sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O que significou o Governo Vilma para o RN: uma avaliação a ser construída

O Governo Vilma de Faria vai chegando ao fim. Está no seu último ano. A governadora deverá sair mais cedo, em maio, para tentar uma cadeira de parlamentar. Alguns dizem que de senadora. Acho díficil. Como é quase provável que os senadores Garibaldi Filho e José Agripino confirmem às suas postulações, Vilma de Faria, que tem um feeling político invejável, não irá se aventurar a ser derrotada e ficar na planície por longos quatro anos. Arriscando-se ao impoderável, como, por exemplo, enfrentar ações do Ministério Público sem um foro privilegiado para se defender... Por isso, muito provavelmente, a governadora, apesar de todas as negativas, deverá mesmo concorrer a uma das oito vagas para a Câmara dos Deputados.

Mas as especulações sobre o futuro político da governadora não me interessam muito. O que merece atenção e importa ser tomado como objeto de reflexão é a possibilidade de uma governadora, reeleita, ficar de fora da disputa por uma das vagas para o Senado por temer uma derrota. O fato é emblemático e não pode ser desprezado em uma avaliação global do que foi o Governo Vilma de Faria.

Obviamente, essa apreensão não significa que o fato de a governadora não ter chances em uma disputa para o Senado traduza, imediatamente, uma avaliação negativa do seu governo. Há que se levar em conta também o fato de que os seus dois adversários, Garibaldi (PMDB) e Agripino (DEM), também já ocuparam, por oito anos, o governo do RN. E, por caminhos diversos, ocuparam espaços vistosos na política nacional. Agripino é a voz da oposição, tendo sido um dos mais atuantes parlamentares da fragilizada oposição ao Governo Lula. Garibaldi, como teria dito o "Comandante" Zé Dirceu, é um "gaiato" que chegou lá. Por "lá", você sabe, estou me referindo à Presidência do Senado.

A derrota antecipada na disputa pelo Senado é, entretanto, um dado importante, mas "diz pouco" em si mesmo.

Para uma avaliação mais objetiva e menos passional do PSB no RN talvez devessêmos tomar como referência não o acúmulo eleitoral, algo contingente e informado por aspectos como o carisma e a capacidade (e possibilidade) que um ator político tem de movimentar as peças no tabuleiro, mas, sim, dados mensuráveis. Refiro-me a indicadores concretos, como o Índice de Desenvolvimento Humano. Aí poderíamos fazer uma avaliação da evolução temporal da posição do RN no ranking do desenvolvimento humano durante os oito anos da gestão da governadora. Qual o lugar que o RN ocupava, dentre os estados do país, em 2002? Qual é essa posição agora?

Os indicadores educacionais, produzidos pelo INEP, também poderiam referenciar uma avaliação geral do Governo. Como estava o ensino médio do RN em 2002? Qual a sua situação no final de 2009? Os dados que subsidiarão a análise, para evitar a contaminação do debate político restairo, devem ser aqueles oriundos do Ministério da Educação.

Avaliações alicerçadas nos elementos acima mencionados poderiam "desfulanizar" o debate político local.

Um comentário:

Anônimo disse...

Professor já vi que de política local o senhor é fraco,nunca dantes navegado,Vilma abdicaria da sua eleição ao senador,e pode anotar no seu caderno verde,ela será eleita senadora,derrotando um dos 2 postulantes,qual é só o que ainda não sei.