Mensagens enviadas para a minha caixa postal dão conta de que teremos novos concursos para professores na UFRN. Uma boa notícia? Mais ou menos. Qual o problema? O problema está no fato de, neste concurso, como em anteriores, alguns departamentos acadêmicos estarem impondo a sua lógica corporativista e disciplinar aos processos seletivos de novos quadros.
Ora, do ponto de vista dos departamentos que praticam esse corporativismo, essa pode ser uma postura defensável: trata-se de garantir, sei lá!, a consolidação de um projeto acadêmico disciplinar (fortalecer um mestrado já existente e, futuramente, criar um doutorado). Mas, para a instituição, para a UFRN como universidade ampla e que se pretende inclusiva tanto social quanto cognitivamente, vale a pena corroborar essa lógica?
E os cursos e programas interdisciplinares que estão sendo criados? A instituição não pode brincar com os projetos de vida das pessoas! Se o que vai prevalecer aqui é a lógica disciplinar, então, não há outra saída: fechemos programas como o de Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) e suspendamos a criação do novo programa de pós na área de Desenvolvimento Urbano, no CCHLA.
Claro que a responsabilidade sobre essa questão não é exclusiva do CONSEPE. Muitas vezes, nos CONSECS, para não contrariar os interesses corporativistas dos departamentos, se fecha os olhos para essas práticas destrutivas de um projeto verdadeiro de UNIVERSIDADE.
Estamos na encruzilhada na UFRN: ou a interdisciplinaridade é prá valer, e essa lógica valerá também para a constituição dos quadros docentes da instituição, ou, então, é um faz de conta, um meio para se aumentar vagas nos vestibulares. Trata-se de uma discussão que interessa a todos quantos atuam e defendem a instituição.
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