Não consigo me comover com o desespero sincero de alguns amigos petistas. Peço-lhes perdão. Não estou zombando de vocês. Racionalmente, acho, como disse mais abaixo, que não teremos segundo turno. Torço por isso? Para ser sincero, não. Gostaria de assistir a uma disputa entre Dilma e Marina. Tá, tá, eu sou um babaca sentimental. Fazer o quê? Ninguém é perfeito, não é?
Agora, pessoal, vamos com calma, tá? Como diz a Professora Luciana Chianca: "muito calma nessa hora..." Como assim? Gente, a campanha da Dilma está com os nervos à flor da pele. Ciclotimia pura. Uma hora, o salto é alto. No outro, bate o desespero. Tem que ter nervos de aço. Especialmente quem arrasta Erenice e família pela estrada afora. E aí começam a se acumular desastres:
1) Lula entra no destempero verbal... e dá vida a uma imprensa sem credibilidade;
2) Lula faz convite à "extirpação" do DEM, e o ex-PFL balança o favo;
3) Dilma esnoba o Nordeste e não vai a debate no SBT Nordeste;
4) Zé Dirceu, sempre ele, entra em cena com as boutades de sempre ("Sai daí. Zé Dirceu!").
Hummm! É muita coisa prá carregar, não é? E aí os petistas ficam com os nervos em pandareco. Sei bem o que é isso. Minha mãe está sofrendo que dá dó. E olha que ela, aos oitenta, é diabética e tem pressão alta (altíssima, na verdade). E ela me liga, pedindo socorro: "Júnior, essas mentiras vão afetar a gente?" Bueno, com minha mãe, claro!, eu não sou sarcástico e nem cínico. Respondo-lhe: "não, o que é isso?".
Minha mãe... Ela me inclui na "gente" que sofre com as "mentiras". E eu sofro, mas não como ela pensa que sofro. Como? Ora, porque essa coisa toda (e suas conseqüências, como o fornecimento de referentes para o anti-petismo fanático) é muito desastrosa para a vida democrática brasileira. Vamos purgar ainda um bom tempo essa disputa política empobrecida entre PT e PSDB...
E eu estou cá, mais crítico, não muito menos angustiado, e tentando manter a lucidez em meio ao caos... Como já disse um sábio, os outros são muitos e eu sou eu sozinho, então, prá mim, é mais fácil concordar comigo mesmo. Por isso, tenho a solidão política como companheira (tudo tem um preço, não é?). Bueno, solidão, solidão, não, né? Sempre tem você que lê estas mal-traçadas linhas... E esta cerveja que estou a entornar neste quarto de hotel.
Bueno, acho que o post ficou meio longo. E além daquilo que tencionava quando comecei a teclar (só para usar duas palavras iniciadas com "t" na mesma frase...). Mas blog é um pouco assim, não? Afinal, é você, caridoso(a) leitor(a), que dá sentido à mensagem. Fique, então, com a mensagem abaixo:
“Quando não se procura agradar o mundo, ele se vinga; se por acaso se consegue agradá-lo, ele ainda se vinga nos corrompendo. A única saída é trabalharmos longe dele, tão indiferentes a seu julgamento quanto prontificando-nos a ser-lhe úteis.”
A.-D. Sertillanges
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