Teremos segundo turno?

No RN, wilmistas e petistas esperam que a eleição para o Governo do Estado não acabe no próximo dia 03. A mesma esperança anima a alma dos tucanos e demos. Uns e outros animam-se com qualquer tropeço adversário, mesmo que este significa uma diminuição nas intenções de votos absolutamente dentro da margem de erro.

Acho que será mais fácil termos o segundo turno no Rio Grande do Norte do que para presidente. Por quê? Porque Iberê sobe lentamente e gradualmente desde o começo. Não é, portanto, impossível alcançar a Rosa, que parece ter batido no teto.

E a Dilma? Segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada hoje, ela caiu dois pontos e José Serra e Marina subiram 02 pontos cada. Diminuiu significativamente a maioria da candidata do PT sobre os adversários. Vai continuar assim? Acho que sim, mas com uma limitação. Dilma deve cair mais uns três pontos. Como assim? Ora, 20% das pessoas que diziam que votavam nela, quando ela estava com 51%, admitimam mudar o voto. O que isso significa? Que ela tem um eleitorado consolidado aí na margem dos 46%, algo como 52% dos votos válidos.

Claro, o Erenicegate abala. E a temperatura da campanha vai ao limite, mas não acho que iremos muito longe. Se formos, também não será um desastre.

Bom. A Marina é a surpresa desta eleição. Todo mundo apostando que ela ia ser uma Heloisa Helena, que fez muito barulho na eleição passada, mas acabou com meros 6, 7% dos voros, e ela indo adiante. Distanciou-se da guerra de lama entre PT e PSDB e pode se firmar como alternativa de voto para a classe média que teme a volta do tucanato, mas não quer carregar a parentada de Erenice no colo...

Claro, esse voto em Marina, em um segundo turno entre Dilma e Serra, tenderá a ir para a Dilma, mesmo que a Marina, coisa que eu duvido, subo no palanque tucano. Agora, é esperar para ver.

De resto, desde 1989, não tínhamos uma eleição tão pobre no que diz respeito à discussão política. Neste quesito, apenas o Plínio, mesmo que enrolado em suas propostas mirabolantes, nos salva...