utilizou o caso para se promover. Posso até está errado, mas acho que não ofendi ninguém.
Penso também que não podemos cair no "conteudismo" a que você faz referência. Um texto não é apenas a exposição de uma idéia. Acho que a gente tem de pensar nas outras coisas que estão em jogo - interesses envolvidos, práticas inter-relacionadas, espaços aonde o texto foi apresentado, etc.
Gostaia de citar um exemplo... Será que não há oportunismo nos textos e entrevistas que José Agripino vem dando no sentido de elogiar o governo Lula?! Se esvaziarmos tudo que está em jogo e ficarmos apenas com os textos, teremos então boas análises puramente e simplesmente.
Assim como você disse que os problemas das classes menos abastadas costumam chegar nas classes médias e mais abastadas na forma de "eufemismos" (assassinato de uma moça aparece como guerra de tráfico de drogas), as classes médias e abastadas agem, em muitos momentos, cinicamente mobilizando uma moral que elas não aplicam no dia-a-dia...
Continuo achando que o referido advogado, mesmo com o apoio de José Agripino e Rosalba Ciarlini, não apresenta condições de sentar numa cadeira do CNJ.
ps.1. Mesmo achando que não fui ofensivo, peço, como manda o bom decoro social, mais uma vez, desculpas pelo post anterior.

att.

Daniel