A cobertura dada pela mídia brasileira (mas, para ser honesto, também pela norte-americana) ao caso do menino Sean Goldman, para dizer o mínimo, foi vergonhosa. Não se tratava, nesse caso, de uma questão pública, e, sim, de uma disputa de família. A espetacularização desse drama foi triste.
Tem razão o jornalista Clóvis Rossi, articulista do jornal Folha de São Paulo, que, em sua coluna de hoje, comentando o caso, propõe uma separação entre "curiosidade pública" e "interesse público".
No final de seu texto, Rossi coloca o dedo na ferida:
"Nesse espetáculo acabamos por cometer um pecado grave: demos abrigo a uma acusação, feita pela avó materna, de que o Executivo e o Judiciário brasileiros venderam-se aos Estados Unidos pagando com Sean pela manutenção de vantagens comerciais.
Nenhum jornalista sério diria tal coisa por sua conta. Se o dissesse, correria o risco de purgar elevada pena. No entanto, no jornalismo-espetáculo, a acusação foi ao ar e ao papel. Incomoda, não?"
EM TEMPO: Agiu corretamente o Presidente do STF, Ministro Gilmar Mendes, ao acabar com o jogo de empurra no judiciário e garantir a guarda definitivo do menino ao seu pai.
domingo, 27 de dezembro de 2009
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