Em um excelente artigo publicado na edição de março darevista PIAUÍ, Tony Judt tece comentários espirituosos a respeito da vida cultural de nosso tempo tendo com justificativa uma resenha mais do que livre da grande obra que é MENTES CATIVAS, de autoria do polêmico Czeslaw Milosz. Milossz, como vocês devem saber, antecipa, com mais elegância, algumas das análises contidas no obrigatório O ZERO E O INFINITO, de Arthur Koestler.
Transcrevo um trecho do texto, pois, na minha modesta opinião, é uma observação que poderia ser tomada como uma apreensão global de nosso tempo. Ei-la:
“Quando comecei a lecionar, meu desafio era explicar por que as pessoas se desiludiam com o marxismo; hoje, a barreira insuperável reside em explicara ilusão em si mesma.
Os estudantes contemporâneos não enxergam nenhum sentido no livro: todo aquele exercício parece uma futilidade. Repressão, sofrimento, ironia e até crença religiosa: isso eles conseguem apreender. Mas autoilusão ideológica?(...)”
domingo, 13 de março de 2011
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