domingo, 14 de fevereiro de 2010

Haneke está de volta. Não se assuste, assista...

O cineasta austríaco Michael Haneke não produz obras fáceis e palatáveis. E paga um preço por isso. Funny Games, que aqui teve o título banal de "Violência Gratuita”, foi vaiado com estridência quando de sua apresentação, há mais de uma década, em Cannes. Para assisti-lo, armei-me de todo o meu distanciamento crítico. E não foi nada fácil, confesso.

Por que assistir a seus filmes? Porque propicia um aprendizado sobre você mesmo e o mundo em que vivemos. Funny Games, por exemplo, desmascara o voyeurismo que todos nos alimentamos em relação à violência. Você leva uma tapa na cara com o filme, certo, mas também descobre, um tanto atônito, que não é tão inocente e nem tão boa pessoa quanto sempre achou que era.

Assisti a outros filmes dele. Mas Funny Games/“Violência Gratuita”, que, nas locadoras, está em um selo identificado como “Coleção Cult”, é um daqueles filmes que você assiste e as cenas ficam marcadas, para sempre, na sua memória.

Agora, o cineasta aborda um tema mais do que batido: o caldo cultural no qual emergem as experiências totalitárias. E, para complicar, trata, mesmo que indiretamente, do fenômeno do nazismo. E, pelo que leio nas críticas feitas ao filme ("A fita branca"), acho que vale a pena assisti-lo. Confira, por enquanto, o trailer.

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