segunda-feira, 14 de março de 2011

Maravilha!

Tive o privilégio de ser aluno da Profª Ilza Leão. Eu e mais um monte de gente admiramos muito a grande mestra. Por isso, quando, há algum tempo, ela me disse que freqüentava este espaço, confesso!, fiquei mais vaidoso do que nunca. Agora, vejam só!, ela nos segue e faz comentários. O que me resta dizer? Maravilha! Confiram abaixo o comentário.

Não me contive. Os assuntos políticos são a minha paixão e eu não consigo deixar de opinar sobre alguns deles.Quer dizer que esse lero-lero de paridade nas eleições universitárias voltam agora à tona? Olha gente, esse é um tema do fim dos anos 80 que, na minha opinião já está mais que superado. E não me venham com o argumento da democracia.
As eleições universitárias são eleições diferentes das que ocorrem aqui fora. Primeiro que os eleitores não são iguais. Eles se diferenciam em temos dos papéis que desempenham, em termos de poder, em termos de compromisso com a instituição, dentre outras diferenças.Lembrem-se que estamos falando de uma instituição produtora e transmissora de conhecimento.E quem assume de fato essa função na universidade? Quem pode ser votado.
Gente, as eleições na universidade já reproduzem tanto as mazelas das eleições gerais (alianças espúrias, troca de favores, distribuição de cargos) que somente a Lei que define a proporcionalidade do voto faz a diferença. Quando ela é esquecida em favor de um outro mecanismo, é porque há interesses outros que vão muito além da defesa da democracia (ou aquém).
Parabéns Edmilson, pela coerência e pela coragem de assumir posição firme sobre o assunto.
Parabéns pelo blog, repleto de textos inteligentes e interesantes.

Ilza Leão

Um comentário:

Anônimo disse...

Opa,

muito boa a argumentação da professora Ilza Leão.
Há uma confusão generalizada entre o papel que a universidade desempenha, o que significa democracia e até "luta de classes", rs.
O problema é que o senso comum, como já disse Mary Douglas, funciona por analogia.
Daí que as pessoas pegam as eleições que servem para eleger os nossos representantes nas instituições políticas e trazem esta lógica para uma eleição na universidade, esquecendo das particularidades institucionais da UFRN.
Cadu é que está certo. A universidade, pelo papel que desempenha, não pode ficar a mercê das urgências práticas, sob pena de se desvirtuar enquanto tal.

abs.

Daniel Menezes