segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Governo Vilma de Faria, a vitória da mediocridade

A palavra mediocridade, escrita acima, não contém um sentido explicitamente pejorativo. Se você é uma das duas ou três pessoas que freqüenta este blog, sabe bem, não costumo participar do disse-que-disse e da baixaria que, algumas vezes, infesta o noticiário político local.

Claro, claro, nem sempre é possível manter-me distanciado. Sou um lorde com alma de cangaceiro...

Voltando ao que interessa, quando uso o termo medíocre o faço sem um sentido de menosprezo ou de acusação, mas de constatação de algo que está na média ou abaixo dela. Algo que não se sobressai, que vegeta na mesmice...

Na vida política, como na acadêmica, não raras vezes, a mediocridade é quase uma virtude. Pode acreditar! O personagem não se arrisca muito, não faz mudanças bruscas de rota e se mantém ali, firme e medíocre. Alguns até o identificarão como sábio...

Pois tem sido assim o Governo Vilma de Faria, no Rio Grande do Norte. Lá se vão longos sete anos de mediocridade.

Não há nenhuma marca desse governo. Até na ruindade, ele é mediano. Não há nada de trágico também (apenas, como direi, pequenos deslizes...). Nada de ousado e inovador. Só a mesmice... E, claro, a reprodução local das políticas sociais do Governo Federal. Não fora Lula, com quem o eleitorado potiguar identifica a governadora, Vilma de Faria nem cogitaria sair candidata ao Senado. Não teria apoio e repetiria a sua performance de 1994, quando, candidata a governadora, ficou em quarta lugar, atrás de Fernando Mineiro, candidato do PT.

Estou sendo duro? Diga-me, então, em que área o Governo Vilma fez diferença? Na educação? Ora, ora, após cinco diferentes secretários continuamos patinando e apresentado os piores indicadores de desempenho estudantil do Brasil. Na segurança pública? Aí, até tivemos (e temos atualmente) bons quadros à frente da pasta, mas, logo, logo, o bom dirigente descobre que a mediocridade do governo impede qualquer mudança significativa. Ou seja, mexer no vespeiro das diversas polícias que se orientam, cada uma delas, pelos seus próprios interesses em detrimento da cidadania.

Na cultura? Por favor, após a devastação política e moral do “foliaduto”, a Fundação José Augusto, responsável pela política de cultura, precisa de, no mínimo, uma década para recuperar a sua capacidade de iniciativa e a sua credibilidade.

Na saúde? O Governo apeou-se de suas responsabilidades como gestor do SUS e a farra das cooperativas médicas continuam.

Nas relações políticas? Sem palavras...

A mediocridade do governo contaminou as instituições e a vida política do estado. E a vida política regional, traduzida na dança das cadeiras e no troca-troca de partido, nunca foi tão pobre.

Quer uma expressão dessa realidade? O outrora altaneiro PT potiguar quedou-se a uma condição quase abjeta de linha auxiliar do vilmismo em troca de um "pouco mais ou nada". O corolário dessa situação foi um dirigente petista do RN mendigando uma suplência na senatoria... Seria trágico, não fosse cômico... (bueno, pelo menos a mediocridade nos diverte, não é?)

Um comentário:

Walfredo Gurgel disse...
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